tag:blogger.com,1999:blog-61185290329357752872024-03-13T03:52:12.768-03:00Visão CristãTemas relacionados à fé católica.
Opiniões e análises sempre a partir de uma perspectiva de visão cristã.Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.comBlogger748125tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-41883945437759776412020-06-29T11:58:00.008-03:002020-06-29T13:30:25.703-03:00Pedro e a Igreja, Pedro na Igreja<p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Caro Irmão, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, partilho com você este comentário que fiz à leitura proposta no Ofício de Leituras para a festa que celebramos. Trata-se de um texto de rico conteúdo teológico. Ei-los, o texto e os comentários.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Dos Sermões de Santo Agostinho, Bispo (séc. V)<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">(<i>Sermo</i> 295,1-2.4.7-8:PL38,1348-1352)<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia. Não falamos de mártires desconhecidos. “Sua voz ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do mundo a sua palavra” (Sl 18,5). Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Observação minha: <o:p></o:p></font></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Logo neste parágrafo aparecem claramente três motivos para uma celebração especial dos santos Apóstolos Pedro e Paulo. Primeiro, pelo que eles foram na Igreja apostólica: insignes pregadores do Evangelho do Cristo Jesus. Se todos os Apóstolos foram anunciadores do Senhor imolado e ressuscitado, Pedro e Paulo destacaram-se e tiveram um papel de primeira grandeza na pregação, na ação missionária e na constituição da vida eclesial. O segundo motivo é comum a toda a geração apostólica: “viram o que pregaram”, ou seja, foram testemunhas de primeira ordem:</font></span></i><font size="5"><i style="text-align: start;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> não foram propagadores de mitos e crendices, mas testemunhas de um maravilhoso evento</span></i><span style="font-family: -webkit-standard; text-align: start;"></span></font><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> e, por último, mas não menos importante, comprovaram o testemunho que deram com os lábios com a vida e com a morte: “morreram pela Verdade”, que é Cristo!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">São Pedro, o primeiro dos Apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: “Por isso Eu te digo que tu és Pedro” (Mt 16,19). Antes, ele havia dito: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). E Cristo retorquiu: “Por isso Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei Minha Igreja” (Mt 16,18). Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre a afirmação que fizeste: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo, construirei a Minha Igreja. Porque tu és Pedro. Pedro vem de Pedra; não é pedra que vem de Pedro. Pedro vem de Pedra, como cristão vem de Cristo.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Observação minha:<o:p></o:p></font></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Parágrafo muito importante para a reta compreensão do ministério petrino, tal qual a constante Tradição da Igreja antiga o compreendeu. Observe bem a dinâmica do parágrafo: Onde começa a autoridade de Pedro? Donde promana? Onde encontra sua raiz e fecundidade? No amor: “Primeiro dos Apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: Tu és Pedro”. Não deveríamos nunca pensar o ministério petrino primeiro nos parâmetros do direito canônico, da lei, das normas e do poder. Não são estas as coordenadas principais. Isto aparece muito claro no Evangelho de São João, recordado mais abaixo por Santo Agostinho. Calcar o ministério petrino simplesmente na lógica do poder e da jurisdição é empobrecê-lo e, até certo ponto, deturpá-lo.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Depois, observe a ligação e dependência da autoridade recebida por Pedro em relação à profissão de fé que ele faz: é porque ele professou “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”, que escutou “Eu te digo que tu és Pedro!” Em outras palavras: Pedro não é Pedro como pessoa isolada, automaticamente, desvinculado da Igreja inteira e da sua profissão de fé essencial! Pedro é Pedro porque confessa a fé da Igreja e enquanto confessa a fé da Igreja! Por isso mesmo, segundo vários bons teólogos, um papa que caísse pessoalmente em heresia, ensinando o que a Igreja nunca ensinou ou claramente rejeitou na sua profissão de fé, já não poderia ser Sucessor de Pedro! Agostinho deixa bem claro o vínculo entre o ser Pedro e a profissão de fé da Igreja, toda sintetizada firmemente no “Tu és o Cristo, o Filho do Deu vivo”, quando afirma, no parágrafo acima: “Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre a afirmação que fizeste: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo, construirei a Minha Igreja’”. Observe-se com todo cuidado como os dois aspectos são inseparáveis: Pedro é pedra para proclamar a reta fé, não para dizer o que bem quiser ou fazer o que bem compreender! O ministério petrino somente pode ser retamente exercido em função “da fé que haverás de proclamar”. Trata-se, pois, de um ministério importantíssimo na Igreja, em vista da proclamação da verdadeira fé, que tem como núcleo duro e inamovível o “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”, com todas as suas implicações e desenvolvimentos posteriores.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Por isso, o santo Bispo de Hipona prossegue com estilo e acuidade teológica: “Porque tu és Pedro. Pedro vem de Pedra; não é pedra que vem de Pedro. Pedro vem de Pedra, como cristão vem de Cristo”. À primeira vista, parece tratar-se de um mero jogo de palavras. Mas, não é assim! Pedro vem de Pedra! A Pedra, aqui é Cristo, professado nas palavras de Pedro! Pedro é pedra porque professa a verdadeira fé em Cristo, a reta fé! Não é Pedro quem faz a fé ser verdadeira, mas é a proclamação da reta fé que torna Simão verdadeiramente Pedro! Observe a ordem das coisas: Pedro vem de Pedra como cristão vem de Cristo: como ninguém é cristão se não nascer de Cristo no Batismo e professar a reta fé Nele, Simão não pode ser Pedro se não estiver alicerçado na verdadeira Pedra, que é o Cristo professado nas palavras “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!” E Agostinho insiste: não é a Pedra que vem de Pedro; é Pedro que vem de Pedra; não é Pedro que torna a verdade verdadeira, é a verdade católica que faz Simão tornar-se Pedro!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">São estas afirmações muito importantes, porque muitas vezes se pensa no Sucessor de Pedro como um personagem isolado, quase acima da Igreja. Esta nunca foi a visão dos Santos Padres nem dos grandes Doutores da Igreja antiga. O ministério petrino dá-se na Igreja, com a Igreja e para a Igreja, nunca sem ela, acima dela ou fora dela! Veremos isto ainda neste texto, no parágrafo seguinte...<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de Sua Paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de Apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: <i>“Eu te darei as chaves do Reino dos Céus “(Mt 16,19).</i> Na verdade, quem recebeu estas chaves não foi um único homem, mas a Igreja una. Assim manifesta-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito: “Eu te darei”. A ele era atribuído pessoalmente o que a todos foi dado. Com efeito, para que saibais que a Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus, ouvi o que, em outra passagem, o Senhor diz a todos os Seus Apóstolos: “Recebei o Espírito Santo”. E em seguida: “A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20,22-23).<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Observação minha:<o:p></o:p></font></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Perfeito e coerente o raciocínio de Santo Agostinho: aqui se trata da relação Pedro-Apóstolos-Igreja. A Igreja é indivisivelmente una, é o Corpo vivente do Senhor, que é continuamente vivificada e guiada no Espírito Santo, do qual é Templo santo. Ela não é primeiramente uma realidade jurídica, deste mundo: ela é Mistério, "Povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo", como afirmava São Cipriano de Cartago, no século III, "é o Corpo dos Três", isto é visibilização da Trindade Santa neste mundo, como afirmava Tertuliano, quando ainda era católico. Assim, a Igreja do Cristo nosso Senhor será sempre um mistério de unidade e diversidade, de unidade indivisível e diversidade indestrutível, como a própria Trindade Una e Consubstancial: uma Triunidade! O modelo de organização da Igreja não são os modelos humanos, mas a própria vida Triúna do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Isto aparece com certa frequência nas Epístolas paulinas, quando o Apóstolo apresenta a comunidade cristã inserida nas divinas Pessoas! Concretamente, jamais se poderia pensar a Igreja como uma monarquia no sentido humano, como oligarquia, democracia, ou qualquer outra forma humana de organização social! A Igreja é comunhão à luz da Trindade Santa!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Pois bem, toda a comunidade eclesial se estrutura no um e nos vários: Pedro e os Apóstolos, o Bispo de Roma e os Bispos nas suas Igreja locais como Colégio Episcopal, o Bispo e seus presbíteros e diáconos, os presbíteros e as várias manifestações da vida eclesial nas suas comunidades paroquiais. Nem os muitos sufocam o um nem o um elimina a comunhão e diversidade dos muitos!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Dito isto, observe-se que Santo Agostinho explica que quem recebeu o poder das chaves foi a Igreja inteira. E aqui convém insistir e alargar: quem recebeu a infalibilidade foi a Igreja: é ela quem pode perdoar ou reter os pecados, é ela quem não pode errar na sua profissão de fé! Vale a pena comparar o capítulo 16 de Mateus, quando Cristo dá a Pedro o poder de ligar e desligar, com o capítulo 18, quando Ele o entrega à Igreja inteira, sintetizada nos Doze! O poder é dado a Pedro de modo específico não para se esgotar em Pedro e se resumir a Pedro, mas para que seja garantida a unidade do Corpo. Aquilo que é dado a todos de igual modo é dado a um de um modo especial para que a unidade não destrua a diversidade e a diversidade não desvirtue e macule a unidade. Este pensamento precioso não somente aparece em Agostinho, mas também em vários outros Padres da Igreja, como São Cipriano, por exemplo.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">É muito importante para nós, de mentalidade latina, afeitos ao visível, ao prático, ao organizacional, ao estipulado legalmente, que para os Santos Padres, as realidades eclesiais pertencem primordialmente à ordem do Mistério, que somente pode ser acolhido e vivenciado na fé. Toda vez que o ministério petrino foi compreendido simplesmente no marco canônico segundo os modelos do mundo, esse ministério tão importante na Igreja foi deformado de algum modo, tornando real o belo e trágico Mt 16. Note que a perícope toda adverte: quando Pedro pensa não como a carne e o sangue, mas como o Pai que está nos Céus, ele é pedra da Igreja; quando pensa como os homens, ele se torna, tragicamente, pedra de escândalo! Cristo sabia muito bem do que estava falando!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">No mesmo sentido, também depois da Ressurreição, o Senhor entregou a Pedro a responsabilidade de apascentar Suas ovelhas. Não que dentre os outros discípulos só ele merecesse pastorear as ovelhas do Senhor; mas quando Cristo fala a um só, quer, deste modo, insistir na unidade da Igreja. E dirigiu-Se a Pedro, de preferência aos outros, porque, entre os apóstolos, Pedro é o primeiro.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Observação minha:<o:p></o:p></font></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Temos aqui o mesmo raciocínio do parágrafo anterior: O Senhor dirige-se a Pedro, mas mira a todos. Dirige-se a Pedro porque ele é o primeiro, o primus, que não somente representa a todos, mas também a todos inclui, sem eliminar a multiplicidade do Colégio Apostólico. Basta pensar como Paulo não se sente amedrontado nem eliminado por Pedro, basta recordar as belas palavras de São Gregório Magno ao Patriarca de Alexandria: “A minha honra é a honra dos meus Irmãos!” e, coerente, chamou-se a si próprio “Servo dos Servos de Deus”, precisamente quando o Patriarca de Constantinopla se autoproclamou “Patriarca Ecumênico”... Pedro não estava acima nem fora do Colégio Apostólico, como o Sucessor de Pedro não está acima nem fora do Colégio Episcopal: Pedro era o cabeça, o centro, o polo de unidade do Colégio Apostólico, como o Sucessor de Pedro o é em relação ao Colégio Episcopal.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Não fiques triste, ó apóstolo! Responde uma vez, responde uma segunda, responde uma terceira vez. Vença por três vezes a tua profissão de amor, já que por três vezes o temor venceu a tua presunção. Desliga por três vezes o que por três vezes ligaste. Desliga por amor o que ligaste por temor. E assim, o Senhor confiou suas ovelhas a Pedro, uma, duas e três vezes.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Observação minha:<o:p></o:p></font></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">O belíssimo texto que a Liturgia propõe, termina voltando ao ambiente do amor, como iniciou; afinal, no cristianismo, na Igreja, tudo deve começar no amor e no amor terminar! Aqui, o amor de Pedro é persistente, é crescente, é dinâmico: três vezes é afirmado com insistência, três vezes deve vencer a covardia da negação. E Santo Agostinho, de modo muito belo, afirma que o amor de Pedro, sua profissão de amor a Cristo, desliga primeiro seu próprio pecado, sua covarde negação: “Desliga no amor o que ligaste no temor!” E porque desligou o temor covarde com o amor, o Senhor o confirmou como princípio da unidade pastoral da Sua Igreja!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5">Depois, mais uma vez, a unidade e a diversidade: referindo-se a Pedro e a Paulo, tão diferentes no temperamento, na sensibilidade, nos caminhos pastorais, o Santo Doutor de Hipona afirma: “Os dois eram como um só!” E ainda, para terminar o mais importante: o amor manifestado na total coerência de vida, na entrega de toda a existência doada a Cristo Senhor, o Messias, o Filho do Deus vivo: “Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”. Sem isto, nenhum ministério pastoral na Igreja é legítimo ou digno do Cristo, Bom e único Pastor do rebanho!<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9cemH2T2nPh1PNAVYehVuGxJSuALyV6dSA2Cfbhs1lK0IE9qk2n1mFtvZ4NCt3cec2myLRVo1DEYc5Uh6rtzZ3zFU9YJpwfcoMh52qxIxaqKRu5QOhduXoMe_Lt7E2vLU5F7fxdTuSCP/s400/Pentecostes2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="278" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9cemH2T2nPh1PNAVYehVuGxJSuALyV6dSA2Cfbhs1lK0IE9qk2n1mFtvZ4NCt3cec2myLRVo1DEYc5Uh6rtzZ3zFU9YJpwfcoMh52qxIxaqKRu5QOhduXoMe_Lt7E2vLU5F7fxdTuSCP/s320/Pentecostes2.jpg" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-8174628180931527952020-06-28T23:21:00.001-03:002020-06-28T23:21:13.156-03:00Séria advertência<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Meu querido Irmão,<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Os tempos, as épocas, o coração dos filhos de Adão e das filhas de Eva têm lá suas modas, suas ilusões, suas manias de momento...<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Já há tempos os homens de nossa civilização têm tirado Deus do centro, têm fugido espertamente de se deixar medir por Deus. Ao invés, temos medido o Senhor Deus pelo nosso metro, temos dado um jeitinho de acomodar Deus à nossa conveniência... Fazemos o Santo aprovar nossas malandragens, fechar os olhos para nossas situações tortas e pecaminosas...<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Mas, quem engana a Deus? Quem dobra o Senhor à sua própria conveniência? Quem pode torcer impunimente os preceitos do Altíssimo?<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Só um tolo, pensaria isto!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Só um néscio se iludiria assim...<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Eis a Palavra viva de Deus, eis Sua advertência, eis o Seu veredicto, eis a medida pela qual seremos medidos e julgados, em Cristo, nosso Senhor:<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">“Não digas: 'Pequei: o que me aconteceu?’<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">porque o Senhor é paciente.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Não sejas tão seguro do perdão<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">para acumular pecado sobre pecado.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Não digas: ‘Sua misericórdia é grande<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">para perdoar meus inúmeros pecados’,<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">porque há Nele misericórdia e cólera<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">e Sua ira pousará sobre os pecadores.<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Não demores a voltar para o Senhor<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">e não adies de um dia para o outro,<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">porque, de repente, a cólera do Senhor virá<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">e, no dia do castigo, perecerás!” (Eclo 5,4-9)<o:p></o:p></font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">São palavras politicamente incorretas;<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">é Palavra do Senhor Deus, existencialmente corretíssimas!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Quem for tolo se iluda com o palavreado enganoso dos filhos de Adão...</font></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"><br /></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ZsGyXpVAA9CYyr-eNmddfY-mpu-tvfXxOk7xkUrFAzfhV4VSC1pGoKzKLWl8F0V6XclrqMYrdv3UzngEJyZ_d6Y091TkSUhD8Ubx5koPEGnSggHlGdvVFap0AA1ZX56_8KMJgyinuQf8/s760/criador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="760" data-original-width="571" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ZsGyXpVAA9CYyr-eNmddfY-mpu-tvfXxOk7xkUrFAzfhV4VSC1pGoKzKLWl8F0V6XclrqMYrdv3UzngEJyZ_d6Y091TkSUhD8Ubx5koPEGnSggHlGdvVFap0AA1ZX56_8KMJgyinuQf8/s320/criador.jpg" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-90248017872287632612020-06-27T17:27:00.001-03:002020-06-27T17:27:37.446-03:00Homilia para a Solenidade de São Pedro e São Paulo<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">At 12,1-11<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Sl 33<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">2Tm 4,6-8.17-18<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Mt 16,13-19<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. – Estas palavras que o missal propõe como antífona de entrada desta solenidade, resumem admiravelmente o significado de São Pedro e são Paulo. A Igreja chama a ambos de “corifeus”, isto é, líderes, chefes, colunas. E eles o são!<o:p></o:p></span></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Primeiramente, porque são apóstolos. Isto é, são testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram, de tal modo que uma das características essenciais da Igreja de Cristo é ser “apostólica".<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos dias de Sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente do Colégio dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a Ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o Imperador Nero por volta do ano 64.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Paulo não conhecera Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez Seu apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do Império Romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade à novidade cristã, separando a Igreja da Sinagoga. Por fim, foi preso e decapitado em Roma, sob o Imperador Nero em torno do ano 67.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">O que nos encanta nestes gigantes da fé não é somente o fruto de sua obra, tão fecunda. Encanta-nos igualmente a fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: <i>“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”</i>. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como pastores solícitos pelo rebanho, buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no caminho... Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: <i>“Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o Seu anjo para me libertar...”<o:p></o:p></i></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando pelo Senhor. Pedro disse com acerto: <i>“Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo”</i>; Paulo exclamou com verdade: <i>“Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim”</i>. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Em Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da Cruz e da esperança da Ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor: “<i>Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. </i>Eis a maior de todas a honras e de todas as glórias de Pedro e de Paulo: beberam o cálice do Senhor, participando dos Seus sofrimentos, unido a Ele suas vidas até o martírio em Roma, para serem herdeiros de Sua glória. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos; eis por que celebramos hoje, com alegria e solenidade o seu glorioso martírio junto ao altar de Deus! Que eles intercedam por nós na Glória de Cristo, para que sejamos fieis como eles foram.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Hoje também, nossos olhos e corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que é e será sempre a Igreja de Pedro. Alguns, com má fé e pouco apreço pela verdade, dizem, deturpando totalmente a Escritura, que ela é a Grande Prostituta, a Babilônia. Nós sabemos que ela é a Esposa do Cordeiro, imagem da Jerusalém celeste. Conhecemos e veneramos o ministério que o Senhor Jesus confiou a Pedro e seus sucessores em benefício de toda a Igreja: ser o pastor de todo o rebanho de Cristo e a primeira testemunha da verdadeira fé naquele que é o <i>“Cristo, Filho do Deus vivo”.</i> Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida por Francisco. Ao Santo Padre, nossa adesão filial, por fidelidade a Jesus, que o constituiu pastor do rebanho. Não esqueçamos: o Papa será sempre, para nós, o referencial seguro da comunhão na verdadeira fé apostólica e na unidade da Igreja de Cristo. Quando surgem, como ervas daninhas, tantas e tantas seitas cristãs e pseudo-cristãs, nossa comunhão com Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já não mais se constrói nem se regula pelos critérios do Evangelho, a palavra segura de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é conforme o Evangelho.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Rezemos, hoje, pelo nosso Santo Padre, Francisco. Que Deus lhe conceda saúde de alma e de corpo, firmeza na fé, constância na caridade e uma esperança invencível. E a nós, o Senhor, por misericórdia, conceda permanecer fiéis até a morte na profissão da fé católica, a fé de Pedro e de Paulo, pala qual, em nome de Jesus, “<i>Cristo Filho do Deus vivo”</i>, os Santos Apóstolos derramaram o próprio sangue.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Ao Senhor, que é admirável nos seus santos e nos dá a força para o martírio, a glória pelos séculos dos séculos. Amém.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"><br /></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKs30rOXJyxzjioGS0yOm7hXx3UgAC28V9yFhzkX6nZNwDg0Rx9T11v75Q8t_E5eVxAYUtCbn1kAYhQV0C5nbZHkTeJbF4Vsqh3b9Xq9QFqT6gEIc_BV2UJSB0P-0y2nKGpIAGqSD0mJGt/s300/SS+Pedro+e+Paulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKs30rOXJyxzjioGS0yOm7hXx3UgAC28V9yFhzkX6nZNwDg0Rx9T11v75Q8t_E5eVxAYUtCbn1kAYhQV0C5nbZHkTeJbF4Vsqh3b9Xq9QFqT6gEIc_BV2UJSB0P-0y2nKGpIAGqSD0mJGt/" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-60512430901423445812020-06-23T22:45:00.000-03:002020-06-23T22:45:06.620-03:00"Houve um homem enviado pro Deus..."<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i>“Houve um homem enviado por Deus. Seu nome era João. Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz” (Jo 1,6.8).</i> Assim o Quarto Evangelho apresenta João Batista, João o Batizador, que hoje a Igreja celebra. É notável como tão poucas palavras dizem tudo desse impressionante profeta de Deus.</font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i>“Houve um homem enviado por Deus”.</i> - João não veio por si mesmo, não veio de si mesmo. Foi enviado, é fruto de um sonho de Deus, tem uma missão neste mundo. Assim João, assim cada um de nós. Para quem não crê, o homem é fruto do acaso e a vida de uma pessoa não tem sentido transcendente. Mas, quem crê em Deus, quem vê o tempo à luz da Eternidade, sabe com serena admiração que cada pessoa que vem a este mundo é fruto de um pensamento de Deus que não se repete jamais. Cada pessoa tem uma dignidade inalienável, desde o primeiro momento da concepção, cada pessoa tem uma missão neste mundo. João teve a sua: preparar a vinda do Messias esperado por Israel. Sua missão fora anunciada cerca de quatrocentos anos antes de seu nascimento pelo profeta Malaquias: <i>“Eis que vou enviar o Meu mensageiro para que prepare um caminho diante de Mim. Então, de repente, entrará em Seu Templo o Senhor que vós procurais, o Anjo da Aliança, que vós desejais. Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais” (3,1.23).</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Foi também um homem do Absoluto, um homem de Deus, alguém que só de olhar para ele, fazia recordar, com saudade, as coisas do Céu. João viveu em função de Deus, viveu no deserto. Não era “João do carneirinho”, não era “bonzinho”. Era um homem duro como pedra, alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre, vestia-se com pelos de camelo e um cinturão de couro (cf. Mt 3,4). Era um homem que arriscou acreditar em Deus, escutar o Seu chamado, dizer “sim” à missão que o Senhor lhe confiara e viver só para esse Deus. Certa vez, Jesus fez-lhe um elogio rasgado: <i>“Quem fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais que um profeta... Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista” (Mt 11,7-11).</i> Sua missão foi preparar a chegada do Messias, despertando e agitando o coração de Israel. Ele era um novo Elias: como Elias, impulsionado pelo Espírito de Deus; como Elias, viveu no deserto; como Elias, fora enviado para sacudir o coração do povo; como Elias enfrentou Acab, João enfrentou Herodes, como Elias foi perseguido por Jezabel, assim João, por Herodíades. Ambos, homens de Deus, ambos profetas gigantes, ambos, homens de fogo, incoformados com a mediocridade de uma religião arrumadinha!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i>“Seu nome era João”.</i> - <i>Iohanah</i>, em hebraico, que significa “Deus dá a graça”. Nas Escrituras santas, o nome diz tudo, diz a sina, a missão. “João” é o menino cujo nascimento hoje celebramos. Efetivamente, toda a sua vida foi testemunhar a graça que Deus nos deu, a graça que é Jesus, o Messias. O nome, a vida, a palavra, a morte de João, tudo foi um, foi inteiro, coerente; tudo foi anúncio do Cristo que viria como graça invencível e definitiva de Deus para o mundo. Portanto, João foi seu nome, João sua vida, João sua pregação, João, sua morte. Bendito João!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i>“Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz”.</i> - Aqui o aspecto mais característico e comovente de João: sua humildade, sua profunda consciência de quem não era e de quem era. O Batista sabia que não era o Cristo, mas Seu Precursor; sabia que não era a Palavra, mas somente a voz que clama no deserto. De modo maduro e tranquilo aceitou viver toda a vida em função de um Outro, daquele que é o Filho amado, o Ungido de Deus; humildemente, aceitou diminuir para que Jesus crescesse e confessou não ser digno de desatar-Lhe a correia das sandálias. Não! Definitivamente, não foi fácil a sua missão! E, no entanto, com que fidelidade ele a levou a termo! Serenamente, João tinha consciência de que somente Jesus é a Luz do mundo, Aquela que ilumina a todos, que a todos desvela o verdadeiro e definitivo sentido da existência. Assim, esse santo profeta de Deus não foi somente homem do Absoluto; foi também homem relativo, homem que soube relativizar-se. Fazia sucesso; muitos viam escutá-lo e receber o seu batismo. Ele avisava, realista: <i>“Eu não sou o Messias, sou apenas a voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!” (cf. Jo 1,19-30).</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Quando Jesus começou a pregar e os discípulos do Batista encheram-se de ciúme, nosso João disse, tranquilamente, a respeito de Jesus: <i>“É necessário que Ele cresça e eu diminua” (cf. Jo 3,22-30).</i> O anúncio do seu nascimento preparou o anúncio do nascimento de Jesus; sua natividade, precedeu o Natal de Jesus, sua pregação abriu caminho para a de Jesus e, finalmente, sua morte anunciou a de Jesus. João foi sempre relativo, preparou sempre um Outro! Só alguém muito livre e maduro poderia viver tal missão em paz. João viveu assim. Ser homem do Absoluto, que levou a sério o seu Deus, e ser homem totalmente relativo, a serviço do anúncio do Messias, levaram João a maus bocados. Ele denunciou o pecado de Herodes; seu mau exemplo, sua infidelidade ao Deus de Israel: Herodes vivia com sua cunhada. João gritou, em nome de Deus: <i>“Não te é lícito!” (cf. Mc 6,18)</i>. O profeta tem sempre a incômoda missão de recordar às pessoas que o homem não é a medida de todas as coisas: nem tudo é lícito, nem tudo é permitido, nem tudo é de acordo com a vontade de Deus. O Batista tinha repreendido os soldados pela violência, os publicanos pela ganância e o povo todo pela preguiça em buscar sinceramente a vontade de Deus (cf. Mt 3,712; Lc 3,7-14). Herodes mandou prender o profeta.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Foi, precisamente, da prisão, que João dera o mais belo e comovente testemunho a respeito de Jesus. Ele havia anunciado um Messias juiz, vingador de Deus, severo executor da vontade do Altíssimo. Por fidelidade ao anúncio do Messias, ele, o Batizador, estava preso numa masmorra. E, agora, ouvia as notícias sobre Jesus: o Profeta de Nazaré era manso, humilde, misericordioso... Não era bem o Messias como João havia imaginado! Então, ele chamou dois de seus discípulos e os enviou a Jesus com uma pergunta: <i>“És Tu Aquele que deve vir, ou devemos ainda espera um outro?”</i> E Jesus respondeu: <i>“Dizei a João o que vistes e ouvistes: os coxos andam, os cegos recuperam a vista e os pobres são evangelizados”</i> – Eram os sinais que os profetas atribuíram ao Messias... E Jesus completou: <i>“Felizes os que não se escandalizam por Minha causa” (cf. Lc 7,18-23).</i> João, também ele, teve que deixar sua própria visão de Deus e do Messias, para acolher Jesus como o Cristo. Foi sua última conversão, seu último testemunho, a conclusão de sua missão. Agora, podia morrer em paz. E morreu, vítima da fraqueza de um rei bêbado, da maldade de uma mulher maquiavélica e da leviandade de uma menina vulgar (cf. Mc 6,17-29).<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Por tudo isto João é grande, João é exemplo, João viverá para sempre na memória e na gratidão da Igreja. Pelo que foi e pela missão cumprida e pelo exemplo que deu a Igreja louvará e adorará para sempre a Deus cantando os louvores do homem chamado João, o Batista.</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihWQDhC8AufYmIVooNAmukwtJQNIkkTMewdwEFHOsQluXF8y_jmKZTpWD7lLBZpof3xriQ07dU_cTkdD3qXN93GXW2YzKQ2uleLSpd9ZwwOKV-81-a82w16dShmMhqXRsYQ36hSWGlYNtm/s236/joa%25CC%2583o+batista.+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="236" data-original-width="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihWQDhC8AufYmIVooNAmukwtJQNIkkTMewdwEFHOsQluXF8y_jmKZTpWD7lLBZpof3xriQ07dU_cTkdD3qXN93GXW2YzKQ2uleLSpd9ZwwOKV-81-a82w16dShmMhqXRsYQ36hSWGlYNtm/" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-46506578508145256922020-06-23T22:23:00.001-03:002020-06-23T22:25:04.199-03:00Houve um homem enviado por Deus; seu nome era João<div><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">"Profeta e precursor da vinda de Cristo,<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">não te podemos louvar dignamente,<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">nós que te veneramos com amor;<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">pois, por teu venerável e glorioso nascimento,<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">a esterilidade de tua mãe e o mutismo de teu pai<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">cessaram, enquanto a Encarnação do Filho de Deus<o:p></o:p></font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5">era anunciada ao mundo" (Liturgia bizantina).<o:p></o:p></font></i></p></div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><font face="arial" size="5"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3bP7ZLf1vkZUhYIDo-afSbqQWBSNxCJutWWAqVxkKohuXcLwx2dw1-rS53uxnno9Z6npp1RjapyrJEwb_nE1ZBRYgJSAYk7OHBVCDCCuKEsA_xnF1TeHF2PP1Dz-uqdHC4NctWBkjz-WM/s746/joa%25CC%2583o+batista.nativiade.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="535" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3bP7ZLf1vkZUhYIDo-afSbqQWBSNxCJutWWAqVxkKohuXcLwx2dw1-rS53uxnno9Z6npp1RjapyrJEwb_nE1ZBRYgJSAYk7OHBVCDCCuKEsA_xnF1TeHF2PP1Dz-uqdHC4NctWBkjz-WM/s320/joa%25CC%2583o+batista.nativiade.jpg" /></a></div><span style="background-color: white; caret-color: rgb(37, 37, 37); color: #252525; text-align: justify;"><br /></span></i></font></div>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-44537755990265530922020-06-23T14:28:00.000-03:002020-06-23T14:28:14.572-03:00Homilia para a Solenidade da Natividade de São João Batista<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="5">Is 49,1-6<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="5">Sl 138<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="5">At 13,22-26<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="5">Lc 1,57-66.80<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Além da Virgem Maria Mãe de Deus, Nossa Senhora, de nenhum outro santo a Igreja celebra o nascimento, a não ser São João, chamado Batista, Batizador. Dele, Jesus fez o maior elogio jamais feito pelo Salvador a alguém: <i>“Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior que João, o Batista” (Mt 11,11).</i> Por isso, caríssimos, a hodierna solenidade!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Que lições, que meditações, que exemplos poderíamos colher nesta Festa, tendo escutado a Palavra que nos foi anunciada? Sugiro-vos três, que alimentem o coração, afervorem o desejo de colocar-se ao serviço do Senhor e nos conduzam à herança eterna.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Primeiro. A primeira leitura da Liturgia nos fez escutar a profecia de Isaías, colocando as palavras do profeta na boca de João Batista: <i>“O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe Ele tinha na mente o meu nome... fez de mim uma flecha aguçada e disse-me ‘Tu és Meu servo, em quem serei glorificado’”</i> E o salmo responsorial fez eco<i> </i>a tão bela ideia: <i>“Senhor, Vós me sondais e conheceis. Fostes Vós que me formastes as entranhas/ e no seio de minha mãe Vós me tecestes./ Até o mais íntimo me conheceis;/ nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis,/ quando eu era modelado ocultamente,/ era formado nas entranhas subterrâneas!”</i> O que aparece aqui, caríssimos em Cristo, é que viemos a este mundo não por acaso, não sem um propósito. Somos todos fruto de um sonho de Deus, fomos todos misteriosamente chamados à vida: o Senhor pensou em nós, nos chamou, nos plasmou – e aqui estamos! O nascimento que hoje celebramos, do filho de Zacarias e Isabel, foi fruto do desígnio amoroso do Pai, que pelo Filho Jesus e para o Filho Jesus, na força do Espírito Santo, plasmou João. Por isso seu nome é tão verdadeiro: “<i>Iohanah</i>”, em hebraico: Deus dá a graça! Ele mesmo, João, já é uma graça de Deus para seus pais e para todos os que esperavam a salvação de Israel.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Hoje, quando um mundo insensível e descrente já não reconhece que a vida é um mistério de amor, é um chamado de Deus, quantos são abortados, quantos deixados de modo indigno e imoral no frio congelamento dos laboratórios de procriação artificial: lá esquecidos, lá manipulados em inaceitáveis experiências pseudocientíficas! Nós, caríssimos, que ouvimos a Palavra santa de Deus; nós, que nos alegramos com este nascimento, nunca esqueçamos: toda vida humana é sagrada do primeiro ao último instante do nosso caminho terreno. É imoral, perverso e desumano um governo que reduz a questão do aborto a problema de “política pública”. Um dia esses senhores irão prestar contas a Deus. Será mesmo que Deus aceitará este argumento, que não passa de disfarce para matar? É imoral, em nome do lucro, aviltar seres humanos, jogando-os na pobreza, é imoral lucrar com a guerra, com o tráfico de drogas, com a prostituição, com a imoralidade, é imoral tudo quanto fere a dignidade da vida humana! Que o Senhor nos ajude a defender a vida, a gritar por ela! Que o Senhor também nos dê a sabedoria para descobrir e experimentar que a nossa vida – por quanto pobre e pequena – também e preciosa! Que hoje eu me pergunte: Qual o propósito da minha existência? Já o descobri? Já me conformei a ele? Vosso sou, Senhor, de Vós nasci e para Vós nasci! Que quereis fazer de mim?<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Segundo. Ainda que a vida nossa seja fruto do amor do Senhor, isso não significa facilidades. João deveria preparar o caminho do Messias, do Cristo de Deus. E isto iria custar-lhe: <i>“Eu disse: ‘Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa’”</i> O grande desafio da nossa vida de crentes é viver na presença de Deus, é ser fiel à Sua santa vontade e à missão que Ele nos confiou. Ser fiel à missão custou a João: a dureza do deserto, as incompreensões dos inimigos, a trama de Herodíades, a dificuldade de perceber a vontade Deus (basta recordar João perguntando a Jesus: <i>“És Tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”- Mt 11,3</i>) e, finalmente, o aparente abandono, o aparente absurdo do silêncio de Deus, na solidão e na morte naquele cárcere. O que manteve João fiel até o fim? A confiança no Senhor, a capacidade de deixar-se guiar por Deus, sem querer ele mesmo controlar sua vida! Grande João! Fiel João! Pobre de Deus, João! Que exemplo para nós, tanta vez tentados a fazer da vida o que bem queremos, como se nascêssemos de nós mesmos e vivêssemos para nós mesmos! <i>“Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor! (Rm 14,8)”</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Terceiro. Certa vez São Paulo escreveu: <i>“Nenhum de nós vive para si...” (Rm 14,7)</i> Desde o ventre materno, o Senhor chamou João para ser o que prepara o caminho, o que vem antes, o “pré-cursor” Toda a sua existência foi “precursar”! No terceiro evangelho isso aparece de modo comovente: anuncia-se o nascimento de João e depois o de Jesus; narra-se a natividade de João e a seguir a do Messias; apresenta-se o ministério de João e, após sua prisão, o do Salvador; finalmente, narra-se a morte de João, prenúncio da morte do nosso Senhor! Eis! Não é fácil não viver para si, não é fácil deixar que Outro seja o centro! E, no entanto, como diz a segunda leitura, <i>“João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Depois de mim vem Aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”; “É necessário que Ele cresça e eu diminua!”</i> Santo profeta João Batista: sendo humilde, foi o maior dos nascidos de mulher; sendo totalmente preso à sua missão de modo fiel e constante, foi livre de verdade; sendo todo esquecido de si e lembrado de Deus, foi maduro e feliz! Por isso mesmo, seu nome foi verdadeiro e traduziu perfeitamente seu ser e sua missão: João, <i>Iohanah</i>: Deus dá a graça. E a graça que, para seus pais, foi João no seu nascimento, na verdade era outra graça: a graça que Deus dá é Jesus, o Messias; graça que João anunciou com seu nascimento, com sua vida, com sua pregação e com sua morte!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Que este grande profeta, o maior do Antigo Testamento, do Céu interceda por nós, nascidos do Novo Testamento e, por isso, maiores que João, o Grande Precursor! Amém.</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaY3IBVN2HCB1_-y3Ge1SlQGUeqHWVkJTQXg0oBnN3x1iT3jx_W2G6v9kFAEpocx6dHT72eKijZEhyHV54uk4ZjUQ3b7r3U-ToEyqxzXrtC6w6Av6_eCnRHYqpo-9ll6bEWS_KoFeF3g4U/s402/S+Joa%25CC%2583o+Batista17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="311" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaY3IBVN2HCB1_-y3Ge1SlQGUeqHWVkJTQXg0oBnN3x1iT3jx_W2G6v9kFAEpocx6dHT72eKijZEhyHV54uk4ZjUQ3b7r3U-ToEyqxzXrtC6w6Av6_eCnRHYqpo-9ll6bEWS_KoFeF3g4U/s320/S+Joa%25CC%2583o+Batista17.jpg" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-77132959137145820892020-06-20T11:25:00.001-03:002020-06-20T11:25:45.853-03:00Homilia para o XII Domingo Comum - ano a <p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Jr 20,10-13<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Sl 68<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Rm 5,12-15<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Mt 10,26-33<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">O Evangelho que escutamos neste Domingo é parte do capítulo décimo do Evangelho de São Mateus, que traz o Discurso apostólico do Senhor Jesus: aí, Ele chama os Doze - como ouvimos no Domingo passado, previne Seus discípulos para as incompreensões e perseguições que sofrerão, exorta-os a não terem medo de falar, afirma claramente que Ele mesmo, Cristo, é causa de divisão e, finalmente, renova o convite para segui-Lo.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Então, estejamos atentos, pois o Senhor nos está falando dos desafios próprios da missão de ser cristão, ontem como hoje!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Claramente, Ele nos previne sobre as dificuldades e perseguições: <i>“Não existe discípulo superior ao mestre, nem servo superior ao seu senhor. Se chamaram Beelzebu ao Chefe da casa, quanto mais chamarão assim Seus familiares” (Mt 10,24s).</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Estamos vivendo hoje, neste início de terceiro milênio, a verdade dessas palavras do Senhor. Basta que recordemos as terríveis censuras da cultura pós-cristã e neopagã atual à Igreja por suas posições quando verdadeiramente proclama a fé católica na sua integralidade. Num mundo que não aceita mais Deus como critério do homem e a religião como ministra e sinal do Eterno – a não ser no âmbito da vida privada, sem nenhuma importância para a sociedade –, anunciar o Cristo e Suas exigências virou um crime insuportável para a sociedade paganizada!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">E, no entanto, a ordem que o Senhor nos dá é clara: <i>“O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!”</i> A Igreja e cada cristão não podemos calar a novidade e a Vida que encontramos em Cristo, não podemos passar por alto as exigências do amor ao Senhor! Não se trata de querer impor, não se trata de nos julgarmos superiores, não se trata de uma atitude fechada, moralista e antipática de quem se sente dono da verdade; trata-se, sim, do humilde serviço à Verdade, que é Cristo Senhor, Verdade do mundo, Verdade da história, Verdade do homem! A Igreja propõe ao mundo a Verdade não porque seja dona dela ou porque a viva perfeitamente! Nada disto! A Verdade é Cristo e a caminho dela nós todos estamos – inclusive a própria Igreja. Longe de ser dona da Verdade, a Igreja é dela peregrina e sem medo deve dizê-la toda ao mundo, quer agrade quer desagrade! Dizer a Verdade de Cristo, a Verdade que é Cristo, com doçura, com paciência, mas também com inteireza e com firmeza: eis a missão dos cristãos! Para isto fomos chamados, para isto, feitos testemunhas, para isto, enviados como humildes missionários!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">E o sofrimento? E as incompreensões? Fazem parte do anúncio do Evangelho. São Paulo claramente afirmava aos Gálatas: <i>“Se eu quisesse agradar aos homens não seria servo de Cristo” (1,10).</i> Seria trair o nosso Senhor esconder, mascarar que Ele, o Cristo do Pai, é o único Senhor e Salvador; seria sim traição a Jesus nosso Senhor silenciar ou adaptar ao mundo as exigências do Evangelho em nome de um falso diálogo com a mentalidade atual, de uma falsa misericórdia e de uma falsa compreensão do homem de hoje. Somente Cristo liberta de verdade o ser humano – o Cristo inteiro, pregado integralmente, com todas as consequências do Seu Evangelho! Qualquer um que deseje ser fiel a Deus experimentará a incompreensão e a solidão. Não há outro caminho! Recordemos, na primeira leitura, a queixa do Profeta Jeremias, as calúnias por ele sofridas.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Ora, a Igreja não pode fugir desse destino; o cristão – eu, você – não pode fugir desse compromisso com Cristo! Aliás, o século XX, ainda tão próximo de nós, foi o século que mais matou cristãos, que mais os perseguiu e exterminou. E o século XXI vai se anunciando ainda mais cruel e frio, totalmente indiferente à cristofobia e à cristianofobia! Só que os meios de comunicação e os governos politicamente corretos mudam e disfarçam a expressão “perseguição religiosa” com a mentira açucarada chamada “choque de culturas”. Não! É mesmo perseguição por causa do Evangelho, perseguição genuína por amor a Cristo, perseguição verdadeira que gera mártires! Também nós, estejamos prontos e nos acostumemos aos ataques contra a Igreja, que visam desmoralizar o cristianismo: nos meios de comunicação, muitas vezes, nas universidades, na opinião pública em geral...<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Como responder a esta dolorosa realidade? Certamente, com uma atitude de fé, colocando-nos nas mãos do Senhor, como Jesus, o Filho amado, colocou-Se nas mãos do Pai: <i>“Ó Senhor, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração... eu Te declarei a minha causa!”</i> Não irá se sustentar na fé quem não cravar os olhos e o coração no Senhor crucificado por nós, quem não estiver disposto a participar do mistério de Sua Cruz! As perseguições de hoje dão-nos a chance de testemunhar nosso amor ao Senhor e escutar aquelas comoventes palavras Suas aos discípulos: <i>“Fostes vós que permanecestes Comigo em todas as Minhas tentações” (Lc 22,31).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">O que não podemos, caríssimos, é nos acovardar, negociar com um mundo que refuta o Cristo Jesus: <i>“Todo aquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do Meu Pai que está nos Céus!”</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Também não podemos pagar o mal com o mal, violência com violência, calúnia com calúnia, mentira com mentira! Não devemos nunca nos deixar vencer pelo mal: <i>Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais Seus passos. Quando injuriado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava; antes, punha a Sua causa nas mãos Daquele que julga com justiça” (1Pd 1,21.23).</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">A Igreja – e nós somos Igreja – não deve se calar ante os inimigos do Evangelho! Com paciência, firmeza, coragem e amor à verdade deve fazer ouvir sua voz, quer agrade quer desagrade, quer aceitem quer não!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Mas – pode alguém perguntar -, por que essas dificuldades? Por que a rejeição ao anúncio do Evangelho? Todos ouvimos São Paulo falar hoje, na segunda leitura, do mistério do pecado: <i>“O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a Morte”</i>. O Apóstolo quer dizer que toda a humanidade se encontra numa situação de fechamento em relação ao Deus vivo e vivificante, encontra-se, portanto, numa situação de Morte! <i>“Todos pecaram!”</i> – quão triste é a condição do coração humano; quão triste, a situação do mundo! Pecaram os judeus, desobedecendo os preceitos da Lei; pecaram os pagãos, mesmo sem terem conhecido um preceito como aquele dado a Adão ou os preceitos da Lei de Moisés! Pecamos e embotou-se o nosso entendimento, a nossa sensibilidade para as coisas de Deus! O Senhor, tanta vez, parece-nos pesado demais, distante demais, até inexistente demais; as exigências do Seu amor, às vezes parecem nos oprimir. É que somos egoístas, somos fechados sobre nós mesmos! Por isso, a primeira palavra de Jesus, nosso Senhor, é <i>“convertei-vos” (Mc 1,15)!</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">E, no entanto, ainda que dirigido a um mundo fechado no seu pecado e na sua prepotência, o anúncio de Cristo é anúncio de uma maravilhosa novidade para a humanidade: se nos primeiros homens, iniciou-se uma corrente maldita, uma cadeia de pecado, em Cristo, o novo Adão, iniciou-se a possibilidade de uma humanidade nova: <i>“A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos”</i>.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Eis! Ainda que incompreendido, o anúncio que a Igreja faz é de Vida e salvação para toda a humanidade! O cristianismo não é negativo, nunca dirá que o mundo está perdido, que as coisas não têm jeito! É verdade que o mundo crucificou o Senhor Jesus – e nos crucifica e crucificará com Ele; mas também é verdade que o Senhor ressuscitou, venceu para a Vida do mundo e estará sempre presente conosco!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Caríssimos, vivamos com coerência, com coragem, com amor a nossa fé! Não tenhamos medo, não desanimemos, não vivamos como os que não conhecem a Cristo! Não nos fechemos em nós mesmos! De esperança em esperança, vivamos e anunciemos o Senhor, certos de Sua presença e de Seu amor. Ele jamais nos deixará! A Ele a glória para sempre. Amém.