1023. Os que morrerem na graça e na amizade de Deus e estiverem perfeitamente purificados, viverão para sempre com Cristo. Serão para sempre semelhantes a Deus, porque O verão «tal como Ele é» (1 Jo 3,2), «face a face» (1Cor 13, 12) (615):
«Com a nossa autoridade apostólica, definimos que, por geral disposição divina, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo [...] e as de todos os outros fiéis que morreram depois de terem recebido o santo Batismo de Cristo e nas quais nada havia a purificar no momento da morte, ou ainda daqueles que, se no momento da morte houve ou ainda há qualquer coisa a purificar, acabaram por o fazer [...] mesmo antes de ressuscitarem em seus corpos e do Juízo universal – e isto depois da Ascensão aos Céus do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo –, estiveram, estão e estarão no Céu, associadas ao Reino dos Céus e no paraíso celeste, com Cristo, na companhia dos santos anjos. E depois da Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo, essas almas viram e veem a Essência divina com uma visão intuitiva e face a face, sem a mediação de qualquer criatura» (Bento XII, Bula Benedictus Deus - DS 1000).
1024. Esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se «Céu». O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.
1025. Viver no Céu é «estar com Cristo» (Jo 14,3; Fl 1,23; 1Ts 4,17). Os eleitos vivem «Nele»; mas Nele conservam, ou melhor, encontram a sua verdadeira identidade, o seu nome próprio (cf. Ap 2,17):
«Porque a Vida consiste em estar com Cristo, onde está Cristo, aí está a Vida, aí está o Reino» (Santo Ambrósio).
1026. Pela Sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo «abriu-nos» o Céu. A Vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associa à Sua glorificação celeste aqueles que Nele acreditaram e permaneceram fiéis à Sua vontade. O Céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados Nele.
1027. Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo ultrapassa toda a compreensão e toda a representação. A Sagrada Escritura fala-nos dele por imagens: vida, luz, paz, banquete de núpcias, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, paraíso: aquilo que «nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem, Deus o preparou para aqueles que O amam» (1Cor 2,9).
1028. Em virtude da Sua transcendência, Deus não pode ser visto tal como é, senão quando Ele próprio abrir o Seu Mistério à contemplação imediata do homem e lhe der capacidade para O contemplar. Esta contemplação de Deus na Sua Glória celeste é chamada pela Igreja «visão beatífica»:
«Qual não será a tua glória e a tua felicidade quando fores admitido a ver a Deus, a ter a honra de participar nas alegrias da salvação e da luz eterna, na companhia de Cristo Senhor teu Deus, [...] gozar no Reino dos Céus, na companhia dos justos e dos amigos de Deus, das alegrias da imortalidade alcançada!» (São Cipriano de Cartago).
1029. Na glória do Céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a criação. Eles já reinam com Cristo. Com Ele «reinarão pelos séculos dos séculos» (Ap 22,5).
Dom Henrique Soares Costa , o que quero aqui manifestar é a minha GRATIDÃO! Seus artigos me faz pensar , me edifica... Sua Evangelização é um "remédio" eficaz... Deus seja louvado pelo seu ministério!
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