terça-feira, 8 de abril de 2014

Retiro Quaresmal - A Vida que vence a Morte (2)

XXXV Dia da Quaresma – XXX de penitência
(Jo, 11,1-54)

7. Só então disse aos discípulos: «Vamos outra vez à Judeia». 8. Os discípulos responderam-Lhe: «Mestre, ainda agora os judeus queriam apedrejar-Te e vais para lá?». 9. Jesus respondeu: «Não são doze as horas do dia? Se alguém caminha de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 11. Disse isto e acrescentou: «O nosso amigo Lázaro adormeceu. Eu vou acordá-lo». 12. Os discípulos disseram: «Senhor, se está dormindo vai salvar-se».
13. Jesus referia-se à morte de Lázaro, mas os discípulos pensaram que Ele falava do sono natural.
14. Então Jesus disse-lhes claramente: «Lázaro está morto. 15. E Eu alegro-Me por não termos estado lá, para que acrediteis. Agora vamos ter com ele».
16. Então Tomé, chamado Gêmeo, disse aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele».

Comentando:

Só ao terceiro dia Jesus Se move até a Judeia... No tempo que Ele acha conveniente. Caro Irmão, atento, porque o tempo de Deus não é nosso tempo; o Senhor não obedece aos nossos prazos...
Jesus vai voltar à Judeia, a Betânia... Os discípulos têm medo, pois em Jerusalém o clima era hostil a Jesus (cf. Jo 10,19.31.39). Mas, o Senhor deixa claro que como o dia é o tempo próprio para o trabalho, assim também Ele deve realizar a obra que o Pai Lhe confiou enquanto ainda há tempo, enquanto Ele está no mundo e não chega a noite da Paixão... O Senhor nosso é livre; não procura a morte, mas, por outro lado, Seu único critério é a vontade do Pai; somente ao querer do Pai Ele Se apega. Vai sim à Judeia cumprir a missão que o Pai Lhe confiara... A resposta de Tomé deveria ser a nossa – minha e sua: “Vamos também nós e morramos com Ele!” Nunca trair o Senhor, nunca abandoná-Lo ante as dificuldades da vida, nunca nos acovardarmos quando Seus inimigos O caluniam, O blasfemam, O ridicularizam... Hoje em dia é tão grande a hostilidade contra o Senhor – hostilidade transbordada contra a Igreja, contra os cristãos... Como reagir a esse estado de coisas? É mais cômodo o silêncio, é mais fácil fazer de conta que não é contra o Senhor, e tão politicamente correta e tão miseravelmente covarde a omissão, o silêncio medroso, o sair de fininho... “Vamos também nós e morramos com Ele”, pois “se alguém quer servir-Me, siga-Me; e onde estou Eu, aí também estará o Meu servo!”  (Jo 12,26)

Jesus previne aos discípulos que Lázaro adormeceu. Seja no episódio da filhinha de Jairo, seja aqui, Jesus chama a morte de sono...
O Senhor não vê como nós vemos! Para as humanas possibilidades, a morte é a última realidade nossa, é a nossa total impossibilidade; é definitiva: a morte é morte. O nosso senso comum diz: “Só não há jeito para a morte!” Mas, para o Senhor a morte não é definitiva: é apenas como um sono do qual Ele nos desperta. Quem tem razão: nós ou o Senhor? Quem vê a realidade: nós, na nossa debilidade e estreiteza ou o Senhor, na Sua força vivificante e na Sua sabedoria? Não nos esqueçamos: o Senhor não julga segundo os nossos critérios: “o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração!” (1Sm 16,9) Ora, é precisamente a aventura da fé, o drama da fé, a coragem da fé que nos faz sair do nosso olhar para ver com o olhar do Senhor!

- Senhor dos prazos diversos dos nossos,
Ensina-me a paciência e a perseverança!
Perdoa minhas pressas, minha presunção
em querer dar-Te prazos e impor-Te condições!

Cristo totalmente livre e fiel ao Pai,
Dá-me forças para caminhar Contigo, para seguir-Te de perto!
Perdoa minhas covardia, perdoa as vezes que não estive Contigo
E não testemunhei o Teu Nome e minha fé em Ti!

Santo de Deus, Luz provinda da Luz,
Ilumina meu entendimento, minha inteligência, minha visão,
Dá-me a graça de ver como Tu vês, com pureza de coração,
Vendo-Te em todas as coisas, pessoas e situações!
Perdoa minha cegueira teimosa,
Que me prende de modo mesquinho e estreito na minha própria vontade!

Cura-me, Senhor,
E eu serei curado!
Liberta-me, Senhor,

E eu serei livre!


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