segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Um Deus presente e atuante

Do Primeiro Livro de Samuel (1Sm 9,1-4.17-19; 10,1a)

Havia um homem de Benjamin, chamado Cis, filho de Abiel, filho de Seror, filho de Becorat, filho de Afia, um benjaminita, homem forte e valente. Ele tinha um filho chamado Saul, de boa apresentação. Entre os filhos de Israel não havia outro melhor do que ele: dos ombros para cima sobressaía a todo o povo.
 Ora, aconteceu que se perderam umas jumentas de Cis, pai de Saul. E Cis disse a seu filho Saul: “Toma contigo um dos criados, põe-te a caminho e vai procurar as jumentas”. Eles atravessaram a montanha de Efraim e a região de Salisa, mas não as encontraram. Passaram também pela região de Salim, sem encontrar nada; e, ainda pela terra de Benjamin, sem resultado algum.
Quando Samuel avistou Saul, o Senhor lhe disse: “Este é o homem de quem te falei. Ele reinará sobre o Meu povo”. Saul aproximou-se de Samuel, na soleira da porta, e disse-lhe: “Peço-te que me informes onde é a casa do vidente”. Samuel respondeu a Saul: “Sou eu mesmo o vidente. Sobe na minha frente ao santuário da colina. Hoje comereis comigo, e amanhã de manhã te deixarei partir, depois de ter revelado tudo o que tens no coração”.
Na manhã seguinte, Samuel tomou um pequeno frasco de azeite, derramou-o sobre a cabeça de Saul e beijou-o dizendo: “Com isto o Senhor te ungiu como chefe do Seu povo, Israel. Tu governarás o povo do Senhor e o livrará das mãos de seus inimigos, que estão ao seu redor”.

Realmente, a Escritura é apaixonante: mostra-nos o Senhor como um Deus vivo, presente concretamente na vida do mundo, na vida das pessoas, na nossa vida. Eis o nosso Deus: Deus do dia-a-dia, Deus da vida cotidiana, Deus que entra nas contradições da vida; não um Deus teórico, distante, metafísico, exato, frio, previsível...

Lá vai Deus metido com Saul, que está medito com umas jumentas! Lá vai Deus, envolvido com o jovem Samuel, agora já velho, chamado de “vidente” pelo povo, porque falava em nome de Deus e discernia a vontade de Deus na vida das pessoas... Lá vai Deus, ungindo Saul como rei do seu povo. Lembra, caro Irmão? Essa unção é fruto de um pedido do povo, um pedido que desgostou o Senhor Deus... Pois bem: lá vai Deus escrevendo certo por linhas tortas, metendo-se com a complicada história dos homens...

Quem dera hoje soubéssemos escutar o Senhor, discernir Sua graciosa presença nos mil modos em que vem a nós de modo discreto, educado, elegante, velado! Ah! Se o povo de Deus acreditasse realmente no Senhor, se hoje ouvisse a Sua voz!

Mas, que pena, que somos gente de hoje, teimosa, que só escuta a própria razão, que só escuta a si mesma, que deseja meter o Senhor na gaiola da razão à nossa medida ou na distância da inutilidade, de um Deus frio e calculado, do nosso tamanho.

Ah, Senhor Deus, que Tu és livre e libertador! Ah, que ninguém pode medir Tua grandeza! Ah, que ninguém pode sondar Teus pensamentos! Deus vivo, Deus presente, Deus soberano, que elevas e abaixas, que fazes morrer e ressuscita! A Ti a glória, ó glória da nossa vida, por Cristo na Igreja, pelos séculos dos séculos. Amém.


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