</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHUt3Ong4exmncWHFtWswf7oBBbOCFPRVfyrNkaZkgJDvWNp9lxYDDltjeNbWckPEz6SL-5LmR8MDbOQFsmll3mkS5MtdqjzqVWd-F_mDuEXzqkcNLVU5Mx9wxSjijjl7krb1k9omnX9XU/s390/cristianofobia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHUt3Ong4exmncWHFtWswf7oBBbOCFPRVfyrNkaZkgJDvWNp9lxYDDltjeNbWckPEz6SL-5LmR8MDbOQFsmll3mkS5MtdqjzqVWd-F_mDuEXzqkcNLVU5Mx9wxSjijjl7krb1k9omnX9XU/s320/cristianofobia.jpg" width="320" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-73788731034691978232020-06-19T16:20:00.001-03:002020-06-19T16:20:08.689-03:00Coração de Cristo para o coração do mundo<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">o mês de junho, o afeto do Povo de Deus cultua de modo especial o Coração do Cristo Jesus. Isto ocorre motivado pela Solenidade litúrgica do Sagrado Coração de Jesus, no segunda sexta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade, sempre no sexto mês do ano. Trata-se, esta do Sagrado Coração, de uma belíssima devoção, bíblica, profunda, de forte sentido para a vida cristã. Para não ficarmos numa devoção magra, anêmica, meramente individualista e sentimental, vejamos alguns aspectos mais teológicos desta invocação.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Na antropologia bíblica “coração” indica o interior do homem, a sede de seu caráter, de sua personalidade, ali onde nascem os pensamentos e sentimentos mais profundos. O coração é a sede das decisões do homem, é o seu eu. Dizer “coração” é referir-se ao homem como ser que reflete e toma decisões com conhecimento de causa. Em outras palavras: enquanto nas línguas modernas o coração é sobretudo o órgão dos afetos, na linguagem bíblica, o coração é, principalmente, o órgão do pensamento: dizer que alguém não tem coração é dizer que não tem juízo, que não conhece os próprios pensamentos! No Salmo, o Autor sagrado suplica ao Senhor Deus: <i>“Senhor, mostra-me Teu caminho e eu me conduzirei segundo a Tua vontade. Unifica o meu coração para que ele tema o teu Nome!” (Sl 86/85,11)</i>. Sendo o coração órgão da decisão e da vontade, o salmista pede que ele seja unificado para Deus. O sentido seria mais ou menos este: “Unifica-me a mim para Ti: que meus pensamentos estejam em Ti; que minhas decisões e meu modo de viver estejam centrados em Ti e tenham somente a Ti como horizonte, como princípio unificador”.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Se assim é o coração humano, como se manifesta o Coração de Cristo? Seu Coração humano - Ele amou com um Coração humano! - é imagem do coração do Pai, de modo que podemos afirmar que o Coração de Deus se manifesta no Coração de Cristo: <i>“Como o Pai Me amou, Eu também vos amei!”</i> (Jo 15,9) Ora, em toda a Sua inteira existência humana, no Seu ministério, nas Suas palavras, nos Seus milagres, nos Seus encontros com tantas pessoas diversas, nas Suas caminhadas pela Terra Santa, Jesus, nosso Senhor, revelou sempre o Coração do Pai. Basta pensar na parábola do filho pródigo, na qual o Cristo procurou explicar aos Seus adversários que agia com amor e misericórdia porque o Pai faz o mesmo (cf. Lc 15,1)... Portanto, no Coração compassivo, manso e sereno do Senhor Jesus, podemos entrever o quanto Deus é, para nós, ternura e carinho, acolhimento e perdão! A Igreja compreendeu isto tão bem que coloca a seguinte antífona de entrada para a Missa do Coração de Jesus: <i>“Eis os pensamentos do Seu Coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria” (Sl 33/32,11.19).</i>É este o pensamento, o projeto, o desígnio incansável e constante do Coração de Deus, manifestado no Coração do Filho Jesus: libertar e dar a Vida, Vida eterna, Vida divina, Vida em abundante plenitude! Contemplar o Coração de Cristo, manso e humilde, rasgado e aberto na Cruz para que recebamos a água que nos vivifica e o sangue que nos lava, significa experimentar, crer e anunciar que Deus, o Pai de Jesus Salvador, é amor e fonte de amor. Este anúncio é tanto mais urgente e necessário quanto mais vemos um mundo, o nosso, ferido, quebrado e seco de coração. Ou não é um mundo machucado pela incredulidade, pela solidão, pela violência, a fome e a pobreza, este mundo nosso? Por mais que os psicólogos tentem, não são eles quem salvarão a humanidade: somente o amor dá sentido a todas as coisas! E amor na medida de Deus, do jeito de Deus, que beba do amor de Deus! E é precisamente isto que o Coração de Jesus revela: que Deus é amor, que Sua paternidade cheia de compaixão e misericórdia abraça todas as criaturas. Do Seu amor ninguém é excluído, do Seu carinho ninguém é esquecido!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Quem dera que este mundo que corre o risco de se tornar sem coração, mundo cão, encontre no Coração de Cristo o descanso, a inspiração e a paz! Quem dera que aceitasse o convite sempre atual e desafiante: <i>“Vinde a Mim, vós todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo a aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de Coração e encontrareis descanso...” (Mt 11,28ss)</i></font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><i><br /></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><font size="5"></font></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="5"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrMfCMrFnof52FLrBUrY_EF-KIH9Hj3tHaaalXnEoR6w2a7_Na-_HZhcgh19yQ_kbT1gUkra5uVCbX7usDXlSPAJsGwfypsNQVUX5aaobFj4qrVcWgOmmU-fRPvqHDau-1emP0pvgiDFG0/s500/corac%25CC%25A7a%25CC%2583o+de+jesus.2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="386" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrMfCMrFnof52FLrBUrY_EF-KIH9Hj3tHaaalXnEoR6w2a7_Na-_HZhcgh19yQ_kbT1gUkra5uVCbX7usDXlSPAJsGwfypsNQVUX5aaobFj4qrVcWgOmmU-fRPvqHDau-1emP0pvgiDFG0/s320/corac%25CC%25A7a%25CC%2583o+de+jesus.2.jpg" /></a></font></div><font size="5"><i><br /></i></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-80566303645779063882020-06-19T12:12:00.001-03:002020-06-19T12:12:04.924-03:00Coração de homem, Coração de Deus<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Hoje a Igreja celebra o Coração de Jesus. É uma festa de sentido belo e profundo. <o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Na Sagrada Escritura, a palavra coração (lev ou levav), indica o íntimo do homem, o núcleo mais profundo de sua consciência. Dizer coração é dizer a personalidade, a consciência, os sonhos, os sentimentos, os pensamentos, a liberdade e as decisões de alguém; é dizer “eu”. Coração, no sentido bíblico, é muito mais do que coração no nosso português corrente, que indica somente sentimento, afeto.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Coração de Jesus significa, então, a personalidade humana do Salvador: Sua consciência humana, Seus pensamentos, Seus sonhos, Seus projetos, Seu amor, Seus sentimentos, Suas solidões e lutas – tudo quanto o Filho de Deus feito homem viveu humanamente por nós e como nós.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Assim, olhando o caminho humano de Cristo, Sua aventura entre nós, iniciada no ventre da Virgem e terminada na Cruz, nós podemos descobrir de modo humano o Coração do próprio Deus. Isto mesmo: o Coração de Cristo é Coração de homem e, ao mesmo tempo, revela o Coração do Pai!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">O que descobrimos nesse Coração? Doçura, amor, compaixão, misericórdia, capacidade de se comover, abertura para as misérias e dores alheias. Portanto, contemplar o Coração do Cristo Jesus é descobrir o quanto o nosso Deus é amor, ternura e piedade. Daí o convite do próprio Jesus: <i>“Vinde a mim; aprendei de mim: eu sou manso e humilde de coração! Achareis descanso para vossas vidas!” (Mt 11,28).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="5"> </font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">A melhor imagem para compreendermos o mistério do Coração de Jesus é a do Cristo crucificado, morto, com Seu lado traspassado, do qual vertem a água do Batismo e o sangue da Eucaristia. A imagem é forte: uma vida entregue totalmente por amor, que abre o Coração para nos agasalhar e nos saciar com a graça dos sacramentos, dando-nos Vida sempre nova. Eis, no Coração de Jesus, nosso Senhor: um Deus que Se esgota por amor, sem jamais desistir de amar e dar Vida! Deus surpreendente, esse que Se manifesta no Coração do Salvador!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="5"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Num mundo estressado, que nos faz tantas vezes experimentar o desamparo, o desânimo, o medo e a incapacidade ante os desafios da existência, aprendamos a nos refugiar naquele Coração, lado aberto, traspassado por nosso amor! Basta de prepotência! Basta de autossuficiência! Basta de pensarmos que nos bastamos a nós mesmos e podemos ser felizes sozinhos, prescindindo do amor de Deus! Seja o Coração de Cristo o nosso modelo de verdadeira humanidade; seja o nosso refúgio, seja o nosso amparo, seja o início da nossa alegria de ter um Deus-amor na terra que será nosso Deus-descanso no Céu!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"> <o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5">Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!</font><span style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOH-Qp-BULxgv0GHvsF1Q-UR8R5uA8q8NCM-cbhgtNM2JoFafNgng_hKC2JL-HFTDi6jVR5P4xFcPQjP3fFVzwVQZpayTjoKRgUW-BAJhxFhAcnFkqglQbuAxGT7gbPF_W68uvUcwpO8nD/s787/corac%25CC%25A7a%25CC%2583o+de+jesus.1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="787" data-original-width="540" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOH-Qp-BULxgv0GHvsF1Q-UR8R5uA8q8NCM-cbhgtNM2JoFafNgng_hKC2JL-HFTDi6jVR5P4xFcPQjP3fFVzwVQZpayTjoKRgUW-BAJhxFhAcnFkqglQbuAxGT7gbPF_W68uvUcwpO8nD/s320/corac%25CC%25A7a%25CC%2583o+de+jesus.1.png" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-38646720494067083952020-06-19T11:50:00.000-03:002020-06-19T11:50:12.059-03:00Homilia para a Solenidade do Coração de Jesus - ano a<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Dt 7,6-11<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Sl 102<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">1Jo 4,7-16<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Mt 11,25-30<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Caríssimos no Senhor, hoje a Liturgia nos faz contemplar o Coração do Cristo Jesus. Mas, o que significa precisamente este apelativo: Coração de Jesus? Poderia, à primeira vista, parecer algo um tanto sentimental, até mesmo meloso, afastado do pensamento das Escrituras. Ora, para compreender bem quão grande, belo, sublime, importante o mistério que celebramos – Mistério do Coração do Senhor Jesus Cristo nosso Salvador –, é necessário primeiramente compreender o que significa “coração” precisamente nas Escrituras Santas! É daí que poderemos beber toda a riqueza desta imagem: o coração do nosso Deus!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Bem diverso do significado atual nas línguas modernas, nos Escritos santos, o coração significa o mais íntimo da pessoa, sua interioridade, o lugar dos seus pensamentos, planos e projetos, o núcleo mesmo do seu eu. Dizer meu “coração”, seria dizer “eu mesmo”, com tudo quanto tenho de mais meu; dizer “coração” significa dizer meu íntimo mais íntimo! Por isso mesmo as palavras do Salmo 32, no início da Missa de hoje, como está no Missal, referindo-se ao Coração de Deus: <i>“Eis os pensamentos do Seu Coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria!” </i>Está aí, bem sintetizado: o Coração do Senhor Deus é o lugar do Seu pensamento, do Seu desígnio de amor! E este “lugar” chamado “coração” é vida, é amor, é tornar feliz e plena a humanidade!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Assim, contemplar o Coração do Eterno é vê-Lo na Sua maior intimidade! O que há no Coração de Deus? Há somente Amor, a ponto de São João exclamar, hoje, na segunda leitura: <i>“O amor vem de Deus; Deus é Amor! Quem permanece no amor, permanece com Deus e Deus permanece com ele!”</i> Na verdade, já na Antiga Aliança, o Senhor revelou muitas vezes e de modos diversos, este traço, esta característica essencial do Seu próprio Ser. Basta tomar o que ouvimos na primeira leitura, a declaração de amor que o Senhor Deus faz ao Seu Povo de Israel: <i>“O Senhor Se afeiçoou a vós e vos escolheu, não por serdes mais numerosos que os outros povos – na verdade, sois o menor de todos – mas, sim, porque o Senhor vos amou...”</i> Eis o Deus das Escrituras, o Deus de Israel: um Deus que ama gratuitamente, ama sem esperar vantagem alguma, ama esperando somente amor: ama porque ama, ama com toda liberdade e pura gratuidade!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Ora, caríssimos, Deus quis nos revelar este amor, Deus quis Se revelar como puro amor; ele quis mostrar-Se, visivelmente, no Seu amor! Para isso, enviou o Seu Filho, para nos amar divinamente de modo humano, com traços humanos, de modo que o ser humano pudesse perceber, compreender e aprender esse amor! O Salvador mesmo dissera: <i>“Quem Me vê, vê o Pai; Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; Eu e o Pai somos um!” (Jo14,9.10; 10,30) </i>No Coração do Senhor Jesus, Deus feito homem, Deus com Coração de homem, nós podemos ver humanamente Deus amando! Não por acaso o nosso Salvador afirma hoje, no Evangelho: <i>“Ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar!” </i>Percebeis, meus amados irmãos? O Filho revela a intimidade do Pai porque conhece o Pai e do Pai provém! Seu Coração é imagem perfeita do Ser do Pai, do Coração do Pai - o Coração do Cristo é um só com o Coração do Pai! Como afirma o Autor da Epístola aos Hebreus, falando do Filho bendito, <i>“Ele é o resplendor da Sua Glória, a expressão da Sua Substância” (Hb 1,3)</i>, isto é, a expressão do Seu Ser, do próprio Ser de Deus!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Assim, contemplemos o Cristo, o Seu ser mais profundo, no Seu Coração! O que vemos? Puro amor ao Pai, pura entrega ao Pai e, no amor ao Pai e pelo amor do Pai, puro amor aos irmãos, pura doação à humanidade! Contemplando o Senhor Jesus no Seu Coração humano, aprendemos humanamente como Deus ama e como devemos amar. Por isso mesmo, a segunda leitura desta Missa insiste em que aprendamos a acolher o amor de Deus em Cristo, a viver o amor de Deus em Cristo e a transbordar o amor de Deus em Cristo! Amados no senhor, atenção: não se pode adorar o Coração amante e amável do Cristo Jesus sem se deixar invadir por esse Amor, que é o próprio Espírito Santo que Ele derramou no nosso coração (cf. Rm 5,5) e sem nos colocarmos em constante saída para amar os irmãos! O amor, a louvação ao Coração do Cristo Jesus não pode ser algo desvinculado da nossa realidade de amor! Beber das fontes do Coraçào mante do Salvador nos joga no amor, nos faz amantes em Cristo, portadores do amor de Cristo para os outros! Escutemos: <i>“Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus! Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o Seu Filho único ao mundo, para que tenhamos Vida por meio Dele. Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco e nele acreditamos. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus e Deus permanece com ele”. </i>Eis aqui, meus caros no Senhor: fixar os olhos no Coração do Cristo e ir a Ele, aprender Dele e com Ele, que é humilde e manso, que é a imagem verdadeira e fiel do próprio amor de Deus para conosco! Contemplar e experimentar o amor do Coração de Cristo para testemunhá-lo e derramá-lo nos irmãos, sobretudo nos que mais precisam do nosso amor e, muitas vezes, nem têm nem sabem como retribuir o amor que de nós recebem! Mas, <i>“quanto a nós, amemos, porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4,19)</i>.<i><o:p></o:p></i></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Estejamos atentos: o amor cristão não é um mero sentimento, não é um simples ato de boa vontade, de bondade humana e filantropia mundana, tão em moda hoje em dia! O amor em Cristo brota de nossa união com o Senhor Jesus, nasce da experiência no Espírito Santo de amor, Espírito Santo de Cristo! Nesse Espírito, que brota com a água do Batismo e o sangue da Eucaristia, água e sangue jorrados do Coração do Salvador (cf. Jo 19,34), nos são dados todo o bem e toda a graça, toda cura e toda esperança, toda força e toda salvação!<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"> </font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Queridos Irmãos, que a Festa de hoje nos faça escutar novamente com toda atenção e toda fé o convite do nosso Jesus Senhor: <i>“Vinde a Mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo – </i>jugo de Amor! – <i>e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de Coração, e vós encontrareis descanso. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve!”</i> Eis: nos cansaços no caminho da vida, encontremos descanso no Coração de Jesus; nas fadigas que querem nos impedir de caminhar, encontremos remanso e restauro no Coração de Jesus; quando os fardos da existência forem pesados demais, procuremos a leveza suave do Coração de Jesus; quando o jugo dos homens e das obrigações desta vida nos acabrunharem, encontremos o alívio no Coração de Jesus! Nele está a nossa Vida, Nele, a nossa Paz, Nele a nossa felicidade e plenitude, aqui e por toda a Eternidade na plenitude do Reino dos Céus. Amém.<o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5">Jesus, manos e humilde de Coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!</font><font size="2"><o:p></o:p></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><font size="5"><br /></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPhYmd2fS_JqZs8e4liNjtcKfFzZgGWcOVMqy3te3z49mnxf3BLIICWhMZIt_7D-wAs4ebL_mooqCxFopnIlvu9UYgwEk4sqcl41dMvHsq6163LbWGm7sbsMs4Tmqi7iXr3kYvbd8FSXxX/s1024/cristo+pastor.medieval.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="649" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPhYmd2fS_JqZs8e4liNjtcKfFzZgGWcOVMqy3te3z49mnxf3BLIICWhMZIt_7D-wAs4ebL_mooqCxFopnIlvu9UYgwEk4sqcl41dMvHsq6163LbWGm7sbsMs4Tmqi7iXr3kYvbd8FSXxX/s320/cristo+pastor.medieval.jpg" /></a></div><font size="5"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-15206541122790181642020-06-15T19:55:00.003-03:002020-06-15T19:55:45.486-03:00A Eucaristia - XIV<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No presente texto, ainda sobre a Eucaristia, retomemos a noção da presença real do Cristo morto e ressuscitado no Pão e no Vinho consagrados. Tendo em mente o Mistério eucarístico, São Paulo pergunta: <i>“O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16) </i>Tais afirmações, em forma de perguntas e, à primeira vista, tão simples, têm uma força e significação enormes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na Escritura Sagrada, o “sangue” não é simplesmente uma realidade material, o líquido vermelho que circula em nossas artérias, mas sobretudo a vida e, muitas vezes, a vida tirada violentamente. Dar o sangue quer dizer dar a vida, vida sofrida, violentada, arrancada de modo cruel; seria, como na nossa cultura, dizer “derramei meu suor”, “suei minha camisa”. “Sangue de Cristo” significa, portanto, a vida de Jesus, nosso Senhor, dada em sacrifício, tirada de modo violento; a vida que Ele entregou por nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Corpo”, por sua vez, não significa primeiramente os músculos nossos, o corpo simplesmente no seu aspecto somático, mas sim o homem todo, a pessoa toda, na sua situação de criatura limitada, frágil, mortal. Assim, “Corpo de Cristo” significa a natureza humana que o Filho de Deus assumiu por nós de Maria, a Virgem: <i>“O Verbo Se fez carne” (Jo 1,14),</i> quer, então, dizer, fez-Se homem, fez-Se realmente humano, com um corpo humano e uma alma humana, com inteligência, vontade, consciência, afeto, sentimento e liberdade humanas, sonhos e finitude próprios dos filhos de Adão. Deste modo, quando o Cristo Jesus fala em dar o Seu Corpo significa dar-Se todo, dar toda Sua vida humana: Seus sonhos, cansaços, desilusões, sofrimentos. Dar tudo quanto Ele, o Filho divino feito verdadeiramente homem, é e viveu! Foi assim que o Senhor nosso Jesus Se nos deu: em todo o Seu ser, sem reservas; doou-nos Sua vida e Sua morte!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pois bem, São Paulo afirma que o pão que partimos é comunhão com o Corpo do Senhor. Palavra estupenda! Comungar na Eucaristia significa entrar numa comunhão misteriosa e real com a Pessoa mesma de Jesus Cristo; mas não uma pessoa desencarnada: é entrar em comunhão com tudo quanto Ele viveu, experimentou em Sua existência humana; é ter comunhão com os ideais do Cristo Jesus, com o modo de viver e agir de Jesus, nosso Senhor, com as opções, esperanças e angústias de Jesus, com o sofrimento de Jesus, com a Morte e Sepultura de Jesus, com a Ressurreição e Glorificação de Jesus! Comungar daquele pão é comungar com Jesus Cristo na totalidade da Sua existência, é colocá-Lo na nossa existência, não mais viver por nós mesmos, sozinhos conosco, do nosso modo, mas viver nossa vida na vida do Senhor Jesus, que por nós morreu e ressuscitou (cf. 2Cor 5,15)! E o cálice, o Apóstolo diz que é comunhão no Sangue de Cristo; quer dizer comunhão na Sua entrega, na Sua Morte, morrida por nós! Participar do cálice do Senhor é estar dispostos a beber o cálice com Ele, a ser batizados no batismo de Morte no qual Ele foi batizado (cf. Mc 10,38)! Portanto, participar do pão e do vinho eucarísticos é entrar em comunhão de vida e morte com o Senhor, é “com-viver” com Cristo, é conhecê-Lo, conhecer o poder de Sua Ressurreição e a participação nos Seus sofrimentos, “com-formando-nos” com Ele na Sua Morte para alcançar a Sua Ressurreição dentre os mortos (cf. Fl 3,10).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Esta é a experiência central da vida cristã: viver nesta comunhão plena de vida e morte com o Senhor! E aqui, precisamente, cabem alguns urgentes questionamentos. Os cristãos têm consciência desta realidade? Individualmente e como Igreja, temos presente esta nossa misteriosa e estupenda vocação, que é trazer em nosso corpo a agonia do Cristo Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo (cf. Fl 4,10)? Como os cristãos se comportam diante dos desafios da vida pessoal e comunitária? Estão os cristãos dispostos a viver para o Senhor ou somente para si mesmos, segundo a lógica do mundo contemporâneo? Nosso modo de viver a fé em Cristo onde levamos a existência diária tem levado a esta comunhão existencial com o Cristo no mistério da Sua vida, Morte e Ressurreição? Notemos que o que está em jogo aqui é a própria identidade do cristianismo! Sem esta consciência não há, de fato, uma vida cristã! Ser cristão não é primeiramente aderir a doutrinas ou a uma moral mas, antes de tudo, entrar em comunhão com Alguém, com o Senhor Jesus. Pode-se, então, compreender aquelas palavras de fogo do Bispo de Antioquia, Santo Inácio, que no século I, ao dirigir-se para o martírio, no qual seria devorado pelas feras, exclamava: “Coisa alguma visível ou invisível me impeça de encontrar Jesus Cristo. Maravilhoso é, para mim, morrer por Jesus Cristo. A Ele é que procuro, Ele que morreu por nós; quero Aquele que ressuscitou por nossa causa. Permiti que eu seja imitador do sofrimento do meu Deus! Meu amor está crucificado! Quero o pão de Deus que é a Carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o Sangue Dele, que é amor incorruptível. Sou trigo de Deus e sou moído pelos dentes das feras, para encontrar-me como pão puro de Cristo. Quando lá chegar serei homem!” Palavras estonteantes! Inácio de Antioquia compreendera o que significava celebrar a Eucaristia, participar do Corpo e Sangue do Senhor! Quem dera nós também o compreendamos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nossas Eucaristias sejam realmente a celebração desta comunhão de vida, sonho, agir, morte e ressurreição com o Cristo, cujo corpo e sangue comungamos. É disto que o mundo tanto precisa; é isto que o mundo espera, mesmo sem o saber: o nosso testemunho de comunhão com o Salvador! Só assim tem realmente sentido proclamar nossa fé na presença real e amante do Senhor no Pão e no Vinho eucarísticos.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgolGPC0r_BCkqlUeOC7xKJ2KLa_ifM959EAqjOmvMq0LT9k8_AQca9Rtv0JlOvn25PPBRgwnv4S-ar6PLjmfx33HRxQNdTLg-4Isnx0mHU9WVjkSEEgexak0pFP6NkLq6aBZ47tUK6JiPw/s1600/eucaristia.11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="640" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgolGPC0r_BCkqlUeOC7xKJ2KLa_ifM959EAqjOmvMq0LT9k8_AQca9Rtv0JlOvn25PPBRgwnv4S-ar6PLjmfx33HRxQNdTLg-4Isnx0mHU9WVjkSEEgexak0pFP6NkLq6aBZ47tUK6JiPw/s320/eucaristia.11.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoBodyText" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-40151421484773313062020-06-15T16:32:00.000-03:002020-06-15T16:32:06.484-03:00A Eucaristia - XIII<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Apresentamos alguns aspectos teológicos da Eucaristia. Vejamos, agora, a estrutura da Celebração eucarística, isto é, como se organiza, como se desenvolve a Celebração deste Sacrifício em forma ritual de Banquete.