O capítulo 3 do Livro de Daniel é tragicômico: a mania tola que os grande têm de desejarem ser tidos por importantes, ser adorados, bajulados, elogiados, louvados... Nabucodonosor quer porque quer que todos se ajoelhem diante da sua estátua...
Tantas vezes isto aconteceu e acontece na história, nos mais variados âmbitos, fora e até mesmo dentro da Igreja... E os prepotentes sempre pensam: “E qual deus que poderia livrar-vos das minhas mãos?” (Dn 3,15) Assim julgam sempre os que se sentem grandes, com poderes de vida e de morte sobre os outros...
A resposta de Daniel e seus companheiros é libertadora, daquela liberdade que somente a verdadeira confiança em Deus pode proporcionar: “O nosso Deus, a Quem servimos, tem o poder de nos livrar da fornalha acesa e nos livrará também da tua mão, ó rei. Mas, se Ele não o fizer, fica sabendo que não serviremos o teu deus, nem adoraremos a estátua de outro que levantaste” (Dn 3,18).
Quanta liberdade, fruto de uma fé arraigada no Senhor somente! Eis: aqueles jovens sabem, com o profundo saber da fé, que tudo está nas mãos do Senhor: Ele pode nos livrar de todas as fornalhas, por maiores e mais acesas que estejam; e mais: ainda que não nos livre, Ele continua sendo o Senhor, sendo Deus, sendo o Único, Aquele que, amorosamente, tem a nossa vida em Sua mãos benditas! A esse Deus tão grande e misterioso, os jovens dizem: “És justo em tudo que fizeste e todas as Tuas obras são verdadeiras, retos os Teus caminhos e verdade todos os Teus julgamentos. Tudo o que nos fizeste sobrevir, tudo o que Tu mesmo nos fizeste, foi num julgamento verdadeiro que o fizeste” (Dn 3,26s.31).
O verdadeiro crente, o verdadeiro amigo do Senhor, como Abraão (cf. Dn 3,35), crê incondicionalmente, colocando todo a fundamento da sua existência na fidelidade certíssima do Eterno!
Que pena, que hoje temos tão poucos crentes assim... São tantas muletas, tantas necessidades de provas, de favores, de milagres e sentimentos... Todo tão distante da verdadeira fé e da autêntica relação com Deus...
Deus de Deus, Deus dá luz, por todos séculos amém
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