domingo, 26 de janeiro de 2020

Mais uma meditação para este Domingo

Irmãos caríssimos no Senhor, durante o Tempo Comum, a Liturgia vai nos fazendo repassar o ministério do Cristo nosso Salvador: Suas palavras, Seus gestos, Seu modo de viver... Pensai que realidade maravilhosa nos é dada: vamos ouvindo na liturgia da Palavra, proclamada do ambão, tudo quanto diz respeito ao nosso Senhor, e vamos celebrando na liturgia eucarística, no Altar sagrado, a salvação que Ele nos trouxe e nos é continuamente oferecida, dada, no ministério da Igreja ao celebrar a sagrada Eucaristia!

Chamo-vos atenção para esta realidade porque estamos no início do Tempo Comum. Nestes primeiros domingos, o Evangelho nos mostra o início do ministério público do Senhor. O que aparece hoje? O que nos diz a Palavra de Deus? Seja a primeira leitura como o escrito de São Mateus, fala-nos da Galileia das nações, região que representa aqui todos os povos, os gentios, aqueles que não conheciam o Deus de Israel. Ainda hoje, Galileia das nações significa todos aqueles que vivem sem Deus e sem Cristo neste mundo, naquela situação tão triste de que nos fala São Paulo na Epístola aos Efésios: “Vós estáveis mortos em vossos delitos e pecados. Neles vivíeis outrora, conforme a índole deste mundo, conforme o Príncipe do poder do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Com eles, nós também andávamos outrora nos desejos de nossa carne, satisfazendo as vontades da carne e os seus impulsos e éramos, por natureza, filhos da ira” (2,1-3).
Amados no Senhor, não nos iludamos: é esta a triste situação do homem sem Cristo! Não há apelo, não há mágica, não há politicamente correto, não há humanismo fofinho, docinho segundo a ilusão do mundo! Sem Cristo, estamos nas trevas, sem Cristo, somos filhos da ira! Eis a Galileia das nações, eis a nossa natureza humana entregue a si mesma, eis o mundo que desconhece o Salvador, o Emmanuel que nasceu para nós!

Pois bem: “O povo que vivia nas trevas viu uma grande Luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma Luz!” O Evangelho nos diz que a chegada do Cristo Jesus cumpre esta profecia de Isaías! Sim, meus caros, Ele é a Luz! Jesus é luz que ilumina com o conhecimento de Deus, com a Vida divina a nossa existência e a existência do mundo inteiro! Recordai sempre: “Deus amou tanto o mundo, que entregou o Seu Filho único, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida eterna, tenha a luz da Vida” (Jo 3,16; 8,12). Toda vez que alguém se deixa habitar pelo Senhor, sua vida se ilumina, as trevas se dissipam e esta profecia se cumpre mais uma vez!

Mas, atenção, esta Luz não vem à toa, de modo impessoal. Ela vem para ti, para mim, para nós todos! Esta Luz bendita, que é Jesus, nos apela, nos interpela, chama-nos, como fez com Pedro e André, com Tiago e João! Esta Luz espera de nós uma resposta! Pedro e André deixaram as redes, Tiago e João deixaram a barca e o pai... Atenção, caríssimos no Senhor: não é possível sermos iluminados pelo Senhor, não é possível sair da humana treva sem que nos deixemos, sem que saiamos de nós mesmos para seguir o Senhor, para colocar nossos passos nos Seus passos e modelar nossa vida pela Sua santa vontade!

Por isso mesmo, vede qual o anúncio que o Senhor nos faz: “O Reino de Deus está próximo!” Sim, com Jesus, o Reino aproximou-se: Deus está às portas, pedindo  para invadir com o Seu amor a nossa vida, inundando-a de luz! Mas, que fazer para que esse Reino bendito formate a minha existência e, através de mim, o mundo ao meu redor? Escutai o apelo, escutai a exortação, prestai atenção na ordem urgente: “Convertei-vos!” Somente assim, meus caros, seremos libertados das trevas e sairemos dos nossos mesquinhos horizontes meramente humanos! Deixar, deixar-se... Abrir-se para a luz do Senhor, abandonar o nosso modo tenebroso de viver... Eis o Reino de Deus, eis a luz do Cristo, eis o Evangelho, eis a salvação!

Na segunda leitura desta santa Missa, São Paulo procura educar a Igreja de Corinto para que viva como realmente iluminada pelo Senhor! Que ela, que nós, possamos dizer com a boca e o modo de proceder: “Eu sou de Cristo!” Nada de ser de Paulo, nada de ser de Pedro, nada de ser de Apolo! “Eu sou de Cristo!” Somente Ele é nossa luz e quando formos fieis a isto, toda divisão, toda disputa, toda incompreensão, toda intolerância recíproca, toda falta de concórdia são superadas no Senhor único! Sem Cristo, sem voltar sempre a Ele, nossa Luz, dividimo-nos interiormente, de coração quebrado em mil paixões, e exteriormente, em tantos senhores, líderes, guias e partidos! Não vemos isto, hoje, na Igreja? Será que, verdadeiramente, estamos deixando que o Senhor nos ilumine, estamos fazendo Dele a nossa luz ou, ao invés estamos procurando outras lâmpadas, outros critérios, outros guias, outros absolutos?

“Outrora éreis treva, mas agora sois luz no Senhor: andai como filhos da Luz!” (Ef 5,8) Eis, caríssimos o apelo do Senhor, Luz de Deus que brilhou e deseja brilhar sempre na nossa vida e na existência do mundo! Escutemo-Lo, abramos-Lhe o nosso coração, acolhamos de verdade o Reino que Ele nos traz e que comungaremos, daqui a pouco, no Altar da santa Eucaristia. A Ele a glória e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém.


Um comentário:

  1. Pai Santo, eu LHE agradeço por mais um domingo. No entanto, me conceda a graça de seguir a grande luz. Me conceda a graça de viver com alegria. Me conceda a graça, libertando os oprimidos. Me conceda a graça de viver unido aos outros. Me conceda a graça de ser do meu REDENTOR. Me conceda a graça de viver o meu batismo. Me conceda a graça de pregar a boa nova da salvação dizendo: Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo. Me conceda a graça de carregar a minha cruz. Me conceda a graça de profetizar. Me conceda a graça de segui-Lo com fé e amor. Me conceda a graça, curando os doentes do corpo e da alma. Isso eu LHE peço pela intercessão de Jesus Cristo, VOSSO querido filho e meu amado SALVADOR. Amém.

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