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Já vimos, num dos tópicos anteriores, São Justino descrevendo, no século II, a celebração. Os elementos básicos de então permanecem ainda hoje. Primeiramente, segundo antiga tradição, a Missa divide-se em duas grandes partes: a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística. Na primeira parte, a Palavra de Deus é proclamada e, na homilia, interpretada à luz do Cristo Jesus, de modo a iluminar a vida dos cristãos na sua situação concreta do dia-a-dia. Após a proclamação da Palavra, pelo Credo e a Oração dos fieis, respondemos ao Deus que nos falou. Assim termina a primeira parte da Celebração, toda ela centrada no ambão (a estante donde se faz as leituras e a homilia) – é a Mesa da Palavra!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A segunda parte da Eucaristia é a mais importante: a liturgia eucarística, cujo centro é o Altar, que simboliza o próprio Cristo Jesus, pedra angular da Igreja. Nesta parte da Missa, a Igreja torna presentes os quatro gestos de Jesus: Ele (1) tomou o pão, (2) deu graças, (3) partiu e (4) distribuiu, mandando que fizéssemos isso em Sua memória. Vejamos como estes quatro gestos se desenrolam na Celebração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><i>Jesus tomou o pão.</i> Este gesto do Senhor é tornado presente na apresentação das ofertas ao Altar: pão, vinho e água, que simbolizam tudo quanto a criação e o nosso trabalho produzem e que, em nome de toda a criação, unidos ao Filho Jesus, oferecemos ao Pai na força do Espírito Santo. Nesse momento também, segundo antiquíssima tradição da Igreja, os membros da Comunidade dão suas esmolas: o que se trouxe para os pobres e para a manutenção da Casa de Deus e despesas da Comunidade paroquial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><i>Ele deu graças</i><b> </b>(quer dizer, Ele fez eucaristia = ação de graças). A Igreja torna presente este gesto do Senhor na grande Oração eucarística, que vai do prefácio da Missa até a doxologia (o “por Cristo, com Cristo, em Cristo”). Aí, ela recorda (faz memorial) ao Pai tudo quanto Cristo fez por nós. O celebrante, em nome de toda a Comunidade eclesial, pede ao Pai que derrame o Espírito do Cristo ressuscitado sobre o pão e o vinho para que eles, pelas palavras da consagração, cheias de Espírito Santo criador e recriador, sejam eucaristizados, transformando-se no Corpo e no Sangue do Ressuscitado – é a consagração. É importante observar que a narração da consagração não é feita à assembleia ali presente, mas ao Pai: é a Ele que a Igreja recorda tudo quanto o Senhor Jesus fez para nossa salvação, é diante Dele, Pai de Jesus e nosso Pai, que a Igreja celebra o memorial da Morte e Ressurreição de Cristo. É como se o celebrante dissesse: “Ó Pai, recorda-Te do Teu Filho Jesus. Ele, na noite em que foi entregue...” Em seguida, ainda na grande Oração Eucarística, o celebrante pede pela Igreja, pelos ministros sagrados e pelo inteiro Povo de Deus, pelos vivos e mortos, pelo mundo inteiro, crentes e descrentes, tudo isso ao Pai, por Cristo, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo. E a Comunidade responde “Amém!”, deixando claro que a oração do celebrante foi oração de toda a Igreja. Nesta “Amém” que encerra a grande Oração exprime-se maravilhosamente o ministério sacerdotal, sacerdócio do Reino, de todo o Povo de Deus! Assim termina a grande Eucaristia (ação de graças), o segundo gesto do Cristo Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Aí, vem a preparação para a comunhão, com a oração do Pai-nosso. Depois, o celebrante faz memória do terceiro gesto de Cristo: <i>Ele partiu o pão.</i> Só aí – e não antes – é que o Pão consagrado deve ser fragmentado! Este gesto é muito importante, pois recorda o próprio Jesus nosso Senhor: os Seus discípulos o reconheceram ao partir o pão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Realizado tudo isso, fazemos memória do último dos gestos que o Senhor nos mandou realizar: <i>Ele deu aos Seus discípulos.</i> É a comunhão eucarística no Corpo e no Sangue do Senhor. É o celebrante quem, em nome de Cristo, distribui a comunhão. Ele pode ser ajudado pelos ministros ordinários da comunhão (os padres concelebrantes e os diáconos) e pelos ministros extraordinários (os acólitos instituídos pelo Bispo e os outros ministros da comunhão daquela paróquia).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pronto! Feito tudo isso em memória do Senhor, o sacerdote conclui com a oração final. Depois – e somente depois – vêm os avisos da Comunidade e o Povo recebe a bênção e é despedido. Como podemos ver, a Celebração eucarística é toda ela bíblica. Com o tempo, mudam os ritos secundários, o modo de celebrar, mas nunca a essência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É importante observar ainda que os gestos, as palavras, os ritos, as vestes, as várias funções, tudo isso tem um significado e deve ser respeitado e bem preparado. A Eucaristia deve ser celebrada sempre num clima de respeito, de piedade e reverência. O missal, que traz o rito da Missa, deve ser seguido fielmente. Nem a comunidade nem o sacerdote que preside podem fazer alterações que desobedeçam as normas litúrgicas da Igreja ou deturpem o sentido da celebração e a sua estrutura fundamental. A Eucaristia não é propriedade do celebrante nem da comunidade, mas sim um dom concedido a toda a Igreja, para que o guarde com amor e fidelidade, respeito e devoção até que o Senhor venha.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTHbdkO7MeM3bvl8yBTBLlwiWdMH6XTLs61Yecy9YENs6zh6BxpFzpqIpzWhUFzg_u3vFqQoPU9UqOo6huoiQLTX34QYVLrHT7ol1E-_wXJrjqXoG_8j0eK11E5NdN1lyxEStrHjgDwm8/s1600/eucaristia.7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="700" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTHbdkO7MeM3bvl8yBTBLlwiWdMH6XTLs61Yecy9YENs6zh6BxpFzpqIpzWhUFzg_u3vFqQoPU9UqOo6huoiQLTX34QYVLrHT7ol1E-_wXJrjqXoG_8j0eK11E5NdN1lyxEStrHjgDwm8/s320/eucaristia.7.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
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Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-87449292702923178352020-06-13T20:50:00.001-03:002020-06-13T20:50:37.632-03:00A Eucaristia XII<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Exploremos, agora, mais um tópico, desta riquíssima realidade que é a Eucaristia. Veremos agora como toda a missão da Igreja deriva da Eucaristia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Um dos nomes dados à Celebração eucarística é o de “Missa”, <i>“porque a liturgia na qual se realizou o mistério da salvação termina com o envio (missio) dos fieis para que cumpram a vontade de Deus na sua vida cotidiana” (Catecismo, 1332)</i>. “Ide!” – é a última palavra de Missa. Ide para testemunhar o que vivestes, o que celebrastes! Acabastes de escutar o Senhor que vos falou nas Escrituras; acabastes de comer e beber com Ele e O reconhecestes ao partir o pão (cf. Lc 24,35). Agora, deveis levantar-vos e ir adiante, testemunhando que o Senhor está vivo, que Ele caminha conosco! Eis o sentido do termo “missa”. A Missa termina com o envio à missão de testemunhar o Cristo com nossa palavra e com nossa vida. Em certo sentido, ao participarmos da santa Missa e terminarmos a Celebração, os nossos sentimentos e atitudes devem ser os mesmos dos primeiros cristãos dando testemunho do Ressuscitado: <i>“Deus o ressuscitou ao terceiro dia e concedeu-Lhe que Se tornasse visível, não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, isto é, a nós, que comemos e bebemos com Ele, após Sua Ressurreição dentre os mortos. E ordenou-nos que proclamássemos ao povo e déssemos testemunho de que Ele é o Juiz dos vivos e dos mortos, como tal constituído por Deus” (At 10,40-42).</i> Ou seja: participar da Eucaristia, ouvindo o Ressuscitado, comendo e bebendo com Ele, faz de cada cristão e de cada comunidade cristã testemunhas e anunciadores do Cristo pascal diante do mundo! É precisamente a convivência com o Senhor no Banquete eucarístico que faz sempre de novo a Igreja uma comunidade de missionários, de testemunhas, de anunciadores!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Mais ainda: encontrar na Eucaristia o Senhor imolado e ressuscitado, como Se encontra na Glória e como a Igreja inteira e cada um de nós irá encontrá-Lo no Dia final, compromete os cristãos a consagrarem todo o mundo ao Senhor para que tudo seja santificado e transfigurado no mundo que há de vir. A Encíclica <i>Ecclesia de Eucharistia</i> afirma: <i>“</i><i>Consequência significativa da tensão escatológica presente na Eucaristia é o estímulo que dá à nossa caminhada na história, lançando uma semente de ativa esperança na dedicação diária de cada um aos seus próprios deveres. De fato, se a visão cristã leva a olhar para o ‘novo céu’ e a ‘nova terra (Ap 21,1), isso não enfraquece, antes estimula o nosso sentido de responsabilidade pela terra presente. Desejo reafirmá-lo com vigor (...) para que os cristãos se sintam ainda mais decididos a não descurar os seus deveres de cidadãos terrenos. Têm o dever de contribuir com a luz do Evangelho para a edificação de um mundo à medida do homem e plenamente conforme ao desígnio de Deus” (n. 20).</i> Ao participar do Banquete eucarístico, no qual Cristo entrega-Se pelo mundo inteiro, no qual as realidades deste mundo, pão e vinho, são transfiguradas no Corpo e no Sangue do Senhor, o cristão, como membro do Povo sacerdotal, tem o dever sagrado de consagrar o mundo para o Senhor. Isto se realiza assumindo com amor e responsabilidade as tarefas e desafios de cada dia, procurando, nas realidades temporais, testemunhar e edificar o Reino de Deus que Cristo pregou e inaugurou pela Sua existência humana, até a Morte e Ressurreição.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">O anúncio missionário de Jesus Cristo não se faz somente com a palavra e a pregação, mas também com o sereno e perseverante testemunho concreto dos cristãos nos grandes desafios e problemas do mundo atual: <i>“Muitos são os problemas que obscurecem o horizonte do nosso tempo. Basta pensar quanto seja urgente trabalhar pela paz, colocar sólidas premissas de justiça e solidariedade nas relações entre os povos, defender a vida humana desde a concepção até ao seu termo natural. E também que dizer das mil contradições dum mundo ‘globalizado’, onde parece que os mais débeis, os mais pequenos e os mais pobres pouco podem esperar? É neste mundo que tem de brilhar a esperança cristã! Foi também para isto que o Senhor quis ficar conosco na Eucaristia, inserindo nesta Sua presença sacrificial e comensal a promessa duma humanidade renovada pelo Seu amor. É significativo que, no lugar onde os sinóticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João proponha, ilustrando assim o seu profundo significado, a narração do lava-pés, gesto este que faz de Jesus mestre de comunhão e de serviço (cf. Jo 13,1-20). O apóstolo Paulo, por sua vez, qualifica como ‘indigna’ duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres (cf. 1Cor 11,17-22.27-34). Anunciar a Morte do Senhor ‘até que Ele venha’ (1Cor 11,26) inclui, para os que participam na Eucaristia, o compromisso de transformarem a vida, de tal forma que esta se torne, de certo modo, toda eucarística. São precisamente este fruto de transfiguração da existência e o empenho de transformar o mundo segundo o Evangelho que fazem brilhar a tensão escatológica da Celebração eucarística e de toda a vida cristã: ‘Vinde, Senhor Jesus!’ (cf. Ap 22,20)” (Ecclesia de Eucharistia, 20)</i>.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Uma comunidade que celebrasse a Eucaristia fechada em si mesma, sem se preocupar com o anúncio e testemunho do Cristo Jesus ao mundo, sobretudo no serviço aos mais pobres, na defesa da justiça e da paz, na proclamação do Evangelho da vida e na denúncia de tudo quanto fira e contrarie o plano de Deus para a humanidade, seria uma comunidade infiel à Eucaristia e indigna de participar dela. O Sacramento eucarístico, portanto, compromete profundamente com a missão, abrindo a Comunidade que celebra os santos Mistérios para o mundo, que espera o nosso testemunho e ao qual nós somos enviados (<i>missi, </i>em latim). Claro que isto deve ser feito sem a pretensão de sermos melhores que os demais e sem motivações ideológicas quais sejam, mas simplesmente por puro e desinteressado amor ao Senhor que escutamos e encontramos na Eucaristia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Alimentando-se desse Sacramento, os cristãos nutrem a sua vida e tornam-se vida que sustenta o mundo, dando, assim, sentido cristão à vida, que é sentido sacramental, isto é, uma vida vivida em Cristo, por Cristo e com Cristo para a vida do mundo. Esta missão e responsabilidade são tanto mais urgentes no mundo atual, sufocado pela perda do sentido de Deus e do sagrado; mundo atolado no seu próprio fechamento, que já não consegue perceber a existência à luz do desígnio de Deus. Pois bem, é deste Sacramento que provém, para o cristão a experiência mais forte de um sentido da vida como dom de Deus e parceria com o Senhor. Também da Eucaristia brota o dom da caridade e da solidariedade em relação ao mundo, pois o Sacramento do Altar não pode separar-se do mandamento novo do amor recíproco. No Altar experimentamos como o Senhor deu-Se totalmente. Ora, comungar com Ele é colocar-se num estado de doação total para que, em Cristo, a humanidade tenha a Vida divina!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Seria um grande erro pensar no compromisso eucarístico somente em relação à nossa santificação e à nossa comunhão fraterna no interior da Comunidade eclesial que é a Igreja. Esse Sacramento bendito nos impele para o mundo, no testemunho daquele Senhor a quem vimos e ouvimos. Eis por que a Eucaristia é a força que nos transforma, enche de santa certeza e entusiasmo, e fortalece as nossas virtudes; estimula a nossa caminhada na história, lançando uma semente de ativa esperança na dedicação diária de cada um aos seus próprios deveres, na família, no trabalho, na economia, nas artes, no empenho político, enfim, na cultura em geral. Desta nota social da Eucaristia, a missão de cada um na Igreja recebe força e confiança.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Já desde o início do segundo século, Santo Inácio de Antioquia definia os cristãos como aqueles que <i>“vivem de acordo com o Domingo”</i>, pela fé na Ressurreição do Senhor e da Sua presença na Celebração eucarística. Viver “de acordo com o Domingo”, dia de Eucaristia, é viver na esperança da presença e da Vinda do Senhor, o que faz do cristão um construtor do mundo novo a ser consagrado a Cristo Jesus e com Ele ofertado ao Pai no Santo Espírito (cf. 1Cor 15,23s). São Justino, nesta mesma perspectiva, na conclusão da Eucaristia dominical evidenciava a urgência ética de uma vida coerente com a comunhão com o Senhor: <i>“Aqueles, portanto, que vivem na abundância e querem dar, dão conforme cada um entende, e o que se recolhe é deposto junto de quem preside; é este mesmo que socorre os órfãos e as viúvas, e quantos são esquecidos por motivo de doença ou por qualquer outro motivo, os encarcerados, os estrangeiros; em poucas palavras, torna-se provedor de quantos passam por necessidade”</i>. Desde a Antiguidade, portanto, é clara a consciência das exigências que a celebração do Sacrifício eucarístico comporta em termo de compromisso com o mundo. Nada mais estranho ao espírito eucarístico que uma espiritualidade de alheamento em relação ao mundo e de descompromisso com os problemas da humanidade, sobretudo no âmbito concreta daqueles que vivem conosco e em torno a nós.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Outro aspecto importante é que a Eucaristia fundamenta e aperfeiçoa a missão entre aqueles que não creem em Cristo, seja nos países de missão, seja nas nossas cidades, nas nossas famílias e nos ambientes onde Cristo já não é conhecido, vivido nem amado. O sentido da missão é urgente; o anúncio de Jesus Cristo morto e ressuscitado, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Vida e esperança da humanidade, é um imperativo para todo e cada cristão. Se <i>“não podemos calar o que vimos e ouvimos”</i> do Verbo da Vida que em cada Eucaristia Se manifesta na Sua Palavra e no Seu Corpo e no Seu Sangue, então da Celebração eucarística nasce para todo o cristão o dever de colaborar na dilatação do corpo de Cristo, que é a Igreja. A atividade missionária, de fato, pela palavra da pregação e pela celebração dos sacramentos, cujo centro e ápice é a Sagrada Eucaristia, torna presente a Cristo, autor da salvação no coração do mundo. O mandamento missionário, que levou, não poucas vezes, ao martírio, sofrido até aos nossos dias por pastores e fieis, precisamente durante a celebração da Eucaristia, tende a levar à multidão dos homens a salvação dada no Sacramento do pão e do vinho. Por conseguinte, a Sagrada Comunhão produz todos os seus frutos: aumenta a nossa união com Cristo, separa-nos do pecado, consolida a comunhão eclesial, empenha-nos em favor dos pobres, dá-nos ânimo e vigor missionário, aumenta a graça e dá o penhor da Vida eterna.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Uma bela e eloquente ilustração de tudo quanto aqui foi dito é a narrativa do encontro do Senhor Jesus com os discípulos de Emaús. Desanimados e abatidos pela dura realidade da vida, eles se renovam e sentem o coração arder quando o Senhor caminha com eles e, na estrada da vida, explica-lhes nas Escrituras o sentido dos acontecimentos. Ouvindo o Senhor, a dura realidade vai tomando nova feição e novo sentido. Este itinerário se completa quando o Ressuscitado senta-Se com eles para a Fração do Pão. Então, seus olhos se abrem e eles reconhecem o Senhor. Detalhe importantíssimo é que os dois discípulos já não conseguem ficar parados e inativos, mesmo o dia já tendo declinado e já sendo noite: <i>“Naquela mesma hora, levantaram-se... e narraram os acontecimentos do caminho e como o haviam reconhecido na Fração do Pão” (Lc 24,33.35).</i>Também a Comunidade celebrante não pode ficar parada, inerte, ante tão profunda experiência de escutar o Senhor nas Escrituras e com Ele partir o Pão e repartir o Cálice. Deve levantar-se, deve correr ao mundo, deve anunciar o Senhor, com o entusiasmo e a convicção de quem viu, ouviu e experimentou, de quem é testemunha! Essa sede missionária é uma medida muito importante da fecundidade e da verdade das eucaristias de nossas comunidades. Sem esse compromisso, seremos julgados pelo talento que recebemos e preguiçosamente enterramos...<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="4"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIMfuho5WvYon60i50O06Btj7n7w2lirUJr9-nmvocQctHvkz4y1QkiBmgrySiDt9NfivDS60qI0pDqwNJnaEzuX24jUn1a25c1k3iGYINIEjCcoYWLE0CwQxdSmNvPN74u49hTzeNa3-K/s699/pesca+milagrosa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="699" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIMfuho5WvYon60i50O06Btj7n7w2lirUJr9-nmvocQctHvkz4y1QkiBmgrySiDt9NfivDS60qI0pDqwNJnaEzuX24jUn1a25c1k3iGYINIEjCcoYWLE0CwQxdSmNvPN74u49hTzeNa3-K/s320/pesca+milagrosa.jpg" width="320" /></a></font></div><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-28208073783403342312020-06-13T17:06:00.001-03:002020-06-13T17:06:50.604-03:00Homilia para o XI Domingo Comum - ano a<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Ex 19,2-6a<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Sl 99<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Rm 5,6-11<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Mt 9,36 – 10,8<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Caríssimos no Senhor, a Palavra que ouvimos neste Domingo sagrado convida-nos a olhar com os olhos da fé para a Igreja, Povo santo de Deus. Mas, atenção: olhar a Igreja não significa pensar no Vaticano ou nas dioceses ou na hierarquia ou no aparato visível da instituição histórica! Nada disso! Esta seria uma visão pobre, superficial! A alma da Igreja, sua essência está bem mais escondida no Coração e no desígnio do Senhor! A Igreja é mistério de fé e somente à luz da fé pode ser compreendida, ainda que sua realidade mais profunda nunca possa ser esgotada pelo nosso entendimento.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Contemplar a Esposa de Cristo, nossa Mãe católica, significa, primeiramente, olhar para nós mesmos, para o Povo reunido na Unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, aquele Povo de quem diz a Escritura, na Primeira Epístola de São Pedro: <i>“Vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, isto é, </i>um sacerdócio do Reino de Deus<i>, uma nação santa, o Povo de Sua propriedade, a fim de que proclameis as excelências Daquele que vos chamou das trevas para a Sua luz maravilhosa; vós, que outrora não éreis povo, mas, agora, sois o Povo de Deus, vós, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (2,9s).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Comecemos com a primeira leitura: Israel, o Povo da Antiga Aliança, imagem e princípio da Igreja, Povo que é a raiz santa de onde viemos! Tudo que as Escrituras dizem do antigo Israel servem para nós, Igreja de Cristo, novo <i>“Israel de Deus” (Gl 6,16).</i> Saídos do Egito de modo maravilhoso, libertados pela benevolência e o poder do Senhor Deus, os israelitas chegaram aos pés do Monte Sinai. Ali, o Senhor Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó iria fazer um pacto, uma aliança com o Seu Povo. Vede, Irmãos, saídos do Egito na Páscoa, cinquenta dias depois chegaram aos pés do Sinai para o Pentecostes, a festa da Aliança, do dom da Lei! Então, o Senhor Deus, através de Moisés, recordou aos israelitas todo o bem que lhes fizera. E resumiu tudo em palavras cheias de ternura, que ouvimos na primeira leitura: <i>“Eu vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a Mim!” </i>Em outras palavras: Eu vos atraí, Eu cuidei de vós, Eu vos protegi, vos guardei! Eu vos escolhi! Compreendeis, Irmãos? Israel foi um Povo amado, escolhido, atraído, cuidado gratuitamente pelo Senhor! Israel não fizera nada para merecer tão grande graça, tão singular dom!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">O Senhor escolhera Israel por puro amor. E revela que tem um plano, um desígnio para esse Povo: <i>“Se ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha Aliança, sereis para Mim a porção escolhida dentre todos os povos porque Minha é toda a terra. E vós sereis para Mim um Reino de sacerdotes e uma Nação santa!” </i>Em outras palavras: Israel deveria ser propriedade exclusiva do Senhor no meio dos outros povos; Israel deveria ter somente o Senhor por seu Deus; Israel deverá ter por lei, vida e norma somente os preceitos do Senhor. E por quê? Para quê? Porque toda a terra é do Senhor e Ele deseja que Israel seja um Povo separado, um Povo escolhido, consagrado, um Povo sacerdotal, um Povo que, em nome dos outros povos da terra, louve, sirva e adore o Senhor e diante dos outros povos dê testemunho do verdadeiro e único Deus! Israel deveria ser um Reino de servidores do Senhor em nome de toda a criação e de todos os povos. Eis o seu sacerdócio! Israel viveria no meio dos povos, mas seria um Povo diferente, em benefício de todos os povos! A resposta do Povo não apareceu no trecho da liturgia de hoje, mas está lá, nas Escrituras: <i>“O Povo exclamou:</i> <i>‘Tudo o que o Senhor disse, nós o faremos’” (Ex 19,8).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Agora, pensemos no Evangelho que escutamos: o mundo, os povos são descritos por São Mateus como <i>“multidões cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor”</i>, isto é, uma multidão sem rumo de sentido e de pensamento, uma humanidade desiludida, sem uma orientação, um propósito global que dê verdadeira razão para viver, sonhar, ser bom e verdadeiramente empenhar a vida como um todo. O homem é assim: tem sede de um sentido para a existência e, no entanto, não o encontra, contentando-se com migalhas de pequenos projetos e e realização e nelas cansando o coração.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Compadecido, penalizado, o Senhor Jesus olha para estas multidões de ontem e de hoje... O que faz? Como o Senhor Deus, na antiga Aliança, forma um Povo. Chama os Doze, como alicerce do Seu novo Israel, um Povo que seja também Povo sacerdotal a serviço de todos os povos, de todas as multidões do mundo! Esse Povo é a Igreja; esse Povo somos nós, novo e definitivo Israel, do qual o antigo era imagem e profecia! Observai, caríssimos, que não será um Povo forte da sua própria força: será sempre formado por uns poucos operários! Sim, operários, aqui, são todos os cristãos, são todos os membros desse Povo! Observai que é o Senhor quem chama os operários, membros desse Povo, e, por isso, é preciso suplicar ao Senhor da messe do mundo que Ele mesmo chame, que Ele mesmo atraia, que Ele mesmo envie operários à Sua messe. Nunca esqueçamos: o Povo é do Senhor, os operários são chamados pelo Senhor e a colheita também pertence ao Senhor! Tudo é Dele; tudo é para Ele! Irmãos, o destino da Igreja não é ser maioria, não é se encher de poder e prestígio, não é sua própria glória, não é ser aplaudida pelo mundo! A Igreja não existe para si mesma, mas para ser ministra, testemunha e mensageira do Reino de Deus! Quantas vezes nos enganamos com estas coisas, ontem e hoje ainda!