Por que o Concílio Vaticano II utilizou “subsistit in” (subsiste na) e não simplesmente “é”? Por que não afirmou simplesmente “a Igreja de Cristo é a Igreja católica”?
Porque a inteira Tradição sempre reconheceu que os que são batizados validadamente, ainda que não estejam em comunhão visível com a Igreja católica, são membros dela e são verdadeiros cristãos.
Nas comunidades cristãs que estão fora da visível comunhão católica, há certamente elementos da Igreja, elementos de eclesialidade: as Escrituras, a fé em Jesus como Senhor e Cristo, o amor fraterno, dons e carismas e até mesmo o martírio por amor a Jesus nosso Senhor. No caso dos ortodoxos, o Episcopado plenamente válido e dentro da sucessão apostólica, os sacramentos validamente celebrados, o culto à Virgem Maria e aos santos...
A inteira Tradição sempre reconheceu que os que são batizados validadamente, ainda que não estejam em comunhão visível com a Igreja católica, são membros dela por laços diversos e são verdadeiros cristãos. Nas comunidades cristãs que estão fora da visível comunhão católica há, certamente, elementos da Igreja, elementos de eclesialidade.
Assim, se se afirmasse sem mais uma identidade pura e simples entre a Igreja de Cristo e a Igreja católica com um “é”, ficaria mais difícil exprimir como fora da unidade visível da Igreja há elementos de eclesialidade...
Mas, que fique claro: este “subsiste” tem o sentido do “é”, deixando, no entanto, aberta a explicação para os elementos de eclesialidade fora da comunhão visível da Igreja católica. Esta foi a ideia do Pe. Sebastiaan Tromp, jesuíta que fez esta formulação na Lumen Gentium.
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