Houve também uma discussão entre eles sobre qual deles deveria ser considerado o maior. Jesus, porém, lhes disse: “Os reis das nações dominam sobre elas, e os que têm poder se fazem chamar benfeitores. Entre vós, não deve ser assim. Pelo contrário, o maior entre vós seja como o mais novo, e o que manda, como quem está servindo. Afinal, quem é o maior: quem está sentado à mesa, ou quem está servindo? Não é quem está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve. Vós permanecestes Comigo em Minhas provações. Por isso, assim como o Pai Me confiou o Reino, Eu também vos confio o Reino. Vós havereis de comer e beber à Minha Mesa no Meu Reino, e sentar-vos em tronos para julgar as doze tribos de Israel! (Lc 22,24-30).
Irmão meu, o nosso pecado – o seu, o meu! Jesus acaba de se dar totalmente no pão, Seu Corpo, e no vinho, Seu Sangue; acaba de assinar Sua entrega que será consumada na dor tremenda da Sruz... Jesus acaba de dizer que é por nós, para nossa salvação... E nós discutimos sobre quem de nós é o maior, o mais importante, o primeiro!
Até quando estaremos tão distantes do Coração do nosso Salvador? Até quando à Sua lógica de servir, de doar-Se a nós, nós contraporemos a lógica nossa, mundana, do prevalecer, do impor-nos, do nos fazer valer? Esta é a lógica do mundo, dos grandes do mundo, dos “reis das nações”: dominar, passar por bons e benfeitores... Infelizmente, ela está também tão presente na Igreja... Mais do que imaginamos e admitimos... Que pena! Que tristeza! Que vergonha!
– Perdão, meu Jesus! Perdão porque entre nós não deveria ser assim e, infelizmente, tantas vezes, entre nós, Teus discípulos, Teus cristãos, Teus ministros sagrados, é assim! Perdão, Senhor, porque nosso coração disfarçadamente pulsa muitas vezes na lógica do mundo e não na Tua! Perdão, Senhor, porque num momento tão solene quanto este da Ceia derradeira e de cada Eucaristia ainda teimamos em arengar, disputar, querer impor-nos! Quão grande é nossa dureza, quão medonha é nossa cegueira, quão duro é nosso coração!
Mestre, Senhor, crava em Ti o nosso olhar, fixa em Ti o nosso coração: Tu és o Mestre, Tu, o Senhor! – e, no entanto, estás entre nós (estarás sempre) como aquele que serve dando a vida sem medidas e sem reservas! Perdoa-nos, Senhor, converte-nos Senhor, cura nosso coração de pedra, ó Salvador nosso!
Depois, meu caro Internauta, aquela palavra estupenda de Jesus aos Doze, e que vale também para nós: “Vós permanecestes Comigo em Minhas provações. Por isso, assim como o Pai Me confiou o Reino, Eu também vos confio o Reino”. Vale para cada cristão, mas vale de modo todo especial para a ordem sacerdotal: os Bispos e presbíteros: Vós permanecestes Comigo em Minhas provações: nas provações da vida, nas solidões e dores, nos cansaços e incompreensões, no desânimo e na vontade de ir-se embora, vós permaneceste Comigo: vosso sofrimento tornou-se Meu sofrimento e Meu sofrimento tornou-se presente e completo no vosso sofrimento! Vós permanecestes Comigo, não fugistes! E como o Meu Pai entregou-Me o Reino pela Minha obediência até a Morte, Eu também vos faço participantes desse Meu Reino (porque tudo quanto o Pai tem é Meu)! Estai certos: comereis à Minha Mesa na Eucaristia eterna do Céu, na qual Eu mesmo serei o alimento que sacia o coração, alegra a vida e enche de sentido a existência. Não mais comerei nem beberei convosco neste mundo... Ânimo, coragem! Eu vos preparo no Céu uma outra Mesa e lá vos saciareis eternamente, porque permanecestes Comigo em todas as Minhas tribulações!
Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos, porque pela Vossa santa Cruz remistes o mundo!
Assim seja. Louvado seja Deus Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado.
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