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Observai bem o significado das recomendações que o Senhor dá aos Seus operários, aos cristãos, a nós, à Igreja: Ele mesmo é o Senhor da obra de evangelização, Ele mesmo diz o traçado, o ritmo, o caminho. Não são nossos projetos, nossas técnicas, nossas medidas! Nós somos o Seu Povo, o Povo que Cristo veio reunir com o Seu sangue, com a Sua Morte amorosa e Ressurreição poderosa! Por isso o Pai entregou o Seu Filho: para que, salvos da ira, isto é, da situação miserável de pecado e perdição em que se encontra toda a humanidade, nós vivamos agora <i>“por Sua Vida”</i>, isto é, pela Vida divina, o Espírito divino do Cristo ressuscitado! É este o serviço sacerdotal do novo Povo de Deus, a Igreja de Cristo: levar ao mundo, a todos os povos, a todas a multidões <i>“cansadas e abatidas”</i> a Boa Notícia de que <i>“Deus amou tanto o mundo, que entregou o Seu Filho único, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida eterna” (Jo 3,16)</i>, como São Paulo nos disse com outras palavras na Epístola desta Missa.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Éramos pecadores, vivíamos segundo nossos pecados, seguindo e elogiando a índole deste mundo, <i>“por natureza, como os demais, filhos da ira” (Ef 2,3),</i> éramos fracos, éramos ímpios e Cristo foi entregue por nós, lavou-nos no Seu amor feito sangue e nos justificou, isto é, tornou-nos justos, amigos, diante de Deus, o Pai! Queridos no Senhor, o pecado, a dispersão humana não são uma brincadeira: <i>“éramos inimigos de Deus”,</i> diz-nos hoje o Apóstolo! É esta a realidade da humanidade sem Cristo! Não há escapatória! As Escrituras nos advertem todo o tempo sobre isto! Aqui não há apelo, não há disfarces, não há politicamente correto que mascare esta triste realidade! Se o fizermos, trairemos a Palavra de Deus, a Sua divina Revelação! É em Cristo que somos reconciliados, salvos, reunidos como novo Povo de Deus, que é a Igreja.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Mas, atenção: ser membro desse Povo santo, que é uma graça enorme, não nos confere privilégios ou superioridades diante dos demais! Somos, primeiramente, um Povo consagrado: pertencemos ao Senhor, não a nós mesmos, a ponto de o Apóstolo afirmar claramente: <i>“Ninguém de nós vive e ninguém de nós morre para si mesmo, porque se vivemos, é para o Senhor que vivemos, e se morremos, é para o Senhor que morremos. Portanto, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14,7s); </i>somos o Povo sacerdotal, que tem como dever e missão proclamar o Reino que não é nosso, mas do Senhor; e fazê-lo não dos nossos modos, mas segundo aqueles modos e tempos e pensamentos do Senhor, que têm como critério o amor manifestado na Cruz e na Ressurreição. O anúncio é do Senhor, na força do Senhor e nos critérios do Senhor! Eis que enormes desafios para a Igreja atual! Como o Israel do Antigo Testamento, somos nós um Povo que vive da misericórdia de Deus e não deveria ter outro compromisso a não ser levar Deus ao mundo e o mundo a Deus, trazer a Vida divina e plena do Pai através do Filho, no Espírito e levar tudo ao Pai, pelo Filho no Espírito até que Deus seja tudo em todos! A missão da Igreja são as coisas de Deus, a voz da Igreja deve ser eco da Palavra de Deus, os gestos da Igreja devem ser os sacramentos da graça de Deus, os critérios da Igreja devem ser os critérios do Reino de Deus, tais como aparecem no Evangelho! Eis aí o Povo santo, o Povo escolhido, o Povo separado, o Povo sacerdotal, o Povo enviado, o Povo que traz em si a Vida da eternidade! É desta Vida que o Senhor fala, é esta Vida que Ele nos dá para reparti-la com o mundo, é com esta Vida divina e eterna o nosso compromisso!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Eis, pois, caríssimos Irmãos, o mistério da Igreja, da sua missão sagrada, o nosso mistério! Sim, porque a Igreja que é tudo isso, realiza-se concretamente nas nossas comunidades, nas nossas assembleias eucarísticas e em cada um de nós, na sua vida e nos seus desafios, enquanto caminhamos para a Pátria eterna. Que o Senhor nos dê a graça de sermos fieis, nós a Igreja deste atribulado e incerto terceiro milênio, a Igreja peregrina no mundo, sempre em situações tão mutáveis e, no entanto, a mesma Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica. Ao Senhor que nos chamou e jamais nos deixará, a glória pelos séculos dos séculos. Amém.</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ_Ry7vGEFgUV6a_FgLV175qgryeltOYoewyZgkWp5gXu-4Vx6raVNHZ9ZU7TJGA2Li5HhJIGi1TAH91lGfjBJDEqD3W5zAfesnE70msV8SJlwS3MaK4SaMp6qPQhxXZyVnHnPI6qlZp7E/s900/povo+de+deus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="900" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ_Ry7vGEFgUV6a_FgLV175qgryeltOYoewyZgkWp5gXu-4Vx6raVNHZ9ZU7TJGA2Li5HhJIGi1TAH91lGfjBJDEqD3W5zAfesnE70msV8SJlwS3MaK4SaMp6qPQhxXZyVnHnPI6qlZp7E/s320/povo+de+deus.jpg" width="320" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-38291524396468575432020-06-12T16:37:00.001-03:002020-06-12T20:42:47.480-03:00A Eucaristia XI<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">A Eucaristia faz a Igreja ser corpo de Cristo. Neste corpo, formado por muitos membros, nem todos fazem a mesma coisa, mas cada um tem sua função, seu dom, seu modo específico de enriquecer e fazer crescer o corpo até a plenitude do Cristo Jesus. Assim, aqueles que, celebrando o Banquete eucarístico, formam um só corpo, assumem seu lugar de serviço no corpo de Cristo que é a Igreja. Quem não sabe e não quer servir, não serve para ser Igreja e não pode participar do Corpo do Senhor!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">O número 34 da <i>Ecclesia de Eucharistia</i> afirma: <i>“</i><i>Enquanto durar a sua peregrinação aqui na terra, a Igreja é chamada a conservar e promover tanto a comunhão com a Trindade divina como a comunhão entre os fieis. Para isso, possui a Palavra e os sacramentos, sobretudo a Eucaristia; desta vive e cresce e ao mesmo tempo exprime-se nela. Não foi sem razão que o termo comunhão se tornou um dos nomes específicos deste Sacramento excelso”</i>. A Celebração eucarística é o lugar, o momento, a ocasião em que a Igreja aparece de modo mais completo e verdadeiro porque ali, ela é unida ao Seu Senhor imolado e ressuscitado, ali, alimenta-se com o Maná espirituado, isto é, Alimento cheio de Espírito Santo, que a conforma sempre mais, sempre de novo ao Cristo, sua Cabeça, ali, os fieis crescem cada vez mais na conformação ao corpo eclesial e na união uns com os outros, como membros diversos do corpo único; ali, ainda, o Povo de Deus, reunido para escutar a Palavra e com fé responder o “Amém”, oferece ao Pai com Cristo, por Cristo e em Cristo, o Sacrifício perfeito e santo e, comungando no mesmo Corpo do Senhor, torna-se também ele corpo do Senhor e corpo no Senhor. Portanto, na Celebração, este corpo de Cristo que é a Igreja aparece todo unido e todo articulado num só Espírito Santo, mas também diversificado nos seus vários membros, com seus carismas e ministérios. Desse modo, unir-se na comunhão com o Corpo eucarístico de Cristo nos compromete a construir o Seu corpo que é a Igreja, cada um segundo o dom que a graça de Cristo Deus lhe concedeu. Da Eucaristia, portanto, brotam e na Eucaristia encontram lugar e sentido os diversos carismas e ministérios, todos para a edificação do corpo de Cristo.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">É verdade que na sua realidade mais fundamental, a Igreja é um corpo de iguais, pois, pelo Batismo, todos têm a comum dignidade de filhos de Deus, chamados a viver o Evangelho na caridade e a testemunhá-lo diante do mundo pela palavra e pela vida. Mas, também é verdade que, no interior desse corpo, há diversidade de ministérios e carismas. A primeira grande diferenciação que aparece na Celebração é aquela entre os ministros ordenados, marcados pelo sacramento da Ordem e os demais membros do Povo de Deus. <i>“Como ensina o Concílio Vaticano II, os fieis por sua parte concorrem para a oblação da Eucaristia, em virtude do seu sacerdócio real, mas é o sacerdote ministerial que realiza o Sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o Povo. Por isso se prescreve no Missal Romano que seja unicamente o sacerdote a recitar a Oração eucarística, enquanto o Povo se lhe associa com fé e em silêncio. A afirmação, várias vezes feita no Concílio Vaticano II, de que o sacerdote ministerial realiza o Sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo (in persona Christi), estava já bem radicada no magistério pontifício. (...) A expressão in persona Christi quer dizer algo mais do que em nome, ou então “nas vezes” de Cristo. “In persona”, isto é, na específica e sacramental identificação com o Sumo e Eterno Sacerdote, que é o Autor e o principal Sujeito deste Seu próprio sacrifício, no que verdadeiramente não pode ser substituído por ninguém. Na economia de salvação escolhida por Cristo, o ministério dos sacerdotes que receberam o sacramento da Ordem manifesta que a Eucaristia, por eles celebrada, é um dom que supera radicalmente o poder da assembleia e, em todo o caso, é insubstituível para ligar validamente a consagração eucarística ao Sacrifício da Cruz e à Última Ceia” (Ecclesia de Eucharistia, 28s)</i>. É todo o Povo de Deus reunido para a Eucaristia quem celebra, como Povo sacerdotal, inserido no corpo eclesial de Cristo. Mas, é o sacerdócio ministerial que coloca o Povo sacerdotal em condição efetiva de oferecer o santo Sacrifício. Assim, com a unção do Espírito recebida não da assembleia, mas do próprio Senhor, pelo sacramento da Ordem, os ministros sagrados têm a capacidade de oferecer a Eucaristia com a Igreja e pela Igreja e, através dela, Povo sacerdotal, pelo mundo inteiro. Já esse Povo sacerdotal, sacerdócio do Reino, corpo do Senhor, que é a Igreja, participa dessa oferta trazendo ao Altar o seu sacrifício espiritual, isto é, uma existência vivida na potência do Santo Espírito, feita de lutas, lágrimas, alegrias e tristezas, de virtudes e esperanças. Tudo isso é oferecido com Cristo, através de Cristo e em Cristo em benefício do mundo inteiro.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Ora, esta participação de todos a todos compromete na edificação da Igreja e na construção do Reino de Deus neste mundo. Seja como ministro ordenado, leigo no mundo nas suas verias profissões, estados de vida ou ocupações, religiosos consagrados pelos votos, todos devemos com nossa vida e ação edificar o corpo do Senhor. Como todos participam da Eucaristia, todos têm o dever sagrado de assumir seu papel de batizado e crismado, abraçando amorosamente sua parte de responsabilidade na edificação do Reino de Deus. Seja solteiro, seja casado, seja religioso, seja secular, ninguém está dispensado de assumir seu serviço, isto é, seu ministério, na Igreja em favor do mundo.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Assim, a partir da Eucaristia celebrada por todos, aparece claramente que a Igreja é uma comunidade toda ministerial, isto é, toda formada por gente chamada a servir, como Cristo, que veio para servir, e na Eucaristia torna sempre presente o memorial de Sua vida dada por nós e pelo mundo inteiro como serviço de amor. Esta realidade é muito bem expressa nos próprios textos litúrgicos, quando se reza pelo Papa, o Bispo local, o Episcopado em geral, os ministros ordenados, todo o Povo de Deus <i>“e todos aqueles que vos procuram de coração sincero” (Oração Eucarística IV).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Eis as consequências de tal realidade:<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">(1) Todo o modo de viver e de agir dos que participam da Eucaristia deve ter como objetivo a edificação do corpo do Senhor. Participando do Corpo eucarístico eles assumem o compromisso de tudo realizarem na vida para edificar o corpo eclesial do Senhor. Seria uma Eucaristia mentirosa participar do mesmo Pão e do mesmo Cálice e fechar-se em si mesmo, buscando seus próprios interesses e não a edificação comum da comunidade dos irmãos em Cristo, que é a Igreja. A este respeito, diz o Apóstolo que Cristo suprimiu na Sua carne (a da Cruz e a do Altar) a inimizade <i>“a fim de criar em si mesmo um só Homem Novo, estabelecendo a paz e de reconciliar a ambos com Deus em um só Corpo por meio da Cruz, na qual Ele matou a inimizade” (Ef 2,15s).</i> São Paulo fala na reconciliação que judeus e pagãos podem encontrar no Corpo do Senhor. Mais ainda: esta reconciliação, que é compreensão, partilha, amor fraterno, deve ser vivida e testemunhada pelos que já pertencem a este corpo, que é a Igreja e dele comungam na Eucaristia!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">(2) A comunhão no mesmo Corpo eucarístico e a vivência no corpo que é a Igreja, fazem-nos experimentar a diversidade de dons e ministérios que o Espírito do Cristo suscita na Comunidade. O mesmo Espírito Santo que consagra o pão e o vinho eucarísticos – <i>“Por isso, nós Vos pedimos que o mesmo Espírito Santo santifique estas oferendas, a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor nosso” (Oração Eucarística IV)</i>, – consagra a Comunidade para que seja corpo de Cristo – <i>“O Espírito nos uma num só corpo (Oração Eucarística II)</i>. É esse Espírito Santo quem suscita inúmeros carismas e ministérios na Igreja para a edificação do corpo do Senhor: <i>“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo... Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. Com efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim também acontece com Cristo. Pois fomos todos batizados num só Espírito para ser um só corpo e todos bebemos de um só Espírito” (1Cor 12,4.7.12-13).</i> É na Eucaristia que a Igreja aparece como comunidade toda articulada em ministérios e carismas para a edificação do corpo de Cristo. A Eucaristia deve ser o centro e o motivo da Comunidade viva, toda atuante, na qual todos sabem que são responsáveis pela Igreja e pela evangelização no ambiente e no modo que é próprio de cada um.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">(3) Sendo assim, toda a atividade na Igreja, todo ministério, todo carisma, deve estar orientado não para a própria satisfação ou, o que é pior, para interesses e vaidades pessoais, mas unicamente para o crescimento do corpo de Cristo. Como o Cristo que Se imola no Altar para que todos tenham a Vida divina, e assim presta ao Pai o verdadeiro louvor, também os membros da Igreja devem imolar-se, deixando de lado seus interesses particulares em benefício da Comunidade dos irmãos. Este é o espírito verdadeiramente eucarístico de se viver como Igreja, comunhão na diversidade. Assim, todos se valorizam, todos se respeitam, mesmo com carismas diversos, ministérios variados e modos de pensar diferentes. Como no Corpo eucarístico, os vários grãos formam um só pão e os vários cachos de uva formam um só vinho, também a Comunidade que celebra o santo Mistério, é unida no Espírito Santo, respeitando toda a riqueza da diversidade, buscando sempre o crescimento do corpo do Senhor, que é a Igreja: <i>“Há um só corpo e um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação a que fostes chamados; há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. E Ele é que concedeu a uns ser apóstolos, a outros profetas, a outros evangelistas, a outros pastores e mestres, para aperfeiçoar os santos em vista do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4,4s.11-13).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">(4) Se participando do mistério da Eucaristia, descobrimos e vivenciamos que somos membros de um só corpo, cada qual com seu carisma próprio e seu lugar na Comunidade, então compreendemos também que a Igreja é mistério, isto é, uma Comunidade reunida não por nossa vontade ou capricho, mas pelo Espírito do Filho para realizar o Reino do Pai. Esta consciência nos faz assumir nosso papel na Comunidade com santo temor e espírito de fé. Quem canta no coral, quem varre a igreja, quem visita os doentes, quem participa do conselho paroquial, quem coordena um grupo, quem prepara a celebração litúrgica, deve saber que faz isso como uma realização de sua vocação e batizado e crismado, membro ativo do corpo do Senhor porque participado Corpo eucarístico de Cristo no Altar da missa. Sem esta visão de fé, a Igreja não passaria de um clube, uma agremiação fundada na simpatia dos membros ou em interesses comuns. Mas não: o amor de Cristo, dado e recebido em comunhão, nos uniu no Santo Espírito!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">(5) A Celebração eucarística, unindo-nos na variedade em torno do Corpo do Senhor e como corpo do Senhor, é sempre celebrada em comunhão com os ministros da unidade: o Papa, Bispo de Roma, como cabeça do Colégio dos Bispos, primeiro responsável pela unidade de toda a Igreja na fé e na caridade, e o Bispo local vigário de Cristo na sua Igreja diocesana. O Concílio Vaticano II, na <i>Lumen Gentium</i>, 26 exprimiu isso muito bem: <i>“Em toda a comunidade de Altar unida para o Sacrifício, sob o ministério sagrado do Bispo, manifesta-se o símbolo daquela caridade e unidade do corpo místico, sem a qual não pode haver salvação. Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou vivendo na dispersão, está presente Cristo, por cuja virtude se consocia a Igreja una, santa católica e apostólica”</i>. Jamais haveria uma Celebração eucarística lícita sem a comunhão na fé e na caridade com o Sucessor de Pedro e com o Bispo local. Tinha razão Santo Agostinho, ao afirmar que a Eucaristia é <i>“Sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”.</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Se levarmos a sério esta riqueza, toda a nossa vivência de Igreja, toda a nossa atividade na Comunidade tornam-se meio união com o Senhor morto e ressuscitado e com os irmãos no mistério do Corpo do Senhor, unidos num só Espírito, para a glória do Pai: <i>“Há um só corpo e um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação a que fostes chamados; há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos” (Ef 4,4s).</i></font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><i><br /></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><font size="4"></font></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="4"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHzSIX1E0rrIITCRI2Ulby_19fRW2rTcbk7r50QihQoo0KFWuNYPEhx-5J7oNY_bBn9P7tcHI8y5Sogy7LETmPbRY-KPjxLxCPgaEviSXfvkLd9X7NefE8z09UjtzQIWBD-Kl7gJw48Jx0/s595/cole%25CC%2581gio+episcopal.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="595" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHzSIX1E0rrIITCRI2Ulby_19fRW2rTcbk7r50QihQoo0KFWuNYPEhx-5J7oNY_bBn9P7tcHI8y5Sogy7LETmPbRY-KPjxLxCPgaEviSXfvkLd9X7NefE8z09UjtzQIWBD-Kl7gJw48Jx0/s320/cole%25CC%2581gio+episcopal.png" width="320" /></a></font></div><font size="4"><i><br /></i></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-70950307255827330522020-06-12T11:37:00.002-03:002020-06-12T13:47:59.028-03:00A Eucaristia X<p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Continuemos a pensar a eucaristia como mistério de comunhão...</font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Estas exigências de comunhão provocadas pela Comunhão eucarística fazem com que aqueles que não estão em comunhão com o Senhor e com a Igreja no âmbito da vida não possam comungar no âmbito sacramental: <i>“Que cada um examine a si mesmo antes de comer desse Pão e beber desse Cálice” (1Cor 11,28).</i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">O que rompe a comunhão? Basicamente, o pecado, pois fratura a união com Cristo e com a Igreja, Seu Corpo.</font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><font face="arial, sans-serif">Assim, quem se encontra em pecado grave contra o Senhor e contra os irmãos, deve, portanto, aproximar-se antes do sacramento da Reconciliação para poder participar do Corpo do Senhor. Nunca esqueçamos de que o pecado, como acabamos de afirmar, é ruptura de comunhão com Deus em Cristo e com o Seu Corpo, que é a Igreja: </font><i style="font-family: arial, sans-serif;">“</i><i style="font-family: arial, sans-serif;">Nesta linha, o Catecismo da Igreja Católica estabelece justamente: ‘Aquele que tiver consciência dum pecado grave, deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da Comunhão’. Desejo, por conseguinte, reafirmar que vigora ainda e sempre há de vigorar na Igreja a norma do Concílio de Trento que concretiza a severa advertência do apóstolo Paulo, ao afirmar que, para uma digna recepção da Eucaristia, ‘se deve fazer antes a confissão dos pecados, quando alguém está consciente de pecado mortal’. A Eucaristia e a Penitência são dois sacramentos intimamente unidos. Se a Eucaristia torna presente o sacrifício redentor da cruz, perpetuando-o sacramentalmente, isso significa que deriva dela uma contínua exigência de conversão, de resposta pessoal à exortação que São Paulo dirigia aos cristãos de Corinto: ‘Suplicamo-vos em Nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus’ (2Cor 5,20). Se, para além disso, o cristão tem na consciência o peso dum pecado grave, então o itinerário da penitência através do sacramento da Reconciliação torna-se caminho obrigatório para se abeirar e participar plenamente do sacrifício eucarístico” (Ecclesia de Eucharistia, 36-37). </i><font face="arial, sans-serif">É sempre útil recordar que os pecados graves dizem respeito também à vida da comunidade cristã: quem divide a comunidade, quem não aceita construí-la com seus dons e talentos, quem se fecha sobre si mesmo, desprezando a comunidade, que é corpo do Senhor, torna-se inapto para participar do Corpo do Senhor. Do mesmo modo, aquele que rompe gravemente com o irmão, a ponto de não mais reconhecê-lo como tal, também não deve participar do Corpo eucarístico de Cristo.<o:p></o:p></font></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Um outro nível de comunhão, exigido pela Eucaristia, é o da comunhão na mesma doutrina recebida dos Apóstolos e a comunhão com os legítimos pastores da Igreja, de modo particular com o Bispo de Roma, sucessor de Pedro e os Bispos em comunhão com ele. A quebra dos vínculos visíveis de comunhão torna impossível a comunhão no mesmo Corpo eucarístico do Senhor. A este propósito, assim se exprime a Encíclica de São João Paulo II: <i>“A Eucaristia, como suprema manifestação sacramental da comunhão na Igreja, exige, para ser celebrada, um contexto de integridade dos laços, inclusive externos, de comunhão. De modo especial, sendo ela como que a perfeição da vida espiritual e o fim para que tendem todos os sacramentos requer que sejam reais os laços de comunhão nos sacramentos, particularmente no Batismo e na Ordem sacerdotal. Não é possível dar a comunhão a uma pessoa que não esteja batizada ou que rejeite a verdade integral de fé sobre o Mistério eucarístico. Cristo é a Verdade, e dá testemunho da verdade (cf. Jo 14,6; 18,37); o sacramento do Seu Corpo e Sangue não consente ficções” (Ecclesia de Eucharistia, 38)</i>. Já no longínquo século I, Santo Inácio de Antioquia dizia: <i>“</i><i>Vós vos reunis numa única fé e em Jesus Cristo, ao partirdes um único pão, que é remédio de imortalidade”</i>. Para São João Crisóstomo, <i>“esta é a unidade da fé: quando todos formamos uma só coisa, quando todos juntos reconhecemos o que nos une”</i>. A unidade da fé recebida no Batismo é o pressuposto para sermos admitidos na unidade da divina Eucaristia, porque através dela entramos em comunhão com Aquele que acreditamos ser consubstancial ao Pai, segundo a fé que temos Nele. Como se poderia, portanto, comungar Cristo juntamente com pessoas que sobre Ele têm um credo diferente? Tornar-nos-íamos réus do Corpo e Sangue do Senhor (cf. 1Cor 11,27). A Igreja, que é mãe, sente dor e amor por todos os homens, pelos não crentes, os catecúmenos, os que andam longe da fé, mas não tem o poder de dar a comunhão aos não batizados, nem aos que não professam a fé católica e apostólica bem como aos que se encontram objetivamente numa situação contrária à moral cristã. Recebendo o único Pão, entramos nesta única vida em Cristo e entre nós e tornamo-nos assim um único Corpo do Senhor. Fruto da Eucaristia é a união dos cristãos, antes dispersos, na unidade do único Pão e do único corpo eclesial. É por esse mesmo motivo, que a comunhão eucarística só pode ser recebida na unidade com toda a Igreja, superando toda a separação religiosa ou moral. Nunca se deve esquecer de que a Eucaristia não é simplesmente uma experiência pessoal, mas de cada cristão como membro do único Corpo eclesial do Senhor, unido à Cabeça, que é Cristo Senhor, e aos demais membros, todos vivificados e unidos na comunhão do Espírito Santo.