sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A propósito de Mt 13: As parábolas do Reino dos Céus (VI)

Levanta-Se; sai do barco, e, “deixando as multidões, entrou em casa”...
Agora, com os discípulos, continua a falar sobre o Reino dos Céus. O coração continua vibrando... O Mestre continua a revelar Seus segredos aos Seus íntimos, coração a coração:
“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai e vende tudo o que possui e compra aquele campo”.Que comparação bela, que imagem fascinante, instigante!

O Reino é um tesouro, mas escondido. Pode ser que alguém passe por ele, pise nele e não o perceba... Pode-se passar pela vida, pode-se passar mil vezes por aquele campo sem se dar conta do tesouro! Que coisa! Nem todos encontrarão o Reino! Por quê?
A resposta pertence ao mistério insondável do encontro da providência de Deus com a liberdade do homem.

Assim é o Reino: um tesouro, o maior tesouro da existência: por ele, a vida vale realmente a pena! E quando alguém o encontra, quando deixa, ao menos um pouco, que Deus, o Pai de Jesus, nosso Senhor, invada a vida e reine na sua existência, então descobre, encantado, o tesouro de grande valor que encontrou! E o esconde com cuidado, como algo preciosíssimo, que não pode ser banalizado, não pode ser deixado à toa, não pode ser tomado como realidade de pouca conta! E vai, cheio de alegria, vende tudo, larga tudo, vende tudo quanto é, tudo quanto construiu, tudo relativizando, para conquistar aquele campo onde se acha o tesouro.

É muito bonito, nesta parábola, como Jesus associa a descoberta do Reino com a alegria: o Reino não é um fardo, não é uma obrigação, não é uma realidade que se suporta na marra: é um dom, uma graça, uma festa, uma alegria!


2 comentários:

  1. Meu Deus. que maravilha esta narrativa deste Evangelho, com a interpletação da Igreja na pessoa de Dom Henrique. É a Igreja que nos fala e orienta pelo o Magistério e a Santa Tradição, e as Escrituras.

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