sábado, 30 de maio de 2020

A graça do Pentecostes

Pentecostes encerra solenemente o Tempo Pascal. Cristo ressuscitado deu à Sua Igreja o grande Dom, o grande Penhor da Sua presença: o Seu Espírito Santo.

No Domingo da Ressurreição, o Pai derramou sobre o Filho morto, cadavérico na Sua natureza humana, o Espírito, que é Senhor que dá a Vida. Este Espírito transformou, transfigurou o homem Jesus, ressuscitando-O para a Vida plena de Deus. Assim, morto na carne, Jesus foi vivificado no Espírito Santo!

Este mesmo Espírito, Ele, agora glorioso, Cordeiro de pé como que imolado, derramou sobre toda a Igreja e sobre toda a criação. No Dia mesmo da Ressurreição, o Senhor Jesus soprou sobre os Onze, representantes da Igreja: “Recebei o Espírito Santo!” Este Dom, fruto da Ressurreição, o Cristo ressuscitado manifestou publicamente na festa judaica de Pentecostes e, fiel à Sua promessa, continua a derramá-Lo constantemente sobre a Igreja. Para cada um de nós, este Espírito do Cristo ressuscitado foi derramado no momento do nosso Batismo: aquela água é símbolo do Espírito!

Alegremo-nos, portanto! No Espírito do Ressuscitado, já participamos da Vida de Cristo glorioso, já temos o penhor da nossa ressurreição, já vivemos verdadeiramente uma Vida nova!

Este Espírito do Cristo enche o universo, vivifica a Igreja e nos sustenta no caminho. Por isso, podemos dizer, com um Autor contemporâneo:

         Sem o Espírito o cosmo seria um caos;
com Ele, toma sentido, tem razão de ser e é a expressão da bondade, da sabedoria e do amor do Criador.

Sem o Espírito o Verbo eterno não teria sido enviado pelo Pai;
com Ele, Se tornou o Salvador e Redentor que possibilita a felicidade eterna a todos que O recebem e aceitam.

Sem o Espírito Cristo continuaria sendo um ser histórico do passado; com Ele‚ é o Messias entronizado ao lado do Pai para derramar de lá o Espírito Santo.

Sem o Espírito o Evangelho seria letra morta, fixada num livro entregue ao capricho de cada leitor;
com Ele, se torna poder de Vida espiritual e alimento diário para a alma cristã.

Sem o Espírito a Igreja seria uma simples organização humana;
com Ele‚ é o sinal. e instrumento para a dilatação do Reino de Deus.

Sem o Espírito a Autoridade seria dominação e arbítrio;
com Ele, é serviço que garante a autenticidade e integridade da Revelação divina.

Sem o Espírito a Liturgia seria simples evocação de eventos passados;
com Ele‚ é presença viva do mistério celebrado.

Sem o Espírito a Missão seria propaganda e proselitismo;
com Ele‚ é o Pentecostes atuando.

Sem o Espírito a Conduta humana seria uma moral de escravos,
com Ele, se transforma em caridade cristã que nos faz crescer no amor a Deus e na consagração ao próximo.

Sem o Espírito eu seria capaz de entrar num estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus, num verdadeiro inferno;
com Ele, abre-se a esperança para a Vida eterna com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.


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