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">É preciso, pois, ainda dizer com toda franqueza que não vale o raciocínio dos que querem que nossos irmãos separados comunguem da nossa Eucaristia, dizendo que nós já temos certa comunhão ou ainda que a Eucaristia ajuda a fazer a comunhão e a superar as divisões. Tudo isso é verdadeiro, mas não é argumentação válida para permitir a intercomunhão. São João Paulo II adverte: <i>“A</i><i>celebração da Eucaristia não pode ser o ponto de partida da comunhão, visando a sua consolidação e perfeição. O Sacramento exprime esse vínculo de comunhão quer na dimensão invisível, quer na dimensão visível que implica a comunhão com a doutrina dos Apóstolos, os sacramentos e a ordem hierárquica. A relação íntima entre os elementos invisíveis e os elementos visíveis da comunhão eclesial é constitutiva da Igreja enquanto sacramento de salvação. Somente neste contexto, tem lugar a celebração legítima da Eucaristia e a autêntica participação nela. Por isso, uma exigência intrínseca da Eucaristia é que seja celebrada na comunhão e, concretamente, na integridade dos seus vínculos” (Ecclesia de Eucharistia, 35)</i>.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Nos primeiros séculos de difusão do cristianismo, dava-se a máxima importância ao fato de em cada cidade existir um só Bispo e um só Altar, como expressão da unidade do único Senhor. Cristo dá-Se na Eucaristia todo inteiro e em todo o lugar e, por isso, em toda a parte onde for celebrada, ela torna presente plenamente o mistério de Cristo e da Igreja como mistério de Comunhão com o Senhor e entre os irmãos, membros do mesmo corpo. De fato, Cristo, que forma em todo o lugar um único corpo com a Igreja, não pode ser recebido na discórdia. Precisamente porque Cristo é inseparado e inseparável dos Seus membros, a Eucaristia só tem sentido se celebrada com toda a Igreja e num ambiente de caridade fraterna, de comum profissão da mesma fé católica, de participação ativa de todos e cada membro na vida da comunidade, de cuidado com os fracos e necessitados, de respeito para com os que caíram e estão sofrendo. São exigências da comunhão, exigências da Eucaristia!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Esta Sacramento deve encher os cristãos de saudades: saudade da comunhão íntima com o Senhor na vida de cada dia, saudade da comunhão com os irmãos na comunidade eucarística e com os irmãos que, por toda a terra, formam um só corpo, na comunhão do Corpo de Cristo, saudade dos irmãos que, por um motivo ou outro, não podem comungar eucaristicamente, saudade dos irmãos separados por não estarem conosco na profissão de fé integral, saudade, enfim, de que toda a humanidade possa, um dia, reconhecer a Cristo como Pão que alimenta nosso corpo e nossa alma, o seu Pai como nosso Deus e Pai, o seu Espírito como vida da nossa vida que nos reúne ao redor da mesma Mesa na qual toda a humanidade se reconheça como uma só família. E esta saudade deve tornar-se compromisso de oração, de comportamentos e ações que nos impilam concretamente àquela unidade do Corpo de Cristo que o Senhor tanto quer para a Sua Igreja.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Ainda continuaremos...</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbsq1n1j5PsfMN6qQ1kBfjTO4awZDzBSBtF7D5nf2pGaPJOiYZVq5bc1dKoZYlFPaQu5jiGbbkX8zqbILNIuiNxuG4swmMR9sxo4_96OnIgXgxXEKJHr4DRU8_Zw6ywh5IAqCxcM1owLZV/s640/eucaristia.11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbsq1n1j5PsfMN6qQ1kBfjTO4awZDzBSBtF7D5nf2pGaPJOiYZVq5bc1dKoZYlFPaQu5jiGbbkX8zqbILNIuiNxuG4swmMR9sxo4_96OnIgXgxXEKJHr4DRU8_Zw6ywh5IAqCxcM1owLZV/s320/eucaristia.11.jpg" width="320" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-33344607389469657622020-06-12T09:52:00.001-03:002020-06-12T09:52:13.504-03:00A Eucaristia IX<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Entramos, com este tópico, em mais um aspecto do mistério da Eucaristia. Ela é sacramento de comunhão. Vejamos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Assim se exprime São João Paulo II: <i>“</i><i>O Concílio Vaticano II veio recordar que a Celebração eucarística está no centro do processo de crescimento da Igreja. De fato, depois de afirmar que ‘a Igreja, ou seja, o Reino de Cristo já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus’, querendo de algum modo responder à questão sobre o modo como cresce, acrescenta: ‘Sempre que no Altar se celebra o Sacrifício da Cruz, no qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado (1Cor 5, 7), realiza-se também a obra da nossa redenção. Pelo sacramento do Pão eucarístico, ao mesmo tempo é representada e se realiza a unidade dos fieis, que constituem um só Corpo em Cristo (cf. 1Cor 10, 17)” (Ecclesia de Eucharistia, 21)</i>. Eis: comungando no mesmo pão e no mesmo cálice, Corpo e Sangue do Senhor, pleno do Espírito Santo, nós somos misteriosa e realmente unidos a Cristo e, no Seu Espírito, unidos uns aos outros. É esta contínua união de todos os comungantes com o Senhor e entre si que faz a Igreja manter-se unida e crescer no único Espírito. Eis o motivo pelo qual podemos dizer que a Eucaristia faz a Igreja. Por isso, o celebrante suplica ao Pai que <i>“o Espírito nos uma num só Corpo” (Oração Eucarística II).</i> De que corpo se fala aqui? Do Corpo eucarístico do Senhor e, ao mesmo tempo do corpo eclesial do Senhor: comungando o Corpo eucarístico, tornamo-nos corpo de Cristo, que é a Igreja. De tal modo este Sacramento é sinal e instrumento de unidade, que o Papa São Leão Magno exortava: <i>“Comei deste Pão e não vos separareis; bebei deste Cálice e não vos desagregareis”.</i> A Eucaristia é, portanto, sacramento, isto é, sinal eficaz, da comunhão da Igreja.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Há, então, duas direções nesta comunhão que a Eucaristia cria. Primeiro, uma direção vertical: comungando, somos unidos a Cristo, entramos numa íntima, misteriosa e realíssima comunhão com Ele: <i>“</i><i>A incorporação em Cristo, realizada pelo Batismo, renova-se e consolida-se continuamente através da participação no Sacrifício eucarístico, sobretudo na sua forma plena que é a comunhão sacramental. Podemos dizer não só que cada um de nós recebe Cristo, mas também que Cristo recebe cada um de nós. Ele intensifica a Sua amizade conosco: ‘Chamei-vos amigos’ (Jo 15,14). Mais ainda, nós vivemos por Ele: ‘O que come de Mim viverá por Mim’ (Jo 6,57). Na comunhão eucarística, realiza-se de modo sublime a inabitação mútua de Cristo e do discípulo: ‘Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós’ (Jo 15,4)” (Ecclesia de Eucharistia, 22</i>). Esta comunhão misteriosa e real com o Senhor, que é Cabeça da Igreja, gera uma segunda comunhão, numa direção horizontal: comunhão profunda com os outros, isto é, os irmãos que comungando do mesmo Corpo e Sangue tornam-se “con-corpóreos” e “con-sanguíneos” em Cristo: <i>“Pela comunhão eucarística, a Igreja é consolidada igualmente na sua unidade de corpo de Cristo. A este efeito unificador que tem a participação no Banquete eucarístico, alude São Paulo quando diz aos coríntios: ‘O pão que partimos não é a comunhão do Corpo de Cristo? Uma vez que há um só pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão’ (1Cor 10,16-17). Concreto e profundo, São João Crisóstomo comenta: ‘Com efeito, o que é o pão? É o Corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No Corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só Corpo. De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua perfeita e recíproca fusão, assim também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo’. A argumentação é linear: a nossa união com Cristo, que é dom e graça para cada um, faz com que, Nele, sejamos parte também do Seu corpo total que é a Igreja. A Eucaristia consolida a incorporação em Cristo operada no Batismo pelo dom do Espírito (cf. 1Cor 12,13.27)” (Ecclesia de Eucharistia, 23)</i>.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Por tudo isso, a Igreja, desde a Antiguidade, foi chamada Comunhão dos Santos, porque nasce da comunhão daqueles que participam das Coisas santas, isto é, do Corpo e Sangue de Cristo. O Catecismo da Igreja Católica afirma que a Eucaristia é chamada também de <i>“comunhão, porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna participantes do Seu Corpo e do Seu Sangue para formarmos um só corpo denomina-se ainda ‘as Coisas Santas’ – este é o sentido primeiro da ‘comunhão dos santos’ de que fala o Símbolo dos Apóstolos – Pão dos anjos, Pão do Céus, remédio de imortalidade, viático...” (n. 1331).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Esta comunhão é real, primeiro porque cria e desenvolve em todos os comungantes a mesma Vida do Cristo Senhor, morto e ressuscitado, de modo que a Igreja é o Corpo do Senhor todo vivificado pelo Santo Espírito. É real também porque estimula, pela graça mesma do Senhor, a que vivamos na concórdia, na compreensão, no respeito mútuo, no serviço fraterno e na paz. Além do mais, a co-participação na mesma Eucaristia, exige de nós a solidariedade, em repartir os bens espirituais e materiais com os irmãos. É no contexto eucarístico que devem ser entendidas as palavras dos Atos dos Apóstolos, que são a discrição ideal da Igreja de todos os tempos: <i>“Eles se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, e à comunhão fraterna, è fração do pão e às orações. Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo a necessidade de cada um” (2,42.44). </i>A comum Fração do Pão eucarístico estava ligada à comunhão na mesma doutrina dos apóstolos e exigia, como consequência, a partilha dos bens, de modo que, em qualquer tempo, uma comunidade que parta e reparta o Pão eucarístico, mas se negue a colocar em comum talentos, ideias e bens, procurando suprir, o quanto possível, os mais fracos e carentes, é uma comunidade indigna de celebrar a Eucaristia. Este Sacramento santíssimo, exige a coerência de procurar construir sempre a vida de comunhão nos seus mais diversos aspectos: comunhão de pensamentos, comunhão de oração, comunhão de talentos, comunhão de bens... Eis algumas das lições e exigências da Eucaristia. Comungar no Altar e não comungar na vida seria uma mentira sacrílega! Ora, como a comunhão é sempre ameaçada pelo pecado que gera o egoísmo, raiz de toda divisão, a Eucaristia vai nos dando a misteriosa força do Espírito de unidade e diversidade para que cresçamos nesta comunhão, que é a Igreja: <i>“Nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo” (Oração Eucarística II).</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Continuaremos ainda em outros textos seguintes.</font><font size="2"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJS9zFDjPcFs2EATsLIW_iLZ2CQ8e0S69CHu6UglEuWYLnGF-ZPvJnzX28zlFkeFkNVkd3aJvpgSv0jWCkBbtxXPmMMsY3zheHPn3TfSivxUoyrSQ9XluF4xNQVGZ6U8jjVtS0P7iuupst/s416/eucaristia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJS9zFDjPcFs2EATsLIW_iLZ2CQ8e0S69CHu6UglEuWYLnGF-ZPvJnzX28zlFkeFkNVkd3aJvpgSv0jWCkBbtxXPmMMsY3zheHPn3TfSivxUoyrSQ9XluF4xNQVGZ6U8jjVtS0P7iuupst/s320/eucaristia.jpg" width="320" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-88206003897885193442020-06-11T22:21:00.001-03:002020-06-11T22:21:59.293-03:00A Eucaristia VIII<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">O Catecismo da Igreja Católica afirma: <i>“Cristo Jesus, Aquele que morreu, ou melhor, ressuscitou, Aquele que está à Direita de Deus e que intercede por nós (Rm 8,34), está presente de múltiplas maneiras em Sua Igreja: em Sua Palavra, na oração de Sua Igreja, lá onde dois ou três estão reunidos em Meu Nome (Mt 18,20), nos pobres, nos doentes, nos presos, em Seus sacramentos, dos quais Ele é o autor, no Sacrifício da missa e na pessoa do ministro. Mas sobretudo está presente sob as Espécies eucarísticas (n. 1373).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><font size="4"> </font></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">É verdade que o Senhor Jesus, na força do Seu Espírito, está presente de modos variadíssimos na Sua Igreja, mas, sobretudo, de um modo eminente, Ele Se faz presente no pão e no vinho consagrados na Eucaristia. Ali, Ele está presente do modo mais intenso que se possa encontrá-Lo neste mundo! Ele, que na Última Ceia Se entregou no pão e no vinho, dizendo “isto é o Meu Corpo, isto é o Meu Sangue”, é Aquele mesmo que havia antes prevenido de modo solene: <i>“Em verdade, em verdade, vos digo: ‘Aquele que crê tem a Vida eterna. Eu sou o Pão da vida! A Minha Carne é verdadeiramente uma comida e o Meu Sangue é verdadeiramente uma bebida” (Jo 6,47s.55).</i> Sendo assim, se em todos os sacramentos, Jesus Cristo atua através de sinais sensíveis que, sem mudarem de natureza, adquirem uma capacidade transitória de santificação, como potentes e eficazes instrumentos da graça salvífica do Senhor, na Eucaristia, Ele está presente de modo excelente e pleno com o Seu Corpo e Sangue, Alma e Divindade, dando ao homem toda a Sua Pessoa e a Sua Vida divina, tudo quanto viveu entre nós amorosamente, até o extremo da entrega na Cruz. Tudo isso está presente no pão e no vinho consagrados.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">A Igreja sempre acreditou nesta maravilhosa realidade e insondável mistério da presença real do Senhor Jesus. Com a transformação ocorrida na consagração das Espécies eucarísticas, o Senhor torna-Se presente no seu Corpo e Sangue. Os santos padres, doutores da Igreja Antiga, para exprimir a mudança do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor, falavam de “metabolismo” do pão e do vinho em Corpo e Sangue. São Tomás de Aquino recordava que a Eucaristia é o sacramento da presença de Cristo. Isso a distingue dos outros sacramentos. O Santo Doutor dizia que ela “re-presenta” Cristo, no sentido de tornar Cristo realmente presente, já que a Eucaristia não é uma devota recordação, mas a presença efetiva, real, verdadeira e eficaz do Senhor morto e ressuscitado, que quer atingir todos os homens<i>. </i>E ele explicava ainda que o significado do Sacramento é tríplice: <i>“O primeiro diz respeito ao passado, enquanto comemora a Paixão do Senhor, que foi um verdadeiro Sacrifício... Por isso, é chamado sacrifício. O segundo diz respeito ao efeito presente, ou seja, à unidade da Igreja, em que os homens são reunidos por meio deste Sacramento. O terceiro significado diz respeito ao futuro: pois este Sacramento é prefigurativo da Bem-aventurança divina, que se realizará na Pátria”</i>. Também São Boaventura contribuiu para a teologia da Eucaristia, insistindo no espírito de piedade necessário para comungar Cristo. Recorda-nos ele que, na Eucaristia, além das palavras da Última Ceia, realiza-se a promessa do Senhor: <i>“Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo” (Mt 28,20)</i>. Portanto, no Sacramento, Ele está real e verdadeiramente presente na Igreja.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Foi o Concílio de Trento que, como Magistério da Igreja, melhor exprimiu esta presença real do Senhor. O Concílio insistiu na presença verdadeira, real e substancial do Senhor Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sob as espécies do pão e do vinho. Afirmou, do mesmo modo, que o Corpo do Senhor está presente não só no pão, mas também no vinho, e que o Seu Sangue está presente não só no vinho, mas também no pão. Em outras palavras: Jesus, nosso Senhor, não está parte no vinho e parte no pão, mas Se encontra real e perfeitamente todo no vinho e todo no pão. Explicou também que, em ambas as espécies, o Senhor Jesus Cristo está presente com a Sua Alma humana e com a Sua Divindade. Portanto, Cristo, Verbo do Pai, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, está presente todo inteiro sob as duas espécies e em cada parte delas. O mesmo Concílio definiu ainda a “transubstanciação”, isto é a mudança real da substância do pão no Corpo de Cristo e da substância do vinho no seu divino Sangue. A Encíclica <i>Ecclesia de Eucharistia</i> recorda: <i>“</i><i>A reprodução sacramental na Santa Missa do Sacrifício de Cristo coroado pela Sua Ressurreição implica uma presença muito especial; chama-se ‘real’, não a título exclusivo como se as outras presenças não fossem ‘reais’, mas por excelência, porque é substancial, e porque por ela se torna presente Cristo completo, Deus e homem. Reafirma-se assim a doutrina sempre válida do Concílio de Trento: ‘Pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do Seu Sangue; a esta mudança, a Igreja católica chama, de modo conveniente e apropriado, transubstanciação’. Verdadeiramente a Eucaristia é mistério de fé, mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceita pela fé, como lembram frequentemente as catequeses patrísticas sobre este sacramento divino. ‘Não hás de ver – exorta São Cirilo de Jerusalém – o pão e o vinho [consagrados] simplesmente como elementos naturais, porque o Senhor disse expressamente que são o Seu Corpo e o Seu Sangue: a fé o assegura a ti, ainda que os sentidos possam sugerir-te outra coisa” (n. 15).</i> Assim, segundo a fé católica, recebida dos apóstolos e conservada fielmente na Igreja de Cristo, a presença eucarística do Senhor Jesus morto e ressuscitado começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as Espécies eucarísticas. Em outras palavras, enquanto houver o pão e o vinho consagrados, há realmente Corpo e Sangue do Senhor. São João Paulo II, citando São Paulo VI, afirmou claramente na sua Encíclica eucarística: <i>“Permanece o limite apontado por Paulo VI: ‘Toda a explicação teológica que queira penetrar de algum modo neste mistério, para estar de acordo com a fé católica deve assegurar que na sua realidade objetiva, independentemente do nosso entendimento, o pão e o vinho deixaram de existir depois da consagração, de modo que a partir desse momento são o Corpo e o Sangue adoráveis do Senhor Jesus que estão realmente presentes diante de nós sob as espécies sacramentais do pão e do vinho’” (Ecclesia de Eucharistia, 15)</i>. Portanto, não basta afirmar que Cristo está no pão ou está no vinho; é necessário afirmar que Cristo é o pão e Cristo é o vinho e naquelas espécies consagradas nada há que não seja o Cristo Senhor, morto e ressuscitado. Imenso mistério! Mistério de amor! <i>Mysterium fidei</i> – mistério da fé!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Pode-se perguntar o motivo de o Senhor dar-Se assim, tão realisticamente, no pão e no vinho. Apontemos algumas razões: (1) A nossa união real e íntima com Ele que, na comunhão, não somente está conosco, mas também em nós, fazendo com que nós estejamos Nele. (2) A edificação da Igreja, já que comungando todos do mesmo Corpo e Sangue do Senhor, tornamo-nos Nele cada vez mais um só corpo, que é a Igreja, segundo a palavra do Apóstolo: <i>“O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que participamos deste único pão” (1Cor 10,16).</i> Esta unidade não é simplesmente simbólica ou sentimental, mas real, pois é unidade no Corpo do Senhor, pleno do Espírito Santo. (3) A nossa divinização, pois, recebendo o Corpo e Sangue do Senhor, recebemos a própria Vida divina, alimentando-nos com o próprio Cristo ressuscitado pleno do Espírito Santo que dá Vida: <i>“Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que come de Mim viverá por Mim” (Jo 6,56s).</i> (4) Finalmente, comungando do Corpo e Sangue Daquele que morreu e ressuscitou, recebemos como alimento a própria Vida eterna, Vida de ressurreição: <i>“Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a Vida eterna, e Eu o ressuscitarei no Último Dia. Quem come deste Pão viverá eternamente” (Jo 6,54.58c).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Diante de tal dom, nossa resposta é não somente a fé agradecida, mas também a viva sede da comunhão frequente e da adoração piedosa. São João Crisóstomo afirmava: <i>“Quando estás para abeirar-te da sagrada Mesa, acredita que nela está presente o Senhor de todos”.</i> Por isso, a adoração é inseparável da comunhão. Neste sentido, a Igreja desde tempos remotos, recomenda aos seus filhos que se detenham frequentemente em adoração ao Senhor sacramentado. São João Paulo II quis renovar essa recomendação: <i>“</i><i>O culto prestado à Eucaristia fora da Missa é de um valor inestimável na vida da Igreja, e está ligado intimamente com a celebração do Sacrifício eucarístico. A presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa – presença essa que perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do vinho – resulta da celebração da Eucaristia e destina-se à comunhão, sacramental e espiritual. Compete aos Pastores, inclusive pelo testemunho pessoal, estimular o culto eucarístico, de modo particular as exposições do Santíssimo Sacramento e também as visitas de adoração a Cristo presente sob as Espécies eucarísticas. É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o Seu Peito como o discípulo predileto (cf. Jo 13,25), deixar-se tocar pelo amor infinito do Seu Coração. Se atualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela arte da oração, como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação, apoio! Desta prática, muitas vezes louvada e recomendada pelo Magistério, deram-nos o exemplo numerosos Santos. De modo particular, distinguiu-se nisto Santo Afonso Maria de Ligório, que escrevia: ‘A devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós’. A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã que queira contemplar melhor o rosto de Cristo... não pode deixar de desenvolver também este aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do Corpo e Sangue do Senhor” (Ecclesia de Eucharistia, 15</i>).<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Portanto, não tenhamos dúvidas: se as Espécies eucarísticas destinam-se primeiramente a ser consumidas em comunhão fraterna durante a celebração da Santa Missa, também podem e devem ser adoradas não somente no momento mesmo da consagração – quando devemos todos nos ajoelhar de modo reverente a adorante -, mas também fora da missa, em adoração pessoal ou comunitária. Estas são as constantes consciência e doutrina da Igreja, da qual nenhum católico deveria duvidar.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Ay8nyLko4DHTEznc4Yk6k42MiOSgsuwwYEHBa7PukgDwzc1Rt6BvzftS9ztGNx_bj8HTU9vWmuo8qvs7CbJ1R0zmLRA1OHzEP7iSaJrfLfVDQaAcA7d3YDzd4hjiL1vARE030Ffus4sm/s500/adorac%25CC%25A7a%25CC%2583o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Ay8nyLko4DHTEznc4Yk6k42MiOSgsuwwYEHBa7PukgDwzc1Rt6BvzftS9ztGNx_bj8HTU9vWmuo8qvs7CbJ1R0zmLRA1OHzEP7iSaJrfLfVDQaAcA7d3YDzd4hjiL1vARE030Ffus4sm/s320/adorac%25CC%25A7a%25CC%2583o.jpg" width="320" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-59905615428272690932020-06-11T21:54:00.001-03:002020-06-11T21:54:22.185-03:00A Eucaristia VII<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Se é certo que a Eucaristia é verdadeiramente o Sacrifício de Cristo, não o é menos que tal Sacrifício foi entregue à Igreja sob a forma de um Banquete: <i>“A Missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o Memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da Cruz, e o Banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fieis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que Se ofereceu por nós” (Catecismo, 1382).</i>Assim, a Eucaristia é também Banquete: o Altar do sacrifício é também a Mesa sagrada da refeição e da comunhão com o Senhor e os irmãos! Nunca, absolutamente, pode ser esquecido qu a finalidade última de Eucaristia não é a simples comunhão individual do fiel, mas a comunhão da Assembleia no Corpo do Senhor, de modo a ser tornada, num só Espírito, Corpo do Senhor, isto é, Igreja de Deus, Comunhão de todos com o Cristo Cabeça e de todos entre si, como membros de um só Corpo. Dizia São João Paulo II <i>“</i><i>A Eucaristia é verdadeiro banquete, onde Cristo Se oferece como alimento. A primeira vez que Jesus anunciou este alimento, os ouvintes ficaram perplexos e desorientados, obrigando o Mestre a insistir na dimensão real das Suas palavras: ‘Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a Vida em vós’ (Jo 6, 53). Não se trata de alimento em sentido metafórico, mas ‘a Minha Carne é, em verdade, uma comida, e o Meu Sangue é, em verdade, uma bebida’ (Jo 6, 55)” (Ecclesia de Eucharistia, 16)</i>. Por isso mesmo, dá-se também à Eucaristia o nome de Ceia do Senhor (cf. 1Cor 11,20), já que este sacramento é a celebração daquela Ceia que Jesus, nosso Salvador, comeu com os Seus discípulos na véspera da Páscoa. Tal Ceia era já a celebração ritual, em gestos, palavras e símbolos, daquilo que o Cristo Jesus iria realizar no dia seguinte: Ele Se entregaria totalmente na Cruz, dando-nos Seu Corpo e Seu Sangue: “Comei: isto é o Meu Corpo que será entregue na Cruz! Bebei: isto é o Meu Sangue que será derramado por vossa causa!” Esta Ceia sagrada, chamada Última Ceia, já antecipava misteriosamente a Ceia das núpcias do Cordeiro, núpcias de Cristo ressuscitado com Sua Esposa, a Igreja, na Jerusalém celeste: <i>“Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco antes de sofrer; pois Eu vos digo que já não mais a comerei até que ela se cumpra no Reino de Deus” (Lc 22,15-16).</i> O Apocalipse, fazendo eco às palavras do Senhor, proclama: <i>“Felizes aqueles que foram convidados para o Banquete das núpcias do Cordeiro” (19,9).</i> Participar da Ceia do Senhor é não somente participar da Ceia que Jesus Cristo celebrou como memorial de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, mas também já antecipar e saborear, na força do Espírito Santo, a Ceia do Banquete celeste, quando o próprio Esposo, Jesus, será o alimento eterno para Sua Esposa. Em outras palavras: é uma Ceia que começa na terra e durará no Céu, por toda a eternidade! Assim canta a liturgia: <i>“Ó sagrado Banquete, em que de Cristo nos alimentamos. Celebra-se o memorial de Sua Paixão, o espírito é repleto de graça e se nos dá o penhor da Glória”.