Continuemos nossa meditação do Terceiro Cântico do Servo Sofredor:
“O Senhor Deus abriu-Me os ouvidos
e Eu não fui rebelde,
não recuei.
Ofereci o dorso aos que Me feriam
e as faces aos que Me arrancavam os fios da barba;
não ocultei o rosto às injúrias e aos escarros” (Is 50,6).
É caro, sempre foi, o preço da fidelidade, da obediência ao Senhor!
Porque o Servo foi fiel, porque não recuou diante da missão que o Santo Lhe dera, teve como recompensa a rejeição, os flagelos, a abjeção e a ignomínia! Como não pensar em Jesus, o Servo Sofredor, inocente, manso e fiel ao Pai?
Ainda hoje, todo aquele que Lhe quiser ser fiel, tem um preço a pagar, às vezes dentro da Sua própria Igreja!
“O Senhor Deus virá em Meu socorro,
eis por que não Me sinto humilhado,
eis por que fiz do Meu rosto uma pederneira
e tenho certeza de que não ficarei confundido.
Perto está Aquele que defende a Minha causa.
Quem ousará mover ação contra Mim? Compareçamos juntos!
Quem é Meu adversário? Ele que se apresente!
É o Senhor Deus que Me socorrerá,
quem será aquele que Me condenaria?
Certamente, todos eles se desgastarão como uma veste:
a traça os devorará!” (Is 50,7-9).
Impressionante, surpreendente!
O Servo, mesmo sofrido, homem de dores, maltratado, flagelado, tem uma atitude triunfal!
Loucura? Insanidade? Falta de realismo? Alienação maluca, provocada por alucinação e idiotice religiosa?
Não! Força, segurança, certeza fundada Naquele que é o Deus fiel, o Santo de Israel! “O Senhor virá em Meu socorro! O Senhor defenderá a Minha causa! Ainda que todos Me condenem, se o Senhor Me absolver, se Ele estiver ao Meu lado, por que temer? Por que vacilar? Por que duvidar do caminho que escolhi e para o qual fui escolhido?”
Observe no Servo a profunda convicção do triunfo e da permanência em Deus daquele que a Ele se confia e, por outro lado, a ilusão, a fugacidade, daqueles que se voltam contra o Senhor e Seu Servo.
Pense, meu Irmão, no contraste entre a Sexta-feira e o Sábado Santo, por um lado, e o Domingo da Ressurreição, por outro! – Senhor, os que Te esperam não perecem, não se apagam na sua existência, mas brilham como o sol ao amanhecer! “Eu tranquilo vou deitar-Me e na paz logo adormeço, pois só Vós, ó Senhor Deus, dais segurança à minha vida!” (Sl 4).
Reze os Salmos 69/70 e 70/71. Que o Senhor nos conceda a graça de um abandono confiante em Suas mãos como aquela do Filho Jesus!
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