sábado, 13 de abril de 2019

A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas - XIII

Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-Lo. Já ouvira falar a Seu respeito e esperava vê-Lo fazer algum milagre. Ele interrogou-O com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu. Os sumos sacerdotes e os escribas estavam presentes e O acusavam com insistência. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou Dele, vestiu-O com uma roupa vistosa e mandou-O de volta a Pilatos. Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos (Lc 23,8-12).

Herodes desejava conhecer Jesus, ver um milagre Seu, presenciar um show, um espetáculo, talvez um show da fé... Trata-se de um conhecimento exterior, sem amor, sem adesão. Um conhecimento assim não tem serventia alguma para o Reino de Deus e para a salvação.
Conhece Jesus quem crê Nele, conhece Jesus quem a Ele adere com toda a vida, conhece Jesus quem O ama e se dispõe a segui-Lo! Qualquer outro conhecimento, o de Herodes, o do filósofo descrente, o do teólogo racionalista e soberbo, o do ministro sagrado sem devoção e relativista, à procura de aprovação e aplauso do mundo, o do estudante de teologia sem unção, o do cristão sem piedade, é um conhecimento exterior, insuficiente, distorcido, falso; não passa de despiste, de fraude, de embuste!

Por isso mesmo, para Herodes não haverá milagre algum – não se pode encomendar milagre, não se pode fazer do milagre um show ou um circo! O nosso Senhor não Se presta a isto! Herodes não terá milagre e nem mesmo uma única palavra de Cristo, uma única resposta! O Senhor não responde a quem o indaga de modo soberbo e ímpio: para esses, Deus Se cala, Deus a esses lhe esconde o Rosto...

Herodes dispensa Jesus com uma roupa lustrosa, ridícula, de rei-palhaço... O Senhor mantém-Se silencioso. Quanta dignidade ante a superficialidade e a vulgaridade de Herodes e do mundo atual, que brinca com Deus e ridiculariza a fé cristã.

E naquele dia, na maldade, Pilatos e Herodes tornam-se amigos... Mas, que amizade, essa, fundada na maldade, na injustiça, nos interesses escusos; maldade tão diversa daquela que Cristo nos propõe: “Já não vos chamo servos, mas amigos!” Amizade verdadeira é a de Cristo e em Cristo, que enche nosso coração, que dá alento e sentido à nossa vida. – Obrigado, Jesus, pela Tua amizade! Para que eu fosse Teu amigo, foste levado a Pilatos, foste conduzido a Herodes, foste ridicularizado e tratado como um louco! Obrigado, Jesus, pelo que sofreste por mim!

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa Cruz remistes o mundo!


2 comentários:

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