</i> Neste mesmo sentido, São João Paulo II afirmava: <i>“</i><i>A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de Céu que se abre sobre a terra; é um raio de Glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, 19.)</i><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">No Antigo Testamento, além dos holocaustos (figuras do Sacrifício que Cristo ofereceu e se torna presente em cada Eucaristia), conhecia-se também os sacrifícios de comunhão: neles se oferecia uma parte da vítima no altar e a outra parte era consumida num banquete pelos fieis na presença do Senhor, significando que o Senhor e o fiel comiam da mesma comida, de modo que o homem alimentava-se à mesa de Deus, a criatura participava da Vida do Criador, pois, para os orientais, comer à mesma mesa significa participar da mesma vida, da mesma sorte, significa ser amigos (cf. Lv 7,11-21; 22,29-30). Tudo isto era preparação para a comunhão que o Senhor queria estabelecer conosco, uma comunhão inimaginável, estupenda: Ele próprio daria o Seu Filho, morto e ressuscitado, pleno do Espírito Santo, como nosso alimento, como Vida de nossa vida! Então, participar do Banquete eucarístico é participar da Vida que o próprio Deus entregou ao Seu Filho ao ressuscitá-Lo dos mortos: <i>“Deus nos deu a Vida eterna e esta Vida está em Seu Filho! Quem tem o Filho, tem a Vida” (1Jo 5,11).</i> É por isso que Jesus, nosso Senhor, disse claramente: <i>“Em verdade em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a Vida em vós” (Jo 6,53).</i> Eis, que mistério tão grande e tão santo: participar do Pão e do Vinho eucarísticos é entrar em comunhão de Vida com Aquele que é Imolado e Ressuscitado, com o Cordeiro eternamente imolado por nós! Participar das Espécies eucarísticas, das Coisas santas, é receber a própria Vida, aquela que o Salvador Jesus recebeu na Sua Ressurreição, aquela Vida que estava junto do Pai e que nos apareceu (cf. 1Jo 1,2). Cada participação na Eucaristia é uma transfusão de Vida eterna que recebemos, até que a consumemos na Glória!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Comungar no Corpo e no Sangue do Senhor, Cabeça da Igreja, é também entrar em comunhão com os irmãos que formam a Igreja. Nós somos “con-corpóreos” e “con-sanguíneos” uns dos outros porque todos temos um só corpo (o Corpo de Cristo) e temos um só sangue (o Sangue de Cristo). Somos irmãos carnais, irmãos de Sangue, irmãos eucarísticos: <i>“O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1Cor 10,16s)</i>. No Banquete eucarístico acontece a comunhão entre nós e Cristo e, por Ele, a comunhão entre nós, no único Espírito Santo de Cristo ressuscitado. Santo Agostinho afirmava: <i>“Se sois o corpo e os membros de Cristo, é o vosso sacramento que é colocado sobre a Mesa do Senhor; recebeis o vosso sacramento. Respondeis ‘Amém’ àquilo que recebeis, e confirmais ao responder. Ouvis esta palavra: ‘O Corpo de Cristo’, e respondeis: ‘Amém’. Sede, pois, um membro de Cristo, para que o vosso Amém seja verdadeiro”. </i>Assim, o Pão e o Vinho eucarísticos, que foram cristificados pela ação do Espírito do Ressuscitado, edificam a Igreja: neste santo Banquete nos tornamos sempre mais Corpo do Senhor, Igreja do Senhor: <i>“Olhai com bondade a oferenda da Vossa Igreja, reconhecei o Sacrifício que nos reconcilia Convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e Sangue do Vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito” (Oração Eucarística III)</i>. Ora, é o Espírito do Cristo morto e ressuscitado recebido em comunhão, que nos faz ser um só corpo e um só espírito, que é a Igreja. Assim se exprimia o diácono Santo Efrém: <i>“(Cristo) chamou o pão Seu Corpo vivo, encheu-o de Si próprio e do Seu Espírito. E aquele que o come com fé, come Fogo e Espírito. Tomai e comei-O todos; e, com Ele, comei o Espírito Santo. De fato, é verdadeiramente o Meu Corpo, e quem O come viverá eternamente”</i>. Por tudo isso, a participação no Banquete eucarístico nos compromete profundamente com a vida da Igreja, de modo que quem não quer viver como Igreja-comunidade em comunhão não pode participar da Eucaristia, que é <i>“sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”</i>, mais forte que todo pecado, todo isolamento e toda divisão.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Além do mais, a participação e comunhão nas mesmas Espécies eucarísticas, Corpo e Sangue do Senhor, compromete-nos, na caridade de Cristo, com os irmãos carentes e sofredores, sobretudo com os pobres. São João Crisóstomo ensinava assim: <i>“Degustaste o Sangue do Senhor e não reconheces sequer o teu irmão. Desonras esta própria Mesa, não julgando digno de compartilhar do teu alimento aquele que foi julgado digno de participar desta Mesa. Deus te libertou de todos os teus pecados e te convidou para esta Mesa. E tu, nem mesmo assim, te tornaste mais misericordioso”.<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"> </font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Por tudo isso, é absolutamente incompreensível que alguém participe da Missa sem comungar, a não ser em casos realmente extraordinários e justificáveis! O Sacrifício eucarístico tende para esta comunhão entre nós e o Cristo, que se consuma quando comungamos! Repetimos: somente por razões gravíssimas devemos nos abster da comunhão! E nestes casos, o Senhor sabe suprir essa carência com a Sua graça e a Sua misericórdia! Caso contrário, temos a obrigação de amor e de sede de Vida de procurar o sacramento da Penitência e nos reconciliar com Cristo e a Igreja, de modo a participar plenamente do Banquete eucarístico! Certamente, há casos em que o mais aconselhável é não receber a comunhão... Mas aí não é por desleixo ou descaso, mas por coerência e coragem de quem é maduro para assumir que está em alguma situação particularmente problemática em relação ao Evangelho. É o caso, por exemplo, dos que estão unidos em segunda união já sendo casados sacramentalmente e o primeiro cônjuge ainda esteja vivo. Nesses casos, o Senhor também vem a esses irmãos e para eles, pois conhece a sua história e vê o seu coração. É preciso recordar que, se a Igreja está ligada aos sacramentos, o Senhor não está: Ele é o Senhor dos sacramentos e pode vir com a Sua graça de modo desconhecido e inesperado para nós. É bom recordar também que aqui não se trata de julgar os outros ou dizer que alguém não é digno de comungar! Quem de nós é digno? Quem ousaria pensar-se digno do Senhor? A Igreja, ao invés, nos ensina a dizer, antes de cada comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada!” A regra, no entanto, é clara: o quanto possível, comungar sempre, em cada Eucaristia da qual participarmos!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Terminemos este texto com as palavras da Liturgia de São João Crisóstomo: <i>“Ó Filho de Deus, faz-me hoje participante do Teu místico Banquete. Não entregarei o Teu Mistério aos Teus inimigos nem Te darei o beijo de Judas. Mas, como o ladrão, eu Te digo: Recorda-Te de mim, Senhor, quando estiveres no Teu Reino!”</i></font><font size="3"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><i><br /></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><font size="4"></font></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="4"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikygaLeej1mJjxmxe9GgK-2ht4IrPfhkCGFD_UPHzeTJjXb0jfy96K3AQlUGvrbRxiMIpLaTgNCu6getXiseztNHBYh9qDTUNiVfnsinKa9ipqcFXEqyaOH0p4FNYqJldoJMtdFy_Iha8S/s800/eucarisita.9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikygaLeej1mJjxmxe9GgK-2ht4IrPfhkCGFD_UPHzeTJjXb0jfy96K3AQlUGvrbRxiMIpLaTgNCu6getXiseztNHBYh9qDTUNiVfnsinKa9ipqcFXEqyaOH0p4FNYqJldoJMtdFy_Iha8S/s320/eucarisita.9.jpg" width="320" /></a></font></div><font size="4"><i><br /></i></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-51522290440042897852020-06-11T15:32:00.000-03:002020-06-11T21:22:56.151-03:00A Eucaristia VI<p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Depois de apresentar alguns tópicos mais gerais sobre o Sacramento da Eucaristia, vejamos agora alguns aspectos específicos deste Mistério tão rico e central para a nossa fé. Vou fazê-lo tendo consciência de que por mais que escreva aqui, muito mais resta por dizer! Minha intenção é tão somente ajudar os Irmãos de fé a saborear e viver sempre melhor este inestimável dom que o Senhor concedeu à Sua Igreja para que não vivamos para nós, mas o Cristo que por nós e para nós Se entregou e perpetua entre nós a Sua eterna entrega no Sacramento eucarístico! <o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Assim diz o Catecismo da Igreja: <i>“Quando a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a Páscoa de Cristo, e esta se torna presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na Cruz torna-se sempre atual: Todas as vezes que se celebra no Altar o sacrifício da Cruz, pelo qual Cristo nossa Páscoa foi imolado, efetua-se a obra da nossa redenção. Por ser memorial da Páscoa de Cristo, a Eucaristia é também um sacrifício. O caráter sacrifical a Eucaristia é manifestado nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós’, e ‘Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue, que vai ser derramado por vós’ (Lc 22,19s). Na Eucaristia, Cristo dá este mesmo Corpo que entregou por nós na Cruz, o próprio Sangue que ‘derramou por muitos para remissão dos pecados’ (Mt 26,28)” (Catecismo, 1365). </i>A Celebração Eucarística é, portanto, memorial, isto é, o tornar-se presente, no aqui e no agora da vida da Igreja e da vida de cada um de nós, daquele único e irrepetível Sacrifício que Jesus, nosso Salvador, ofereceu na Cruz e que, para sempre, encontra-se no Santuário eterno dos Céus, no seio da Trindade Santa, onde Ele, Sacerdote eterno, oferece-Se como Vítima eterna num eterno Sacrifício, como Cordeiro gloriosamente imolado (cf. Hb 7,20 – 8,5; Ap 5,6). <i>“O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único Sacrifício: ‘É uma só e mesma Vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que Se ofereceu a Si mesmo então na Cruz. Apenas a maneira de oferecer difere”</i> <i>(Catecismo, 1367).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Assim, a Eucaristia torna presente, “presentifica”, o único e irrepetível sacrifício do Cristo salvador; sacrifício que o Senhor Jesus deu à Sua Igreja para que ela o ofereça até que Ele venha em Sua Glória. Por isso mesmo, é chamado de Sacrifício de louvor, Sacrifício espiritual (porque oferecido na força do Espírito Santo), sacrifício puro e santo (porque sacrifício do próprio Cristo Jesus). Este santo sacrifício da Missa leva à plenitude todos os sacrifícios de todas as religiões e, particularmente, aqueles do Antigo Testamento. Podemos até recordar as palavras da profecia de Malaquias, na qual Deus prometia a Israel um sacrifício perfeito ao Seu Nome: <i>“Sim, do levantar do sol ao seu poente o Meu Nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao Meu Nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (1,11).</i> Cristo, com Seu Sacrifício único e irrepetível, que entregou à sua Igreja para celebrá-lo até que Ele venha, ofereceu este Sacrifício, cumprindo a profecia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Quando a Igreja fala em sacrifício de Cristo, ela não pensa simplesmente no que aconteceu no Calvário. Toda a existência humana de Jesus, nosso Salvador, teve um caráter sacrifical. O Autor da Carta aos Hebreus, falando do Cristo o momento de Sua Encarnação, afirma: <i>“Ao entrar no mundo, Ele afirmou: ‘Tu não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-Me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram do Teu agrado. Por isso Eu digo: Eis-Me aqui, - no rolo do livro está escrito a Meu respeito – Eu vim, ó Deus, para fazer a Tua vontade” (Hb 10,5).</i> O Senhor Jesus viveu a toda Sua vida entre nós, desde o primeiro momento, no amor, no abandono, na obediência, como uma oferta sacrifical ao Pai para nossa salvação. Toda esta existência sacrifical e sacerdotal chegou ao máximo no sacrifício da Cruz. Ali, naquele acontecimento tremendo, verificou-se a palavra da Escritura: <i>“Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo” (Jo 13,1).</i> Assim sendo, quando celebramos a Eucaristia, é toda esta vida sacrifical, esta vida doada aos irmãos por amor ao Pai, que se torna presente sobre o Altar para a nossa salvação. Mais ainda: como esta entrega, consumou-se com a resposta do Pai ao Seu Filho, ressuscitando-O dentre os mortos, a Eucaristia é o próprio Mistério pascal: no Altar, torna-se misteriosamente presente a existência humana do Cristo Jesus inteira: Seus dias entre nós, Sua Paixão, Morte, Sepultura, Sua Ressurreição e Ascensão e até mesmo a certeza da Sua Vinda gloriosa: <i>“Celebrando, agora, ó Pai, a memória da nossa redenção, anunciamos a Morte de Cristo e Sua Descida entre os mortos, proclamamos a Sua Ressurreição e Ascensão à Vossa Direita, e, esperando a Sua Vinda gloriosa, nós Vos oferecemos o Seu Corpo e Sangue, Sacrifício do Vosso agrado e salvação do mundo inteiro” (Oração eucarística IV).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Porque é o Sacrifício do próprio Cristo, Filho de Deus feito homem, numa total obediência amorosa ao Pai por nós, a Eucaristia é aquele Sacrifício perfeito de que falava a profecia de Malaquias 1,11. É o que afirma a própria liturgia : <i>“Por Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais Vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o Vosso Povo, para que Vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito” (Oração Eucarística III).</i> A Igreja oferece, pois, este santíssimo Sacrifício, de eficácia e valor infinitos, pelos vivos e pelos mortos, por crentes e descrentes e até mesmo por toda a criação: <i>“E agora, ó Pai, lembrai-Vos de todos pelos quais Vos oferecemos este Sacrifício: o vosso servo, o Papa, o nosso Bispo, os Bispos do mundo inteiro, os presbíteros e todos os ministros, os fieis que, em torno deste Altar, Vos oferecem este Sacrifício, o Povo que Vos pertence e todos aqueles que Vos procuram de coração sincero” (Oração Eucarística IV).</i> Neste Sacrifício perfeito e infinito, a Igreja, repleta do Santo Espírito do Messias glorioso, como Povo sacerdotal em Cristo, louva, agradece, suplica, pede perdão, adora e intercede por si e pelo mundo inteiro, tudo isto unida ao próprio Cristo, Seu Cabeça e Esposo. Por isso, nenhuma outra celebração se iguala ao Sacrifício eucarístico em força, santidade e eficácia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Celebrar este Sacrifício santo nos compromete profundamente, seja pessoalmente seja como Igreja: <i>“O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16).</i>Segundo estas palavras de São Paulo, participar da Eucaristia é participar da vida sacrifical de Jesus, nosso Senhor, é estar dispostos a fazer de nossa vida uma participação no Seu Sacrifício, completando em nossa existência o mistério da Cruz do Senhor (cf. Cl 1,24). Em cada Eucaristia, com Jesus, o Messias Sacerdote eterno, oferecemos ao Pai a nossa própria vida. Eis como nossa participação no Sacrifício eucarístico nos compromete profundamente. Não poderia participar desse Altar quem não estivesse disposto a se oferecer cada dia com Cristo e como Cristo: <i>“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus; este é o vosso culto racional (isto é, consciente, livre, coerente e consequente). E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Rm 12,1-2).<o:p></o:p></i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Continuaremos ainda nos próximos textos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font size="4"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbvkQ4pzABLUf2Cf_yBSfnbAQK_UII2T60PppEqkWcQAjch77cwuInjVwR7WH4wXZajab9RPLKblbo7gLSE3s2TgohxQfElZKmmp28hZ3sR8D_t3WA0VAtROM4vf0uDnmcviuirG3j4jna/s490/eucaristia.6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="324" data-original-width="490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbvkQ4pzABLUf2Cf_yBSfnbAQK_UII2T60PppEqkWcQAjch77cwuInjVwR7WH4wXZajab9RPLKblbo7gLSE3s2TgohxQfElZKmmp28hZ3sR8D_t3WA0VAtROM4vf0uDnmcviuirG3j4jna/s320/eucaristia.6.jpg" width="320" /></a></font></div><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-5658712681179742592020-06-11T14:08:00.001-03:002020-06-11T14:08:13.132-03:00Hino ao Cristo Deus<p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4"><i>Da Liturgia Maronita:</i></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Nós Te glorificamos, Altíssimo Senhor Jesus!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Te Te abaixaste, para nos elevar.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Tu Te humilhaste, para nos exaltar.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Tu Te fizeste pobre, para nos enriquecer.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Homem, nasceste para que pudéssemos nascer.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Jejuaste, Senhor, e mataste a nossa fome.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Prisioneiro Te fizeste e nos libertaste.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Inocente, foste julgado, e nos deste a inocência.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Guardaste silêncio, para perdoar nossas palavras.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">A Ti, as bofetadas; a nós a Tua ternura.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Despojamos-Te das vestes, e nos revestiste de graça.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Amarramos-Te à coluna, e nos desamarraste do pecado.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Nós Te crucificamos e Tu nos salvaste.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Foste coroado de espinhos, para que fôssemos reis.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">A Ti, o fel e o vinagre, e a nós o Teu amor.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">A Ti, a morte, a nós a Vida.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Mas, ressuscitaste para repartir conosco a Tua Glória.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Subindo aos Céus, para o Alto nos atrais.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Enviaste o Paráclito à Igreja, para que sejamos santos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4">Amém.</font><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiRcZKhu9VQ6pwVMtvPfuMhjP-8VTSP3PvngeztqBrMmQIpElH-0zo_8rs-7254EyDpR9Dwyv2qM2yKdJxskhA9FqC3odoFzsQWHkFCXoD6PF7RM58ON7tXeiWuTowN3-6E8nXVPD2Nf5x/s314/cristo+e+o+disci%25CC%2581pulos+amado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="314" data-original-width="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiRcZKhu9VQ6pwVMtvPfuMhjP-8VTSP3PvngeztqBrMmQIpElH-0zo_8rs-7254EyDpR9Dwyv2qM2yKdJxskhA9FqC3odoFzsQWHkFCXoD6PF7RM58ON7tXeiWuTowN3-6E8nXVPD2Nf5x/" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-78728935026019104232020-06-11T12:04:00.002-03:002020-06-11T12:04:58.988-03:00A Eucaristia V<p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><font size="4"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Nos últimos dois tópicos, vimos textos da Sagrada Escritura que tratam da Eucaristia. Agora, veremos alguns textos da Igreja antiga, que mostram bem o quanto a Comunidade cristã sempre celebrou e viveu o Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Santo Inácio de Antioquia, mártir de Cristo, lá pelo final dos anos 90 do século I da era cristã, aconselhava aos Efésios: <i>“Procurai, pois, reunir-vos com mais frequência, para dar a Deus a ação de graças (fazer a Eucaristia) e louvor. Porque quando vos congregais com frequência num mesmo lugar, quebram-se as forças de Satanás”.</i> Para o santo bispo de Antioquia, a Eucaristia, único Corpo do Senhor, é sacramento (isto é, sinal eficaz, operante, que torna presente e atuante o que é celebrado nos símbolos e ritos) da unidade da Igreja. Aos filadélfios, ele exortava: <i>“Esforçai-vos, portanto, para usar uma só Eucaristia, pois uma só é a Carne de nosso Senhor Jesus Cristo e um só é o cálice que nos une no Seu Sangue, um só altar, como um só Bispo junto com o presbitério e com os diáconos”.</i> É importante observar como a Eucaristia não é uma realidade privada, para simples piedade pessoal e íntima, mas é o Sacramento que nos une a Cristo, como membros do Seu Corpo e, assim, nos une reciprocamente no Senhor, fazendo-nos Igreja Corpo de Cristo. A Eucaristia gera a Igreja e dela é Sacramento! Sendo conduzido preso para Roma para ser jogado às feras por causa de Cristo, Santo Inácio assim escrevia aos romanos: <i>“Não sinto prazer pela comida corruptível nem pelos deleites desta vida. Quero o pão de Deus, que é a Carne de Jesus Cristo e por bebida, quero o Sangue Dele, o qual é a caridade incorruptível”.</i> Compreendamos: o sangue derramado, isto é, a vida entregue livremente por amor, é a máxima manifestação do amor-caridade do Senhor por nós, caridade incorruptível!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Um outro belo testemunho encontra-se na Didaqué, que é praticamente o primeiro catecismo da Igreja, escrito lá pelo final do século I. Com palavras que hoje emocionam qualquer católico, o autor, no início do cristianismo, orienta os cristãos sobre o modo de celebrar o Sacramento da Missa: <i>“No que concerne à Eucaristia, celebrai-a da seguinte maneira: primeiro sobre o cálice, dizendo: ‘Nós Te damos graças (</i>eucharistoumen<i> = Te fazemos Eucaristia), nosso Pai, pela santa vinha de Davi, Teu Servo (a vinha é a Igreja, Davi é o Cristo, o Ungido do Pai), que Tu revelaste por Jesus, Teu Servo. A Ti a glória pelos séculos! Amém’. Sobre o pão a ser fracionado: ‘Nós Te agradecemos, nosso Pai, pela Vida e pelo conhecimento que nos revelaste por Jesus, Teu Servo. A Ti a glória pelos séculos. Amém. Ó Pai, da mesma maneira como este pão partido fora primeiro semeado sobre as colinas e depois recolhido para tornar-se um, assim, das extremidades da terra seja unida a Tua Igreja em Teu Reino!’ Ninguém coma nem beba de vossa Eucaristia, se não estiver batizado em Nome do Senhor. Pois a respeito dela o Senhor disse: ‘Não deis aos cães as coisas santas!’”</i> Observemos como neste texto a Eucaristia aparece como ação de graças ao Pai por Jesus, o Messias, e como o Sacramento que reúne a Igreja na unidade. Insisto: a Eucaristia nunca foi concebida pelos cristãos simplesmente como comunhão da hóstia, desvinculada do contexto do Banquete sacrifical e nunca foi pensada como uma realidade a ser recebida para o deleite privado! Não: ela é Sacramento da própria Igreja, Corpo do Senhor! Nós dela participamos como membros desse Corpo e para a edificação e divinização do Corpo! É como membros do Corpo do Senhor, membros do Povo santo de Deus, Povo da nova e eterna Aliança, que participamos do Sacrifício eucarístico e comungamos no Corpo eucarístico para estarmos na comunhão do Corpo eclesial! Mais adiante, ainda na Didaqué, o autor recomenda: <i>“Reuni-vos no Dia do Senhor (Domingo, Dies Domini) para a Fração do Pão e celebrai a Eucaristia, depois de haverdes confessado vossos pecados, para que vosso Sacrifício seja puro. Mas todo aquele que vive em discórdia com o outro, não se junte a vós antes de se ter reconciliado, a fim de que vosso Sacrifício não seja profanado. Com efeito, deste Sacrifício disse o Senhor: ‘Em todo o lugar e em todo o tempo se Me oferece um Sacrifício puro, porque sou um grande Rei – diz o Senhor – e o Meu Nome é admirável entre todos os povos!’”</i> É emocionante ver um texto do primeiro século cristão que exprime a fé da Igreja apostólica e perceber que ainda hoje, dois mil anos depois, a Igreja de Cristo permanece fiel à fé de nossos antepassados: no Domingo, os cristãos participavam da Eucaristia, sabendo que ela é o Sacrifício do Senhor Jesus! Observa também, mais uma vez: não pode participar do Sacrifício do Corpo de Cristo quem vive na discórdia, na divisão em relação ao Corpo do Senhor! A Eucaristia é Sacramento da unidade do Corpo com Cristo Cabeça e entre os seus membros! Dá pena ver tantas e tantos grupos cristãos que, abandonando a fé católica, recebida desde o início, mutilaram tristemente a fé transmitida pelos Apóstolos!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Num outro texto desta série sobre a Eucaristia, já citei um belíssimo texto de São Justino, mártir, que lá pelo ano 155, explicava como se celebrava este Sacramento. Agora, cito ainda um texto seu. Vele a pena! <i>“Este alimento é chamado entre nós de Eucaristia, do qual a nenhum outro é permitido participar, senão a quem crê que nossa doutrina é verdadeira e que foi purificado com o Batismo para o perdão dos pecados e para a regeneração e que vive como Cristo nos ensinou. Porque estas coisas, nós não as tomamos como pão comum nem bebida comum, mas assim como o Verbo de Deus, havendo-Se encarnado em Jesus Cristo, nosso Salvador, tomou carne e sangue para nossa salvação, assim também nos foi ensinado que o alimento eucaristizado mediante a palavra da oração que vem Dele... é a Carne e o Sangue daquele Jesus que Se encarnou!”</i> Notemos como aparece claríssima a convicção de que o pão e o vinho eucaristizados (consagrados pelas palavras de ação de graças, isto é, a Oração Eucarística) são verdadeiramente Corpo e Sangue do Senhor!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Também Santo Irineu, o grande teólogo, Bispo de Lião, na Gália do século II, tem palavras belíssimas sobre a Eucaristia. Tomemos algumas. No primeiro texto, combatendo os hereges gnósticos, que negavam a ressurreição (avós dos reencarnacionistas atuais e de todos os ramos da Nova Era), ele usa a Eucaristia como prova de que os mortos ressuscitam carnalmente. Eis: <i>“Como (os hereges) podem dizer que a carne se corrompe e não participa da Vida (não ressuscita), ela que é alimentada com o Corpo e Sangue do Senhor? Portanto (os hereges), ou mudem de opinião ou deixem de oferecer as ditas coisas (o pão e o vinho eucarístico, que eles ofereciam nas missas deles). Para nós, contudo, nossa crença concorda com a Eucaristia e a Eucaristia, por sua vez, confirma a nossa crença. Porque assim como o pão que é da terra, recebendo a invocação de Deus (quando o sacerdote impõe as mãos pedindo o Espírito Santo e pronunciando as palavras da consagração), já não é pão ordinário, mas sim Eucaristia, assim também nossos corpos, recebendo a Eucaristia, não são mais corruptíveis, mas possuem a esperança da ressurreição para sempre!”</i> Este texto é de uma beleza e de uma profundidade impressionantes! Santo Irineu garante: nós ressuscitaremos e já recebemos a garantia da ressurreição, que é a Eucaristia. O pão, depois de consagrado, é o Corpo do Senhor, é pão de Vida divina, assim, nossa carne que recebe a Carne ressuscitada de Cristo, cheia do Espírito Santo, não permanecerá na morte, mas ressuscitará, exatamente como Jesus, nosso Senhor, prometera: <i>“quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a Vida eterna e Eu o ressuscitarei no Último Dia!” (Jo 6,54)</i>. Observe também como, já no século II, o santo Bispo mostra que não pode comungar quem não crê na ressurreição. É o caso de todo reencarnacionista: de modo algum pode comungar o Corpo ressuscitado e ressuscitante do Salvador! Essa comunhão seria uma mentira, seria uma injúria ao Sacramento, pois seria receber o que se nega!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><font size="4">Ainda um texto de Santo Irineu, para deixar confuso qualquer um que negue que nossa carne ressuscitará: <i>“Quando pois, o cálice misturado (com água) e o pão recebem o Verbo de Deus e se fazem Eucaristia, Corpo de Cristo, com o qual a substância de nossa carne aumenta e se faz, como podem dizer que nossa carne não é capaz do Dom de Deus, que é a Vida eterna, a carne alimentada com o Corpo e o Sangue do Senhor e feita membro Dele?” </i>A questão colocada aqui por Santo Irineu é clara: como é que os hereges têm coragem de dizer que nossa carne, nosso corpo, não pode ressuscitar, não pode herdar a Vida eterna, divina, se ela é alimentada com a Eucaristia? A Eucaristia é, portanto, penhor de nossa ressurreição. É por isso que nossa Mãe católica tem tanto cuidado e pede tanto aos seus sacerdotes que assistam os doentes às portas da morte, para que eles recebam em viático a comunhão. Aí, o ministro sagrado diz ao que está morrendo: <i>“O Corpo de Cristo te guarde para a Vida eterna!”</i> Que coisa, que graça: morrer alimentando-se com a Vida que vence a morte; morrer unido – carne na Carne! – Àquele que destruiu a morte! Santa Eucaristia!</font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; text-indent: 35.4pt;"><font size="4"><br /></font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; text-indent: 35.4pt;"><font size="4">Ainda continuaremos...</font></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><font size="4"><o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0-NvC7hOAqKKx2xbeU945Mg9FtNZvD9iPjDQW6xA0trVSwXvosq-eEIMj8ZKhw2HgRqfus8xOIgzgkYPxpjFk1VA8DgxaQDJb-vRLgichN90jhqpWESAsstaOiCCvj7DWHLIqOGNrbznd/s259/eucaristia.5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0-NvC7hOAqKKx2xbeU945Mg9FtNZvD9iPjDQW6xA0trVSwXvosq-eEIMj8ZKhw2HgRqfus8xOIgzgkYPxpjFk1VA8DgxaQDJb-vRLgichN90jhqpWESAsstaOiCCvj7DWHLIqOGNrbznd/" /></a></div><o:p><br /></o:p><p></p>Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-45659527052162711032020-06-10T23:34:00.000-03:002020-06-10T23:34:13.269-03:00A Eucaristia IV<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No tópico passado, tivemos a oportunidade de constatar tantos textos do Novo Testamento que se referem à Eucaristia. Queremos, também no presente tópico, continuar apresentando textos bíblicos que têm sabor eucarístico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A Tradição dos Apóstolos nos diz que Cristo desejou celebrar Sua Passagem deste mundo para o Pai numa Ceia eucarística em forma de banquete pascal: <i>“Quando chegou a hora, Ele Se pôs à mesa com Seus apóstolos e disse-lhes: ‘Desejei ardentemente comer está Páscoa convosco antes de sofrer’” (Lc 22,14s).</i> Para os judeus, a ceia era um acontecimento solene, sinal de comunhão, convivência e intimidade. Somente os que “con-vivem” e são amigos podem participar juntos de uma mesma mesa: partilha a mesa exprime e requer partilha a vida! A ceia, na Escritura Santa, é também sinal de alegria, de bênção: nela jorra o vinho que alegra o coração do homem (cf. Sl 104,15; Lc 15,23s). A ceia é ainda sinal de poder: um rei mostrava seu poder e grandeza pela duração dos banquetes que patrocinava (cf. Est 1,5). Quantas vezes, em tantos momentos importantes da Escritura, a ceia aparece e, com ela, o pão e o vinho! Recordemos alguns, mais significativos: <i>“Ao voltar, depois da vitória contra Codorlaomor e os reis que com ele estavam, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Save, que é o vale do rei. Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho e, como sacerdote de Deus Altíssimo, abençoou Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador do céu e da terra. Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os inimigos em tuas mãos’. E Abrão lhe deu o dízimo de tudo” (Gn 14,17-20).</i> Outro texto, é aquele de Ex 12,1-20, que nos apresenta o sacrifício e o banquete pascal. Um momento central na história de Israel! Um texto, também do Êxodo, ligado a este que citei, é 24,9-11: <i>“Moisés subiu com Aarão, Nadab e Abiú e setenta anciãos de Israel, e eles viram o Deus de Israel. Debaixo dos pés havia uma espécie de pavimento de ladrilhos de safira, límpidos como o próprio céu. Ele não estendeu a mão contra os israelitas escolhidos; eles puderam contemplar a Deus e depois comeram e beberam”.</i> Os líderes de Israel comeram na presença do Senhor: trata-se aqui de um sacrifício de comunhão, um sacrifício em forma de banquete! É como se Deus e o homem comessem à mesma mesa, participassem da mesma Vida! Pensemos ainda no dom do maná (cf. Ex 16) ou no belíssimo texto da ceia da Sabedoria (e sabemos que a Sabedoria de Deus é Cristo Jesus – cf. Lc 7,35; 1Cor 1,24). Vamos ao texto sobre a Sabedoria: <i>“A Sabedoria construiu sua casa, talhou suas sete colunas. Matou suas reses e misturou seu vinho e pôs a mesa. Enviou suas criadas para fazerem o convite, dos pontos mais altos da cidade: ‘Quem for simples venha a mim!’ Ao insensato ela diz: ‘Vinde comer do meu pão e beber do vinho que misturei. Deixai a insensatez e vivereis, segui o caminho da prudência!’” (Pr 9,1-6). </i>Agora, voltemos ainda um pouco ao Novo Testamento: como foi afirmado no início do texto passado, Jesus, nosso Senhor, compara o Reino de Deus a um banquete (cf. Lc 25,6-8); por isso tantas vezes refere-Se a banquete de núpcias (cf. Mt 22,1-14), banquete no qual Ele mesmo nos servirá (cf. Lc 12,35-37) e do qual a humanidade toda haverá de participar um dia (cf. Lc 13,22-29). Segundo o Evangelho, é feliz quem tomar parte desse banquete (cf. Lc 14,15-24). Por isso mesmo, o Senhor Jesus iniciou Seus sinais num banquete nupcial (cf. Jo 2,1-12) e termina, no Apocalipse, batendo à nossa porta para cear conosco (cf. Ap 7,20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Tudo isso são marcas da Eucaristia! Tudo isso conduz à Eucaristia! Ela é a ceia que nos torna presente o Sacrifício de Cristo que Se dá no pão e no vinho, ela é comunhão com o próprio Deus no Seu Filho Jesus, ela é antecipação do Banquete do fim dos tempos, ela é já um gostinho, uma pregustação da plenitude do Reino do Céu!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vamos ainda continuar...</span><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAX21iQGbIZ4wyvuojLfFtVhSvoVRanAsSngBC5e4A8Lc3YPcn7iRHwVS80MngKY_2-NuZJmMzk30df9NnRDU0MPOxsTcK1uG0laKEAjAn9MjIHNEa46Hz4VyiKnsmgxNCumc9Wa1Kecq5/s1600/melquisedec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="317" data-original-width="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAX21iQGbIZ4wyvuojLfFtVhSvoVRanAsSngBC5e4A8Lc3YPcn7iRHwVS80MngKY_2-NuZJmMzk30df9NnRDU0MPOxsTcK1uG0laKEAjAn9MjIHNEa46Hz4VyiKnsmgxNCumc9Wa1Kecq5/s1600/melquisedec.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-47231080216781111742020-06-10T21:22:00.000-03:002020-06-10T21:22:32.989-03:00A Eucaristia III<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em dois textos pretéritos, já vimos, de modo geral, o que é a Eucaristia. Vimos também os vários nomes que são dados a este Sacramento e seus vários significados. Agora vejamos como ele está presente na Sagrada Escritura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Já durante os dias da Sua carne, no Seu ministério público, o Senhor Jesus foi dando indicações daquilo que depois seria este santo Sacramento. Vejamos algumas, mais significativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Primeiramente dois sinais particularmente importantes, realizados pelo Senhor: Ele transformou água em vinho e multiplicou os pães. Mais ainda: várias vezes comparou o Reino de Deus a um banquete: um banquete que teria como convivas pessoas de todas as nações e que seria pleno e eterno na consumação do Reino de Deus, banquete ao qual seriam chamados os pobres, os afastados, os pecadores, os que não tinham esperança, banquete cuja graça é participar da Vida do próprio Deus. Sobretudo em Jo 6,51ss, as palavras de Cristo são bem claras: <i>“Eu sou o Pão descido do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. O pão que Eu darei é a Minha Carne para a vida do mundo. Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a Vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a Vida eterna, pois Minha Carne é verdadeiramente comida e Meu Sangue é verdadeiramente bebida. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que come de Mim, viverá por Mim”.</i> O texto não permite pensar em metáforas; trata-se, ao invés, de algo real, concreto: o pão e o vinho eucarísticos são, realmente, o Corpo e o Sangue do Senhor. E isto aparece ainda mais claro no contexto mesmo da Última Ceia: contexto de entrega da própria existência, feita louvor oblativo ao Pai e serviço de dar a vida pelos irmãos: Corpo dado, sangue derramado! Por isso mesmo, os evangelhos, quando narram a multiplicação dos pães, usam sempre as mesmas palavras para indicar os gestos de Jesus na Última Ceia: Ele tomou o pão, deu graças, partiu e distribuiu (cf. Mt 14,13-21; Lc 9,10-17; Jo 6,1-13; Mc 8,1-10). A Eucaristia, já preparada pelo Cristo, foi por Ele instituída na Última Ceia: aí o Senhor deu à Igreja o mandamento do amor – Ele mesmo, que nos amou até o extremo da Cruz e da Sepultura e colocou-Se como modelo e medida do amor. E para deixar o Sacramento, o penhor desse amor mais forte que a morte, instituiu a Eucaristia como memorial de Sua Morte e Ressurreição, de Sua entrega amorosa, pascal! Assim, no momento de fazer Sua Passagem (isto é, Sua Páscoa) do mundo para o Pai através de Sua entrega de amor na Cruz, o Cristo Jesus deixou para a Sua Igreja o sacramento de Sua Páscoa de amor: o Sacrifício eucarístico! Cumpriu-se, assim, a Páscoa dos judeus, que era memorial da passagem da escravidão de morte no Egito para uma libertação de vida na Terra Prometida. Jesus deu à Páscoa dos judeus o seu significado definitivo: a nova Páscoa, Páscoa do Cristo Jesus, foi antecipada na Ceia, é continuamente celebrada na Eucaristia, que leva a cumprimento a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja, quando passaremos deste mundo para o Pai com Jesus Senhor e por causa de Jesus Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É interessante insistir que a instituição da Eucaristia por Cristo dá-se no contexto, no clima, de entrega e sacrifício de Sua vida: <i>“É o Meu Corpo, que será entregue; é o Meu Sangue, que será derramado”...</i> Finalmente, o Senhor ordena que a Igreja celebre o Seu gesto até que Ele venha (cf. 1Cor 11,26). Foi isto que a Igreja sempre fez ao celebrar a Eucaristia. O Novo Testamento nos dá muitíssimos exemplos disso. Desde o início, a Igreja foi fiel à Fração do Pão (cf. At 2,42.46). Sobretudo no primeiro dia da semana, aquele dia que o Apocalipse chama já de <i>“Dia do Senhor” (1,10),</i> os cristãos se reuniam para partir o pão: <i>“No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para a Fração do Pão, Paulo entretinha-se com eles...”</i> <i>(At 20,7)</i>. Este texto é importante. Aqui aparece a Celebração eucarística aos domingos, logo no início do cristianismo. Aquilo que a Igreja faz hoje – celebrar dominicalmente a Eucaristia -, sempre fez, desde a época apostólica, por ordem do Senhor Jesus! Assim, como diz o Catecismo da Igreja, <i>“de celebração em celebração, anunciando o mistério pascal de Jesus, ‘até que Ele venha’ (1Cor 11,26), o Povo de Deus avança, caminhando pela estrada da cruz, rumo ao Banquete celeste, quando todos os eleitos haverão de sentar-se à mesa do Reino” (n. 1344).</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Para ilustrar o que dissemos, baste-nos, por agora, o profundo texto de São Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios: <i>“Eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o Meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória (memorial) de Mim’. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória (memorial) de Mim’. Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a Morte do Senhor até que Ele venha” (1Cor 11,23-26).</i> Um pouco mais tarde, lá pelo ano 155, São Justino, mártir cristão, explicaria ao Imperador romano, Antonino Pio: <i>“No dia chamado ‘do Sol’ (isto é, o domingo cristão), reúnem-se todos juntos, habitantes das cidades e dos campos. São lidas as memórias dos Apóstolos (os nossos evangelhos atuais e os outros livros do Novo Testamento) e os escritos dos profetas (o Antigo Testamento), tanto quanto o tempo permite. Depois, quando o leitor termina, aquele que preside nos admoesta e nos exorta a imitar esses bons exemplos. Depois, todos juntos, nos colocamos em pé e elevamos orações seja por nós mesmos, seja por todos os outros, onde quer que se encontrem... Terminadas as orações (oração dos fieis), saudamo-nos uns aos outros com um beijo. Depois, são trazidos àquele que preside um pão e um cálice de água e vinho. Ele os toma e eleva o louvor e glória ao Pai do universo em Nome do Filho e do Espírito Santo e faz uma ação de graças (em grego, ‘eucaristia’. É a atual Oração eucarística) para que esses dons sejam dignos de Deus. Quando ele termina as orações e a ação de graças (a Oração eucarística), todo o Povo presente aclama: ‘Amém’. Depois que o que preside fez a ação de graças e todo o Povo aclamou, aqueles que nós chamamos diáconos distribuem a cada um dos presentes o Pão e o Vinho com água ‘eucaristizados’ e os levam aos ausentes...”</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Que coisa linda! Dois mil anos se passaram e a Igreja de Cristo, fidelíssima à Tradição Apostólica, continua fazendo o que sempre fez: celebrando a Eucaristia até que venha o seu Senhor para introduzi-la na plenitude da Eucaristia do Reino de Deus!</span><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMdn3z6rfu5-SZMueSelp5wAMbg8cUFTAPPkzOD6Svmwe_5bGINFo5jsTkjSExrFHMxmIEzcWtIkTcT-0vVtabHBmVEqoAHhL9G78wmlOkzj55k6PvrN2DT9ntSfErPsBuWUqVuS-2gGOa/s1600/eucaristia.3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="750" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMdn3z6rfu5-SZMueSelp5wAMbg8cUFTAPPkzOD6Svmwe_5bGINFo5jsTkjSExrFHMxmIEzcWtIkTcT-0vVtabHBmVEqoAHhL9G78wmlOkzj55k6PvrN2DT9ntSfErPsBuWUqVuS-2gGOa/s320/eucaristia.3.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: large;"><span id="goog_289930501"></span><span id="goog_289930502"></span><br /></span></div>
Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6118529032935775287.post-50415115816811875352020-06-10T14:25:00.001-03:002020-06-10T14:25:14.847-03:00A Eucaristia II<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No tópico passado comecei a apresentar meditações sobre a Eucaristia. Seguindo o Catecismo da Igreja Católica, comecei mostrando os vários nomes dados a esse Sacramento e seus significados respectivos. No presente texto, vamos prosseguir com os nomes dados ao Sacramento do Altar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A Eucaristia é chamada também de “Memorial” da Paixão e Ressurreição do Senhor. Vale a pena compreender bem o sentido da palavra “memorial”. Ela não significa simplesmente recordação ou memória. Nas Escrituras, memorial é dito <i>zikaron</i> e significa tornar presente, por gestos, símbolos e palavras, um fato acontecido no passado uma vez por todas. Por exemplo: uma vez por ano, os judeus celebravam e celebram ainda hoje a Páscoa, memorial da saída do Egito. Pois bem, eles, nessa celebração, não somente recordam a passagem da escravidão para a liberdade, mas tinham e têm a consciência de que, participando da celebração, participam realmente da própria libertação que Deus operara. Tanto isso é verdade que, ainda hoje, o pai de família judeu, aquele que preside à celebração, diz assim: <i>“Em toda geração, cada um deve considerar-se como se tivesse pessoalmente saído do Egito, como está escrito: ‘Explicarás então a teu filho: isto é em memória do que o Senhor fez por mim, quando saí do Egito’. Portanto, é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a Quem realizou todos esses milagres por nossos pais e para nós mesmos. Ele nos conduziu da escravidão à liberdade, do sofrimento à alegria, da desolação a dias festivos, da escuridão a uma grande claridade e do cativeiro à redenção”.</i> E, depois, acrescenta: <i>“Bendito sejas Tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos redimiste, libertaste nossos pais do Egito, e nos permitiste viver esta noite para participar do Cordeiro, do pão ázimo e das ervas amargas”.</i> Ora, é exatamente isso que a Eucaristia é: memorial da Páscoa do Senhor Jesus. Este bendito Sacrifício pascal, desde a Ressurreição, encontra-se no Eterno, no Santuário dos Céus, no Eterno, onde já não há tempo, mas somente o Hoje eterno de Deus. Ali, esse Sacrifício é eterno, do eterno Cordeiro Jesus, oferecido pelo Cristo Sacerdote eterno, no Santuário eterno! Ele jamais passará, jamais caducará, jamais precisará ser renovado e repetido. Quando nós o celebramos, dos Céus, ele se torna presente em todos os tempos e lugares onde é oferecido, no nosso hoje, na nossa vida, na nossa situação, tudo quanto Jesus Cristo fez por nós, que alcança seu cume na Sua Morte e Ressurreição. Deste modo, a Páscoa do Senhor está sempre presente e atuante na nossa vida e, através do Cristo Jesus e com o Cristo Jesus, podemos dizer ao Pai como os judeus dizem: “é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a Ti, Adonai, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!” Então, assim sendo, não é uma ideia muito exata afirmar que a Missa é a repetição ou a renovação do Sacrifício de Cristo. Não se repete, porque Ele foi oferecido uma vez por todas; não se renova, porque não ficou caduco, envelhecido. Em cada Missa torna-se presente, atuante, o único Sacrifício pascal do Senhor, memorial da sua Encarnação, de Sua vida humana, de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, da Sua Ascensão ao Pai e do dom do Espírito que Ele nos fez!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Outra denominação para a Missa é “Santo Sacrifício”. Isto porque, como já dissemos, ela torna presente, “presentifica”, o único e irrepetível Sacrifício pascal, do Cristo salvador, sacrifício de Morte e Ressurreução, que se encontra na Eternidade divina; Sacrifício que o Senhor Jesus deu à Sua Igreja para que ela o ofereça, dele participando, até que Ele venha em sua Glória. Por isso mesmo, é chamado de Sacrifício de louvor, Sacrifício espiritual (porque oferecido na força do Espírito Santo), sacrifício racional (porque oferecido com a consciência, a liberdade, a intenção), Sacrifício puro e santo (porque Sacrifício do próprio Cristo Jesus). Apesar de ser único, original e incomparável, este santo sacrifício da Missa leva à plenitude todos os sacrifícios de todas as religiões e, particularmente, aqueles do Antigo Testamento. Podemos até recordar as palavras da profecia de Malaquias, na qual Deus prometia a Israel um sacrifício perfeito ao Seu Nome: <i>“Sim, do levantar do sol ao seu poente o Meu Nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao Meu Nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (1,11).</i> Cristo, com Seu sacrifício único e irrepetível, que entregou à Sua Igreja para celebrá-lo até que Ele venha, ofereceu este Sacrifício, cumprindo a profecia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ainda um outro nome para a Missa: “Santa e Divina Liturgia”. São os católicos orientais que gostam mais de denominar assim a Eucaristia. Chamam-na “liturgia” porque toda a liturgia da Igreja (todas as suas celebrações), encontra seu centro, sua fonte, seu cume e sua mais densa expressão na celebração da Eucaristia. Toda a liturgia brota de Eucaristia e para a Eucaristia tende, encontrando nele sua fonte e ápice e plena realização. É no mesmo sentido que chamamos a Missa de “Santos Mistérios”. “Mistérios”, falando teologicamente, são os sacramentos, são os gestos e palavras eficazes e “espirituadas”, pelas quais a salvação chega até nós. Ora, o Mistério da Eucaristia é o canal privilegiado pelo qual entramos em contato com a graça advinda da Páscoa do Cristo Jesus, nosso Deus e Senhor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Comunhão” – eis aqui outro nome dado à Eucaristia. Nome belíssimo! É chamada assim porque nela nos unimos a Cristo e, por Ele, ao Pai, no Espírito Santo; Cristo que nos faz cada vez mais membros do Seu Corpo e, assim, membros uns dos outros – pois o Corpo de Cristo é a Igreja, que somos nós. Comungando no Corpo do Senhor, entramos em comunhão com Cristo e, em Cristo, pleno do Santo Espírito, entramos em comunhão uns com os outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Outra expressão, também cara aos nossos irmãos católicos orientais, é “Coisas Santas”. Coisas Santas são o Pão e o Vinho eucarísticos, Corpo e Sangue do Senhor, que cria a Comunhão dos Santos, que é a Igreja. Comungando as Coisas Santas, entramos em comunhão uns com os outros em Cristo, tornamo-nos membros da Comunhão dos Santos, que é a Igreja, e comprometemo-nos a viver tal comunhão na vida de cada dia, como comunhão de vida, pela solidariedade, pela partilha, pelo amor fraterno. Claro que as “Coisas Santas” não devem jamais ser separadas da totalidade da Celebração do Sacrifício eucarístico!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Finalmente, o termo mais popular entre nós: “Missa”. Esta palavra foi adotada na Idade Média e vem do latim “<i>missio</i>” (= missão, envio). Recorda a despedida da Celebração eucarística: <i>“Ite, missa es!t”</i> É este “Ide! Está feito!” que exprime a missão (= a <i>missio</i>) de quem participa da Eucaristia. Celebrar a Eucaristia é cumprir o que o Senhor ordenou à Sua Igreja, a missão que lhe deu de realizar o Sacrifício até que Ele venha; celebrar a Páscoa do Senhor também exige do cristão a missão de testemunhar e anunciar o Cristo. É como se, ao final da Celebração, fosse-nos dito: agora que participastes do Corpo e do Sangue do Ressuscitado, ide pelo mundo e testemunhai sua vitória pascal. Ele está vivo; está convosco, perante, ressuscitado e ressuscitante! Vós, que comestes e bebestes com Ele, sereis testemunhas disso até os confins da terra!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ainda escreveremos mais...</span><span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj24n4ChWfcYrfa704I-kLC0nJrbc1cpI3y-ncaB73-SYu_H_XTQl01FtdPWvfWwpHskIfa6KpJywQw38KwPDo6PioGY4e801qbOwoLjx64POtHnRDo3m1VZLkg9NT9z46j45R4xWT6fHY1/s1600/eucaristia.4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="637" data-original-width="960" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj24n4ChWfcYrfa704I-kLC0nJrbc1cpI3y-ncaB73-SYu_H_XTQl01FtdPWvfWwpHskIfa6KpJywQw38KwPDo6PioGY4e801qbOwoLjx64POtHnRDo3m1VZLkg9NT9z46j45R4xWT6fHY1/s320/eucaristia.4.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
Visão Cristãhttp://www.blogger.com/profile/09768929365357093722noreply@blogger.com0